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Ibovespa cai pelo 3º dia seguido e encerra sessão em 114 mil pontos

Apesar da queda acumulada de 1,51% na semana, o Ibovespa ainda registra alta de 3,89% desde janeiro; dólar fica estável cotado a R$ 5,05

Mercado cotações

Cielo (+6,53%), Energisa (+3,27%) e Copel (+2,97%) foram os destaques do dia na Bolsa de Valores | Foto: Getty Images

O Ibovespa fechou em leve baixa de 0,05%, aos 114.004,30 pontos, vindo de perdas nos dois dias anteriores, de 1,60% e 0,54%, após abertura positiva na semana, em alta de 0,67% na segunda-feira. Em Nova York, Dow Jones mostrava baixa de 0,75%, S&P 500, de 0,85%, e Nasdaq, de 0,96%, no encerramento desta quinta. Na B3, o índice de referência oscilou entre mínima de 113.767,75 e máxima de 115.062,61 pontos, no início da fala de Powell, saindo de abertura aos 114.059,49 pontos na sessão. O dólar ficou estável cotado a R$ 5,05.

Na semana, o Ibovespa cede 1,51%, o que coloca o recuo do mês a 2,20%. No ano, o índice sobe 3,89%. O giro financeiro foi a R$ 22,0 bilhões na sessão, no dia seguinte ao vencimento de opções sobre o Ibovespa. Nesta quinta, mesmo sem a contribuição de Petrobras (ON -0,72%, PN -0,47%), apesar do sinal positivo do petróleo, o Ibovespa contava com apoio do setor de consumo, que subia perto de 1% à tarde, mas entregou fechamento pouco acima da estabilidade (+0,06%).

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O dia se mostrava especialmente positivo também para o setor financeiro, o de maior peso no índice, com as ações de grandes bancos mostrando alta bem mais acomodada no fechamento, com ganhos entre 0,49% (Bradesco PN) e 1,16% (Itaú PN) no fim do dia.

E, com o desempenho negativo não apenas de Petrobras – que veio de máxima histórica, na quarta-feira – mas também de Vale (ON -1,44%, na mínima da sessão no encerramento), o índice de materiais básicos (IMAT) fechou em baixa de 0,49%, após também ter chegado a mostrar avanço nesta quinta-feira.

Na ponta do Ibovespa, destaque para Cielo (+6,53%), Energisa (+3,27%) e Copel (+2,97%). No lado oposto, Magazine Luiza (-6,94%), CVC (-5,54%) e Gol (-4,97%).

No início da tarde, o discurso introdutório do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em encontro promovido pelo Clube Econômico de Nova York chegou a animar os negócios em Wall Street, com os rendimentos dos Treasuries de 2 e 10 anos renovando então as mínimas da sessão, enquanto os três principais índices de ações (Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq), em alta, buscavam as máximas do dia por lá.

Ao fim, as indicações reiteradas por Powell sobre a percepção do Fed quanto à inflação nos Estados Unidos acabaram por se impor, fazendo com que o ânimo inicial dos investidores refluísse.

Dólar fica estável cotado a R$ 5,05 apesar da volatilidade do Ibovespa

O dólar à vista encerrou a sessão desta quinta-feira, 19, praticamente estável no mercado doméstico de câmbio. Pela manhã, a divisa até ensaiou uma alta mais firme, quando registrou máxima a R$ 5,0838, mas acabou perdendo fôlego ao longo da tarde. Com mínima a R$ 5,0198, o dólar fechou cotado a R$ 5,0528 (-0,03%). Na ausência de indicadores locais relevantes, a formação da taxa de câmbio foi mais uma vez ditada pelo ambiente externo.

Investidores digeriram declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, no início da tarde, e monitoraram notícias sobre o andamento da guerra entre o grupo palestino Hamas e Israel. Com temores de alastramento do conflito pela região, com eventual envolvimento do Irã, os preços do petróleo fecharam em alta firme, apesar da retomada de negócios entre EUA e o setor petrolífero venezuelano.

No exterior, o índice DXY – termômetro do comportamento do dólar em relação a seis divisas fortes, em especial euro e iene – recuava cerca de 0,30% no fim da tarde, ao redor dos 106,200 pontos. As taxas dos Treasuries longos voltaram a subir, com a T-note de 10 anos flertando com o nível de 5%.

Em discurso em Nova York, Powell, repetindo falas recentes de dirigentes do BC americano, disse que o avanço das taxas dos Treasuries leva a um aperto das condições financeiras, o que pode ajudar o Fed a controlar a inflação.

De outro lado, o chairman ressaltou a que a economia continua forte e que há dúvidas sobre os efeitos defasados do aperto monetário. Sinais de “crescimento persistentemente acima da tendência” ou de que o mercado de trabalho segue muito apertado, disse Powel, podem “justificar o aperto adicional da política monetária”.

Após encontro com o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, o presidente de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quinta que o combate ao Hamas “será uma guerra longa”. À tarde, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, deu sinais de que uma invasão da Faixa de Gaza é iminente. “Quem vê Gaza de longe agora, verá ela de dentro”, disse em visita a tropas israelenses estacionadas na região. (AE)

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