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Ibovespa cai 1,15% e dólar sobe a R$ 4,98 em dia de cautela internacional

Bolsa acumula queda de 1,62% na semana; dólar volta a encostar em R$ 5 com o petróleo na maior cotação desde novembro

Ibovespa d[olar mercado

Dólar encerrou o dia cotado a R$ 4,9837, maior valor de fechamento desde 16 de agosto | Foto: Getty Images

O Ibovespa fechou o intervalo que antecede o feriado de 7 de setembro acumulando três perdas na semana, em dia de cautela também no exterior, em especial Nova York, onde o ajuste negativo chegou a 1,06% (Nasdaq) no fechamento da sessão.

Nesta quarta-feira, o índice da B3 oscilou de máxima a 117.970,71 à mínima de 115.983,53 perto do fim do dia, quase idêntica ao fechamento, ainda em queda de 1,15%, aos 115.985,34 pontos, com giro a R$ 20,4 bilhões. Na semana, o Ibovespa cede até aqui 1,62%, limitando o ganho do mês a 0,21%, após uma abertura de setembro promissora, em alta de 1,86% na última sexta-feira. No ano, o índice da B3 sobe 5,70%.

Como na terça-feira, com o petróleo tipo Brent retendo a marca de US$ 90 por barril nesta quarta-feira, e agora no maior nível desde novembro de 2022, Petrobras conseguiu se distanciar, ainda que em grau menor, das perdas que se disseminaram pelas ações de maior peso e liquidez na B3 – destaque, nesta quarta, para recuo de 1,59% em Vale ON. Petrobras ON e PN, por sua vez, subiram 0,49% e 0,45%, respectivamente, nesta quarta-feira.

Destaques do Ibovespa na véspera do feriado

A ponta do Ibovespa ficou com Braskem (+5,39%), Via (+2,56%) e Yduqs (+2,32%), enquanto Vamos (-7,10%), CVC (-4,94%) e IRB (-4,49%) puxaram a fila oposta. Entre os grandes bancos, as perdas chegaram a 1,39% (Bradesco ON) no fechamento da sessão.

De acordo com relato da agência saudita de imprensa, o príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman, conversou nesta quarta por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, no dia seguinte aos dois países terem confirmado redução conjunta na oferta de petróleo. Na ligação, segundo a nota, os líderes mostraram satisfação e concordância com o esforço para estabilizar os mercados globais de energia. E, na mesma ligação, foram enfatizados esforços adicionais nesse sentido.

Na máxima desta quarta-feira, o contrato do Brent para novembro foi negociado a US$ 91 por barril, na ICE, em Londres – no fechamento, mostrava alta de 0,62% na sessão, a US$ 90,60. Para além do petróleo, contudo, o dia foi de aversão a risco, com os investidores globais ainda monitorando de perto os dados de atividade nos Estados Unidos, passo a passo, de forma a antecipar o que o Federal Reserve poderá fazer ainda com relação à taxa de juros de referência. Assim, na máxima desta quarta, os rendimentos dos Treasuries de 10 anos foram a 4,30%.

Pela manhã, o mercado havia se surpreendido com o avanço do índice de atividade (PMI) para o setor de serviços, na métrica mensal do Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês), referente a agosto, em que atingiu o maior nível desde fevereiro, agora a 54,5, após leitura a 52,7 em julho.

Dólar avança 0,17% a R$ 4,98

Após uma manhã e início de tarde marcados por trocas de sinal, o dólar à vista se firmou em alta moderada nas duas últimas horas de negócios, em meio a novas máximas das taxas dos Treasuries e ao aprofundamento das perdas do Ibovespa. Com mínima a R$ 4,9547 e máxima a R$ 4,9947, a moeda encerrou a sessão com avanço de 0,17%, cotada a R$ 4,9837 – maior valor de fechamento desde 16 de agosto. Segundo operadores, na véspera do feriado do Dia da Independência, quando não haverá negócios no mercado local, investidores optaram por postura mais cautelosa.

No exterior, houve nova rodada de valorização da moeda americana em relação à ampla maioria das divisas emergentes e de países exportadores de commodities, dada a perspectiva de que a política monetária americana deve se manter em nível restritivo por mais tempo. Indicadores acima do esperado nos Estados Unidos e mais uma rodada de alta do petróleo no mercado internacional sugerem que será mais difícil domar a inflação.

Divulgado pela manha, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços dos Estados Unidos, medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM), subiu de 52,7 em julho para 54,5 em agosto, superando as expectativas dos analistas, que previam queda para 52,4. À tarde, o Livro Bege, documento do Fed que traz um sumário das condições econômicas dos EUA, mostrou moderação do crescimento e da inflação, mas um mercado de trabalho ainda apertado, com aumento de custos. (AE)

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