Farmacêutica nacional importa vacina russa
Fundo russo anunciou parceria com indústria brasileira União Química para fornecer 10 milhões de doses da Sputnik V
13/01/2021O Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF, na sigla em inglês) anunciou, nesta quarta-feira, 13, uma parceria com a empresa farmacêutica brasileira União Química para o fornecimento de 10 milhões de doses da vacina russa Sputnik V contra a covid-19 no Brasil.
Segundo comunicado, os imunizantes serão entregues no primeiro trimestre de 2021, com início ainda em janeiro.
Como parte do acordo, a RDIF deve facilitar a transferência de tecnologia e fornecer biomateriais para o começo da produção no País.
O fundo russo, junto à União Química, deve solicitar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permissão para uso emergencial da vacina ainda nesta semana.
A Sputnik V já foi aprovada em emergência por Argentina, Bolívia, Argélia, Sérvia e Palestina.
Brasileiros são vacinados na Rússia
Segundo o anúncio, funcionários brasileiros da Embaixada na Rússia já estão sendo vacinados.
Kirill Dmitriev, CEO do RDIF, e Fernando De Castro Marques, presidente da União Química, debateram a possibilidade de propor aos outros países membros do Brics (Índia, China e África do Sul) a criação de uma força-tarefa para combater a covid-19 e pela cooperação na obtenção de imunizantes.
“Nossos parceiros da União Química foram um dos primeiros no mundo a se interessar pela vacina russa Sputnik V. Do nosso lado, estamos prontos para uma cooperação em larga escala no abastecimento e na produção para iniciar a vacinação da população do Brasil o mais rápido possível”, afirmou Dmitriev.
Uma delegação da União Química deve visitar as linhas de produção do Sputnik V na Rússia. O imunizante, que custa dez dólares por injeção, tem uma eficácia acima de 90% em casos graves da covid-19 e pode ser armazenado entre 2ºC a 8ºC, temperaturas de geladeiras convencionais.
Vacinas aguardam autorização emergencial
Outras vacinas estão em fase de aprovação no Brasil. No domingo a Anvisa pode anunciar a autorização para uso emergencial da vacina Coronavac, que está sendo produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac, e também do imunizante da Oxford-Astrazeneca, que está sendo fabricada pelo Instituto Fiocruz. (AE)