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Fitch confirma calote e rebaixa nota de crédito da incorporadora Evergrande

Agência não teve respostas da gigante chinesa sobre o não pagamento de cupons de títulos de dívida que somam US$ 1,2 bi

Canteiro de obras com trator passando à frente em terra batida, com prédios atrás e guindastes, alusivo à Evergrande

Crise de liquidez da Evergrande se arrasta há meses e põe em evidência as dificuldades no setor imobiliário da China | Foto: Getty Images

A Fitch Ratings rebaixou nesta quinta-feira, 9, a nota de crédito em moeda estrangeira de longo prazo (IDR, na sigla em inglês) da incorporadora Evergrande e subsidiárias de “C” para “RD” (Default Restrito).

A reclassificação vem logo após a gigante do mercado imobiliário chinês deixar de honrar obrigações financeiras (íntegra da decisão em inglês).

Segundo a agência de classificação de risco, a empresa não pagou cupons com vencimento em 6 de novembro de títulos de 13% de US$ 645 milhões e papéis de 13,75% de US$ 590 milhões da subsidiária Tianji.

A instituição explicou que não recebeu respostas aos questionamentos sobre o pagamento dos passivos. “Portanto, estamos assumindo que eles não foram pagos”, ressalta.

A crise de liquidez da Evergrande (entenda o caso) se arrasta há meses e põe em evidência as dificuldades no setor imobiliário da China.

Efeito Evergrande em outras incorporadoras

Além da Evergrande, a incorporadora Kaisa também teve rating rebaixado nesta quinta-feira.

A Fitch Ratings rebaixou a nota de crédito em moeda estrangeira de longo prazo (IDR, na sigla em inglês) da Kaisa de “C” a “RD” após a empresa chinesa deixar de pagar US$ 400 milhões em títulos que venceram na última terça-feira, 7, sem período de carência.

Na quarta-feira, 8, as negociações das ações da companhia foram suspensas na Bolsa de Hong Kong por conta do calote.

Segundo a agência de classificação de risco, há informações limitadas sobre o plano de reestruturação da endividada empresa, que evidencia a crise de liquidez no mercado imobiliário da China.

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Adicionalmente, na terça-feira, a incorporadora China Aoyuan, também teve sua nota de emissor em moeda estrangeira de longo prazo rebaixada de "CCC-" para "C".

O motivo: o início de um processo de default com a chamada da companhia, por parte parte de credores, ao pagamento do principal de títulos de dívida de cerca de US$ 651 milhões.

No início da semana, o Banco Central chinês decidiu liberar 1,2 trilhão de yuans na economia, por meio do corte de compulsório, para tentar mitigar os efeitos da crise. (Com AE)

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