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Agenda ESG do agronegócio dá mais destaque para a questão social, mostra pesquisa

Pesquisa com empresas do setor mostra que 100% delas têm métricas ESG, embora apenas 50% voltam-se para os três pilares da agenda

ESG

O pilar mais considerado é o social (100%), seguido de governança (83%) e ambiental (50%), segundo pesquisa | Foto: Getty Images

A agenda ESG (ambiental, social e governança, em português) começa a fazer parte também do dia a dia do agronegócio. Pesquisa com empresas do setor mostra que 100% delas têm métricas ESG, embora apenas 50% voltam-se para os três pilares da agenda, revela o estudo da HR Tech Mereo, plataforma integrada de gestão de pessoas presente em mais de 40 países, responsável por atender 10% das 500 maiores empresas do Brasil.

O pilar mais considerado é o social (100%), seguido de governança (83%) e ambiental (50%). No pilar S, o foco é voltado para as estratégias para as pessoas (73%), ou seja, a relação com o colaborador. Entre os tópicos, estão saúde e segurança (28%), treinamento e desenvolvimento (19%) e clima organizacional (19%).

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No pilar governança, o foco tem sido para boas práticas de gestão (61%), seguido de saúde fiscal (26%) e saúde financeira (13%). Na agricultura e pecuária, envolve o uso ético da terra, práticas trabalhistas justas e fornecimento responsável. Conforme o estudo, empresas que priorizam uma boa governança podem aumentar a confiança dos investidores, atrair mais capital e construir relacionamentos sólidos com os stakeholder, mas o pilar é um desafio.

Em se tratando de ambiente, pilar com foco em alcançar uma agricultura sustentável, consumo de energia (50%), regulação ambiental (25%) e gestão de resíduos e reciclagem (25%) têm sido prioridade do agronegócio.

Das companhias que trabalham com os três pilares, 67% são de médio porte, seguidas pelas de grande porte (33%). Dessas, a maior parte tem atuação regional (67%), em contraponto a nacional (33%). É comum, no entanto, o ESG ser atribuído a empresas de grande porte e atuação internacional, visto que grandes corporações de fora do País precisam ser transparentes sobre suas ações, o que pode causar impacto direto em stakeholders, atração de investimentos e impacto de reputação entre consumidores.

Embora os recursos e a capacidade de implementação possam ser diferentes para pequenas empresas em comparação com grandes, a incorporação de práticas ESG pode melhorar a imagem da companhia, abrir oportunidades de negócio e atrair investidores e clientes que valorizam esses aspectos. “Companhias que adotarem estratégias e modelos de negócios alinhados às melhores práticas de ESG se diferenciarão no mercado e criarão bases mais seguras de crescimento. Por isso, é fundamental o foco em temas relevantes e estratégicos. Ainda, que sejam capazes de responder à crescente demanda dos stakeholders por informações claras e seguras”, afirmou Ivan Cruz, cofundador da Mereo. (AE)

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