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Acordo que evita o shutdown nos EUA é destaque na abertura da semana

Acordo nos Estados Unidos evita o shutdown nas contas do governo; confira este e outros destaques do mercado na análise técnica do Safra

O Dólar Futuro apresentou leve queda de -0,06% no último pregão, cotado a 5.056 pontos e encontra-se em tendência neutra a médio prazo | Foto: Getty Images

Acordo de financiamento do governo contribuiu para abertura do mercado hoje nos EUA, apesar da pressão estendida dos yields das tresuries. O acordo mantém o funcionamento do governo até dia 17 de novembro. Na China, PMI de setembro anunciado na sexta-feira à noite atingiu 50,2, ficou acima do dado de agosto e superou as estimativas de consenso de mercado, suportando a visão de uma recuperação gradual da economia chinesa. Agenda do dia conta com ISM e PMI da manufatura nos EUA, assim como Jerome Powell em mesa redonda ao meio dia.

O Ibovespa apresentou alta +0,72% no último pregão, cotado a 116.565,17 pontos. O ativo está em tendência neutra no médio prazo e no curto. Na alta, o ativo possui primeira resistência em 120.000 pontos e, caso rompa esse patamar, poderá alcançar sua próxima resistência em 122.700 pontos. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 114.200. O próximo fica na faixa de 110.850 pontos.

Saiba mais

O Dólar Futuro apresentou leve queda de -0,06% no último pregão, cotado a 5.056 pontos. O ativo se encontra em tendência neutra no médio prazo e no curto de alta. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 5.020 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 4.850. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 5.210 e a segunda em 5.310.

Destaques no doméstico:

Pesquisa Focus é destaque após ata do Copom que indicou a continuidade do atual ritmo de corte na taxa de juros. Senado deve votar o desenrola e limite a juro cobrado no cartão. Roberto Campos Neto fará palestra em evento às 10h. Dado do mercado de trabalho (Caged) referente ao mês de agosto será divulgado hoje e a estimativa é de criaçãoa de 173 mil vagas.

Commodities:

Petróleo registra queda (USD93,1/b; -2,37%)
Minério de ferro apresentou alta diante de sinais de melhora na venda de imóveis na China (USD120,6/t; +0,79%)

Empresas:

Petrobras: Após meses de impasse, a Petrobras recebeu autorização do Ibama para explorar a Bacia Potiguar, uma das cinco regiões da Margem Equatorial, segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira / Petrobras começará a perfurar a área no próximo mês, após a chegada de uma sonda ao local
Sabesp: Cia propôs alterações nos atuais contratos de concessão com os 376 municípios que atende, em mais um passo rumo à privatização / Empresa informou que incluirá nos contratos obrigações específicas para cada município, conforme comunicado divulgado neste sábado / Governo de SP considera desnecessário aval formal de municípios para venda da Sabesp: Folha
Azul: Cia conclui restruturação com arrendadores e fabricantes

Agenda do Dia:

08:00 – Brasil – IPC-S
10:00 – Brasil – PMI Manufatura/Setembro
10:45 – EUA – PMI Manufatura/Setembro
11:00 – EUA – Gastos com Construção/Agosto
11:00 – EUA – ISM Manufatura/Setembro

Fechamento dia anterior

Ibovespa: 116.565 (+0,72%)
S&P: 4.288 (-0,27%)
Dólar Futuro: R$5,05 (-0,06%)

Atualizações Safra:

Utilidades: Feedback da J. Safra Brazil Conference 2023

O que há de novo? Nos dias 26 e 27 de setembro realizamos a J. Safra Brazil Conference 2023, com painéis temáticos e encontros entre investidores e empresas. Este foi um evento esclarecedor, onde discutimos a maioria dos temas relevantes do setor. Dentre diversas discussões importantes, destacamos:

  • (i) Processos de privatização em andamento: As discussões abordaram a potencial privatização da Sabesp e o desempenho das recentemente privatizadas Eletrobras e Copel. Em nossa opinião, a privatização da Sabesp está no caminho certo e sua conclusão está prevista para meados de 2024. Quanto à Eletrobras, a mensagem da nova gestão foi muito positiva e acreditamos que o ritmo de implementação da recuperação deverá acelerar nos próximos meses. Para a Copel, acreditamos que a empresa tentará acelerar o ritmo de venda da Compagas e da UEGA.
  • (ii) Atualizações regulatórias para distribuidoras: Muitos investidores questionaram sobre a renovação das concessões das distribuidoras e as recentes notícias de que o governo federal poderia anunciar mudanças nas regras do setor. Em nossa opinião, haverá apenas pequenas alterações no marco regulatório e nas renovações de concessões em comparação com os contratos atuais. Quanto à nova legislação para potencialmente reduzir tarifas, acreditamos que poderia envolver iniciativas para reduzir os impactos de encargos regulatórios, impostos e outros itens da Parcela A, com impacto neutro na avaliação das distribuidoras.
  • (iii) Preços da energia e energias renováveis: O recente aumento dos preços à vista, as restrições à produção de energia, bem como as perspectivas de preços a longo prazo, estiveram entre os principais temas discutidos. A maioria dos players que investem no segmento de geração renovável reconhece que as atuais condições de mercado podem limitar o desenvolvimento de novos projetos, mas continuam os projetos relacionados à autoprodução, geração distribuída e venda de energia para consumidores varejistas.
  • (iv) Leilões de transmissão e M&A: Em nossa opinião, a maioria dos players teria baixo apetite para o próximo leilão de transmissão, previsto para dezembro de 2023, principalmente devido à tecnologia de Corrente Contínua de Alta Tensão (HVDC) envolvida. Acreditamos que há grandes chances de participação de players chineses no leilão, enquanto players brasileiros poderiam se envolver indiretamente como parceiros minoritários. Os investidores também questionaram sobre oportunidades de crescimento via M&A (potenciais oportunidades de venda, saneamento e gás da Coelce).
  • (v) Destaques operacionais do trimestre: Os investidores também discutiram os impactos do clima excepcionalmente quente no trimestre, que esperamos causar um aumento nos volumes de vendas. Além disso, o aumento da redução da geração eólica também foi um tema recorrente, mas os impactos operacionais e financeiros desta medida devem ser limitados para as empresas cotadas, na nossa opinião.
    Nossa opinião? Perspectivas positivas para o setor. Saímos das reuniões com uma visão positiva dos principais temas importantes e vemos um impulso positivo para o 3T23 devido a volumes sólidos (temperaturas mais altas), revisões tarifárias apoiando o crescimento da receita e integração de novos ativos. Mantemos nossa visão de que Eletrobras, Copel e Sabesp oferecem boas TIRs e deverão apresentar melhorias operacionais no curto prazo.1

Construtoras: Escolhendo a peça certa para o novo ciclo de lançamento; Reforçando a classificação de Compra em CYRE3, EZTC3, LAVV3 e EVEN3

Atualizamos nossas estimativas para as construtoras residenciais de renda média/alta Cyrela (CYRE3), Eztec (EZTC3), Lavvi (LAVV3) e Even (EVEN3). Revisamos nossas estimativas para os incorporadores de renda média/alta sob nossa cobertura, incorporando: (i) resultados trimestrais anteriores; (ii) premissas macroeconômicas atualizadas; e (iii) melhores perspectivas para as vendas impulsionadas pelo ciclo de flexibilização monetária, levando a um aumento da atividade de lançamentos e à expansão dos lucros. Estamos elevando o Lavvi como nossa escolha preferida no segmento. Com base nas nossas novas estimativas, a empresa está negociando atualmente com um múltiplo P/L atrativo de 6,6x para 2024E, 14% abaixo da média de 7,7x dos seus pares. Prevemos que a Lavvi alcance um ROE inspirador de 18% em 2024E e 22% em 2025E.

Alimentos e Bebidas – Notas da nossa J. Safra Brazil Conference 2023

Nos dias 26 e 27 de setembro, realizamos nossa J. Safra Brazil Conference 2023 com mais de 100 empresas, incluindo JBS (classificação de Compra), BRF (classificação de Compra), Minerva (classificação de Compra), Marfrig (classificação Neutra), M. Dias Branco (sem rating) e Camil (sem rating). Percebemos que os investidores saíram da Conferência com uma impressão geral moderadamente positiva das reuniões (embora esta não tenha sido uma visão homogênea), especialmente porque questões que impactaram os resultados do 1S23 estão sendo abordadas e transações corporativas recentes podem ser esclarecidas. Abaixo fornecemos uma visão geral de cada empresa, e dentro do relatório incluímos mais detalhes das reuniões.

JBS. Apesar do ciclo desfavorável da carne bovina nos EUA, acreditamos que a JBS deverá apresentar alguma melhoria operacional nas divisões US Beef e Seara após os problemas sofridos no 1S23, com Austrália, PPC e Brazil Beef continuando com bom desempenho. Além disso, a proposta de dupla listagem continua no caminho certo, o que vemos como o principal gatilho para a ação.
BRF. Vemos a BRF no caminho certo para entregar melhores margens no segundo semestre, impulsionada por seu programa de eficiência BRF+ e pela crescente relevância dos preços mais baixos dos grãos no CPV, à medida que a empresa gira seu estoque de matérias-primas. A gripe aviária parece ser cada vez menos um risco, embora ainda seja importante monitorá-la de perto.
Minerva. A administração parece confiante em uma melhoria significativa nos resultados dos ativos adquiridos da Marfrig e em uma rápida aprovação das plantas brasileiras, argentinas e chilenas, enquanto a aprovação da planta no Uruguai provavelmente levará mais tempo. Em relação às operações existentes, vemos todas no caminho certo para um segundo semestre forte em termos de margens devido aos baixos custos do gado, embora os preços não estejam bons neste momento.

Marfrig. Embora as margens da carne bovina dos EUA permaneçam sob pressão, acreditamos que a carne bovina no Brasil deve se beneficiar do ciclo pecuário favorável e aumentar seu foco em alimentos processados. Além disso, uma fusão com a BRF parece improvável no curto prazo, mas faz muito sentido no médio e longo prazo, em nossa opinião.

M. Dias Branco. A dinâmica de preços é relativamente estável em termos trimestrais para biscoitos, mostrando um pouco mais de agressividade de alguns players regionais em massas e acompanhando as tendências do mercado para a farinha de trigo mais comoditizada. A recente melhoria nos preços do trigo beneficia as margens, que a empresa espera melhorar gradualmente no futuro.
Camilo. O cenário macro continua desafiador no curto prazo para a Camil, mas a administração parece otimista em relação aos segmentos recentemente adquiridos, como massas, café e biscoitos.

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