EUA: déficit comercial cai e pedidos de auxílio-desemprego aceleram
O dólar opera em alta moderada no mercado à vista acompanhando a valorização externa da moeda americana ante emergentes
05/10/2023O déficit comercial dos Estados Unidos caiu 9,9% na comparação mensal de agosto, a US$ 58,3 bilhões, segundo dados publicados nesta quinta-feira, 5, pelo Departamento do Comércio americano. Analistas consultados pela FactSet previam saldo negativo bem maior em agosto, de US$ 65,1 bilhões. Já o déficit da balança de julho foi revisado para baixo, de US$ 65,02 bilhões para US$ 64,72 bilhões. As exportações dos EUA subiram 1,6% em agosto ante julho, a US$ 256,03 bilhões, enquanto as importações recuaram 0,7% no período, a US$ 314,33 bilhões.
Os novos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos avançaram 2 mil, na semana encerrada no dia 30 de setembro, a 207 mil, informou nesta quinta-feira, 5, o Departamento do Trabalho. Analistas ouvidos pela FactSet previam 212,5 mil. O dado da semana anterior foi revisado, de 204 mil antes informado a 205 mil. Já os pedidos de auxílio-desemprego continuados tiveram queda de 1 mil, a 1,664 milhão.
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Dólar abre em alta com atenção à economia dos EUA
O dólar opera em alta moderada no mercado à vista na manhã desta quinta-feira, 5, acompanhando a valorização externa da moeda americana ante alguns pares emergentes do real em meio ao avanço dos rendimentos dos Treasuries de dez e 30 anos. No radar dos investidores estão discursos de quatro dirigentes do banco central americano (Fed) ao longo desta quinta-feira, antes da publicação do relatório oficial de empregos, payroll, dos EUA, na sexta-feira (6).
O recuo persistente do petróleo pesa também no mercado de câmbio, após perdas superiores a 5% ontem por incertezas sobre a oferta da commodity e preocupações com a demanda global em meio à desaceleração da economia da China. O feriado esta semana na China ainda afeta a liquidez nos mercados globais.
O barril do petróleo WTI para novembro volta a acelerar a queda e perdia cerca de 1% por volta das 9h41, a US$ 83,34, depois de recuar 5,61% (US$ 5,01), a US$ 84,22 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex) na quarta. A ampliação de perda responde ao fortalecimento da T-Note 10 anos, que chegou a recuar mais cedo.
Com a agenda de indicadores fraca, o mercado está acompanhando comentários do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo. Ele disse há pouco que a inflação se mostra mais resiliente do que o previsto antes e reitera que o BC está buscando reancoragem total das expectativas de inflação.
Estão previstos ainda leilões do Tesouro de LTN e NTN-F (11h) e de rolagem de contratos de swap cambial do Banco Central (11h30). Às 9h47 desta quinta, o dólar à vista subia a R$ 5,1682 (+0,28%) e o dólar para novembro ganhava 0,22%, a R$ 5,1845. (AE)