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Expectativa de vida do brasileiro nascido em 2021 vai até 2097

A expectativa de vida do brasileiro subiu dois meses em 2020, passando de 76,6 anos em 2019 para 76,8 anos, segundo a Tábua de Mortalidade do IBGE

Pessoas na rua

Há quase dez anos, em 2011, a esperança de vida do brasileiro era de 74,1 anos | Foto: Getty Images

A expectativa de vida do brasileiro subiu dois meses em 2020, passando de 76,6 anos em 2019 para 76,8 anos. Isso significa que os bebês nascidos este ano vão viver, em média, até o ano 2097.

O aumento, embora menor do que em relação ao avanço anterior, mantém a tendência de crescimento da taxa por anos consecutivos. Em cinco anos, a expectativa de vida subiu 1,3 ano, enquanto em dez anos houve um crescimento de 3,3 anos.

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Há quase dez anos, em 2011, a esperança de vida do brasileiro era de 74,1 anos. No ano seguinte, passou para 74,6 anos e depois para 74,9 anos. Em 2014, a taxa ficou em 75,2 anos; em 2015, em 75,5 anos; em 2016, 75,8 anos; em 2017, 76 anos; e, em 2018, foi de 76,3 anos.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As informações estão na Tábua Completa de Mortalidade de 2020, publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Expectativa de vida ainda não reflete mortalidade da pandemia

Especialistas previam queda da expectativa de vida por causa da pandemia, o que ainda não é observado nas estatísticas. A coleta e o cálculo dos dados ainda não contemplam todo o período da crise sanitária no País (o auge das mortes pela covid-19 no Brasil foi no 1º semestre de 2021).

De acordo com o IBGE, sem considerar os efeitos da covid-19, a expectativa de vida para os homens era de 73,3 anos em 2020. Já para as mulheres, a esperança de vida era de 80,3 anos, no ano.

O IBGE explicou que uma análise do aumento de óbitos acarretado pela pandemia para o Brasil e cada unidade da federação foi feita na publicação das Estatísticas do Registro Civil, na semana passada.

Em 1940, a expectativa de vida do brasileiro ao nascer era muito baixa, de 45,5 anos. Depois disso, com redução da mortalidade infantil e outros avanços da Medicina e do País, o número vem crescendo consistentemente.

Em 1980, chegou a 62,5 anos e, no ano 2000, a 69,8. Nas últimas duas décadas, os ganhos foram um pouco mais lentos. Mesmo assim, nunca se registrou decréscimo.

Tábua de mortalidade anual serve de parâmetro para a Previdência

A Tábua de Mortalidade tem periodicidade anual e fornece estimativas da expectativa de vida às idades exatas até os 80 anos. Sua abrangência é nacional e traz resultados por sexo e idade.

Os dados são usados como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário, no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social.

“Após a divulgação dos resultados de cada Censo Demográfico, o IBGE elabora novas tábuas de mortalidade projetadas. As últimas tábuas foram construídas e projetadas a partir dos dados de 2010, ano de realização da última operação censitária no Brasil. Da mesma forma, um novo conjunto de tábuas de mortalidade será elaborado após a publicação dos resultados do Censo 2022, quando o IBGE terá uma estimativa mais precisa da população exposta ao risco de falecer e dos óbitos observados na última década”, informa nota do IBGE.

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