Gigante de comunicação News Corp sofre ciberataque nos EUA
Grupo News Corp, do empresário Rupert Murdoch, informa que sofreu ciberataque que poderia ter partido da China segundo especialista
04/02/2022A News Corp, gigante de comunicação do empresário Rupert Murdoch, foi alvo de um ciberataque que acessou e-mails e documentos de alguns funcionários, incluindo jornalistas.
O consultor de segurança cibernética contratado pela empresa disse que o ataque provavelmente pretendia reunir informações para beneficiar os interesses da China.
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O ataque, descoberto em 20 de janeiro, afetou várias publicações e unidades de negócios da empresa, incluindo o The Wall Street Journal e sua controladora Dow Jones; o New York Post; a operação de notícias da empresa no Reino Unido; e a sede da News Corp, de acordo com uma fonte.
Depois de descobrir o ataque, a empresa notificou a polícia e contratou a empresa de segurança cibernética Mandiant Inc. para apoiar uma investigação.
“A Mandiant avalia que aqueles por trás dessa atividade têm um nexo com a China e acreditamos que eles provavelmente estão envolvidos em atividades de espionagem para coletar informações para beneficiar os interesses da China”, disse David Wong, vice-presidente de resposta a incidentes da Mandiant.
News Corps divulgou ciberataque em documento de valores imobiliários
A News Corp divulgou o ataque em um documento de valores mobiliários nesta sexta-feira, 4. Representantes da Embaixada da China em Washington não puderam ser contatados imediatamente para comentar.
A empresa está oferecendo orientação aos funcionários afetados, continuou a fonte. O método do hackeamento e o número de funcionários cujas contas de e-mail e documentos foram acessados não são conhecidos. Sistemas que armazenam dados financeiros e de clientes, incluindo informações de assinantes, não foram afetados, garantiu a fonte.
Autoridades policiais e especialistas em segurança cibernética dizem que os jornalistas costumam ser alvos de alta prioridade para hackers que buscam obter inteligência em nome de governos estrangeiros porque falam com fontes que podem ter informações valiosas ou confidenciais. (AE)