Financiamento imobiliário pode renovar recorde em 2022, diz Abecip
Crescimento deve ser modesto, em torno de 2%, mas deve ser novamente o melhor resultado da história do setor imobiliário no Brasil
27/01/2022A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) espera que o financiamento imobiliário tenha crescimento de 2% neste ano, para R$ 260 bilhões. Apesar da desaceleração em relação a 2021, ano em que a alta foi de 46%, o número, se confirmado, renovará o recorde da história setor.
O resultado deve ser puxado pelo financiamento com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que, segundo a Abecip, devem chegar a R$ 64 bilhões, alta de 30% na comparação com o ano passado. Os empréstimos com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) devem cair 5%, para R$ 195 bilhões.
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De acordo com o presidente da entidade, José Ramos Rocha Neto, o volume de recursos esperado via FGTS toma como base o orçamento para o ano aprovado pelo Conselho do fundo.
O financiamento imobiliário no Brasil chegou a R$ 255 bilhões em 2021, um recorde na série histórica da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). O financiamento através do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) respondeu pela maior parte dos financiamentos, ou R$ 205,4 bilhões, também um recorde histórico.
Os associados da Abecip financiaram 1,233 milhão de unidades imobiliárias no ano passado, outro recorde histórico, superando o pico anterior, registrado em 2013.
Do financiamento para o consumidor, R$ 110,3 bilhões foram para a compra de imóveis usados, alta de 66% em um ano. Os imóveis novos receberam R$ 54,5 bilhões, alta de 98% no mesmo período. A compra de imóvel usado recebeu dois terços do total.
Financiamento imobiliário teve forte expansão nos últimos anos
“O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo deve ter uma ligeira queda, mas entendemos que o número será robusto”, afirmou ele durante coletiva da Abecip para apresentar os números do financiamento imobiliário em 2021 e as expectativas para este ano.
O executivo destacou que o crédito via SBPE cresceu fortemente nos últimos anos: em 2016, foi de R$ 47 bilhões. No ano passado, chegou a R$ 205 bilhões.
Rocha Neto disse ainda que o setor continua perseguindo uma diversificação das fontes de recurso. No ano passado, o SBPE respondeu por cerca de 80% do crédito imobiliário concedido no País. Na carteira acumulada, chegava a 44% do total, seguido pelo FGTS, com 29%. (AE)