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Ibovespa fecha em alta com expectativa de resultados dos bancos

Bolsa brasileira se descola do exterior e sobre 0,32%, aos 127.59 mil pontos, com alta das ações dos bancos brasileiros

Ibovespa e dólar

O dólar à vista encerrou a sessão desta segunda-feira em alta frente ao real, em mais um dia de divulgação de dados fortes da economia dos EUA | Foto: Getty Images

Após sessão volátil, o Ibovespa encerrou o dia em alta, mitigando perdas recentes liderado pelo avanço de ações de grandes bancos. Ainda assim, analistas afirmam que o curto prazo segue desafiador, na medida em que dados robustos de atividade nos Estados Unidos afetam a expectativa por cortes de juros e pressionam as curvas americana e, consequentemente, a brasileira.

No fim do dia, o índice subiu 0,32%, aos 127.593 pontos. Nas mínimas intradiárias, tocou os 126.443 pontos, e, nas máximas, os 127.834 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 18h15) foi de R$ 13,99 bilhões no Ibovespa e R$ 19,51 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 recuou 0,32%, aos 4.942 pontos, Dow Jones fechou em queda de 0,71%, aos 38.380 pontos e Nasdaq caiu 0,20%, aos 15.597 pontos.

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O Ibovespa iniciou o pregão em alta, mas mudou de direção após a divulgação do PMI de serviços ISM dos EUA, que atingiu 53,4 pontos em janeiro, superando o consenso do mercado, de 52,0 pontos. O dado foi mais um que surpreendeu para cima e sinalizou uma economia americana ainda aquecida, assim como o payroll de janeiro, causando nova rodada de abertura nos juros.

Ibovespa reage a dados dos bancos brasileiros

“A questão é quando o Federal Reserve (Fed) irá cortar juros, ainda mais em um momento em que a atividade americana segue forte, gerando emprego. Diante desse contexto, o BC americano pode se dar ao luxo de esperar um pouco mais para iniciar a flexibilização, mas o tempo do mercado é diferente, e se materializa no nervosismo que temos visto nas últimas sessões”, diz Luís Moran, chefe da EQI Research. “Mas, com eleição presidencial nos EUA este ano, entendo que o Fed terá incentivo para começar a cortar juros, mesmo que aos poucos, e evitar que algum dos lados aponte uma politização de suas decisões.”

O executivo entende que, passada essa incerteza, os mercados tendem a voltar a exibir comportamento mais construtivo. “Seguimos acreditando que os mercados têm mais para andar, só precisamos que os gatilhos macro se alinhem e o capital estrangeiro volte a entrar. Quando os não residentes sacam capital como fizeram em janeiro, não há muito o que fazer. Mas entendemos que haverá uma normalização das condições mais à frente”, afirma.

À tarde, o índice local voltou a mudar de direção para fechar em alta, liderado por ações de grandes bancos. Itaú PN avançou 1,89%, antes de reportar balanço, e Bradesco PN teve alta de 2,02%. Vale ON, por outro lado, recuou 0,86%, enquanto o small caps, índice com maior presença de empresas sensíveis aos juros, teve queda de 1,03%. Arezzo ON recuou 5,49% e Grupo Soma ON caiu 6,74% após anúncio de fusão e apresentação dos executivos das empresas explicando a combinação dos negócios. Investidores esperavam mais em termos de sinergias entre os negócios.

Dólar encosta nos R$ 5 após indicador de atividade nos EUA

O dólar à vista encerrou a sessão desta segunda-feira em alta frente ao real, em mais um dia de divulgação de dados fortes da economia dos Estados Unidos. Na última sexta-feira, a moeda americana já havia apresentado valorização consistente com a divulgação de indicadores do mercado de trabalho dos EUA, e hoje o movimento se estendeu com os números da atividade do setor de serviços do país, que vieram acima do esperado. Terminadas as negociações, a maioria das 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor operava em queda frente ao dólar. A moeda americana chegou a quebrar a barreira de R$ 5,00 durante a sessão, mas devolveu parte do ímpeto.

Com o mercado spot (à vista) fechado, o dólar comercial encerrou em alta de 0,27%, cotado a R$ 4,9817, depois de ter tocado a mínima de R$ 4,9698 e encostado na máxima de R$ 5,0174. Perto das 17h05, o contrato futuro para março da moeda americana exibia apreciação de 0,19%, a R$ 4,9935, enquanto o índice DXY avançava 0,52%, aos 104,467 pontos. (Valor Econômico)

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