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Ibovespa corrige parte dos ganhos recentes após novo recorde

Petrobras ON e PN avançaram 0,18% e 0,36%, respectivamente, em dia de alta na cotação do petróleo; Ibovespa cai 0,79% aos 130,8 mil pontos

Cotações

Na sessão, Bradesco PN recuou 1,65% e B3 ON cedeu 2,61%, enquanto Ambev ON caiu 2,41% após o Safra rebaixar a recomendação do papel, estimando impactos relevantes da reforma tributária nas estimativas de lucro da companhia. | Foto: Getty images

As bolsas americanas exibiram forte movimento de correção nesta tarde, conforme investidores ponderam os patamares historicamente elevados atingidos pelos mercados após rali recente, e empurraram o Ibovespa para terreno negativo. Pela manhã, o índice local renovou sua máxima histórica intradiária, aos 132.341 pontos.

No fim do dia, o índice recuou 0,79%, aos 130.804 pontos. Nas mínimas intradiárias, tocou os 130.710 pontos, e, nas máximas, os 132.341 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 18h15) foi de R$ 16 bilhões no Ibovespa e R$ 21,86 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 recuou 1,47%, aos 4.698 pontos, Dow Jones fechou em queda de 1,27%, aos 37.082 pontos e Nasdaq cedeu 1,50%, aos 14.777 pontos.

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Depois de superar máximas históricas nas últimas sessões e nos primeiros negócios do dia, em linha com a expectativa global de juros menores em 2024, as bolsas de Nova York e o Ibovespa passaram a ter clara tendência de queda durante a tarde, com investidores e o fluxo comprador dando sinais de fadiga ante ganhos sucessivos.

Além disso, agentes se mostraram mais preocupados com a dinâmica futura da atividade nos EUA, após o balanço e o guidance da FedEx surpreenderem negativamente. O balanço da companhia é visto como um bom indicador antecedente para o desempenho da economia americana. Não por acaso, ao mesmo tempo em que as bolsas passaram a cair em Nova York, os rendimentos dos Treasuries também perderam força e o dólar mostrou fôlego renovado.

Ibovespa apresenta tendência positiva no curto prazo

Anand Kishore, gestor da Daycoval Asset, diz que existem tendências benignas para o mercado no curto prazo, com melhoras tanto na percepção de risco externa, como na interna. Não obstante, nota que parte relevante dos ganhos importantes da bolsa nas últimas semanas se deu por conta do fluxo estrangeiro, o que indica que qualquer mudança na tese de alocação do investidor global pode impactar rapidamente o Ibovespa, como ocorreu na sessão.

“Fluxo é imprevisível, pode virar rápido. Investidor estrangeiro estava pouco investido em emergentes, o que impulsionou os ganhos da classe recentemente. Mas dá para dividir o grupo em três categorias: México e Índia mais bem posicionados, com teses de investimento mais estruturadas; China e Rússia estão na outra ponta, são os patinhos feios do momento; e o Brasil está em patamar intermediário, com história de queda de juros ajudando, mas sem narrativa estrutural. Então, se as perspectivas para a economia americana mudarem, o fluxo sai como entrou, rapidamente”, diz.

Na sessão, Bradesco PN recuou 1,65% e B3 ON cedeu 2,61%, enquanto Ambev ON caiu 2,41% após o Safra rebaixar a recomendação do papel, estimando impactos relevantes da reforma tributária nas estimativas de lucro da companhia. Petrobras ON e PN avançaram 0,18% e 0,36%, respectivamente, enquanto o Brent registrou ganhos de 0,67% em Londres.

Dólar volta a ficar acima de R$ 4,90

Na esteira do forte otimismo com o real, que foi observado nos últimos dias, o câmbio doméstico cedeu a um movimento de realização de lucros. O dólar, assim, voltou a ficar acima da marca psicológica de R$ 4,90 em um movimento que também recebeu sustentação externa, diante de uma maior aversão a risco em Nova York, ao mesmo tempo em que fatores técnicos, com a sazonalidade de fluxo de saída de dólares do Brasil, pesou na dinâmica do câmbio. Assim, no encerramento dos negócios no mercado à vista, o dólar subiu 0,96%, cotado a R$ 4,9115.

Em um período no qual são comuns remessas de lucros e dividendos para o exterior, a sazonalidade jogou contra o real e pressionou, o dólar “casado”, que é resultante da diferença entre o futuro e o “spot” e que ficou no campo negativo durante toda a sessão. No fim da sessão, o dólar “casado” estava em -2,0 pontos-base. No geral, o “casado” só costuma ficar abaixo de zero às vésperas da formação da Ptax de fim de mês, que se dará somente na próxima semana. (Valor Econômico)

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