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Ibovespa ganha tração no final e fecha a semana no campo positivo

A Bolsa vira para o azul nas últimas sessões e tem alta semanal de 1,48%, aos 112.558 pontos; confira as maiores altas e baixas da semana

painel da Bolsa

Bolsa fecha no azul a semana após resultados econômicos positivos no Brasil e fim de impasse nos EUA | Foto: Getty Images

Na semana em que o governo americano resolveu o impasse em torno do teto da dívida, e que foram divulgados dados econômicos relevantes no Brasil e no exterior, o Ibovespa fechou a semana no azul. A Bolsa subiu 1,48%, aos 112.558 pontos.

O índice tomou tração na quinta-feira, com a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre no Brasil, na quinta-feira, e o fim do imbróglio da dívida dos Estados Unidos entre o governo americano e o Congresso, na sexta-feira.

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Na quinta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o PIB do primeiro trimestre, que veio melhor que o esperado pelo mercado. A economia do país cresceu 1,9%, na comparação com o último trimestre do ano passado.

O resultado foi puxado, principalmente, pela evolução de 21,6% da agropecuária, maior alta para o setor desde o quarto trimestre de 1996. O PIB chegou a R$ 2,6 trilhões em valores correntes. 

Na comparação com o primeiro trimestre de 2022, o PIB cresceu 4%. No acumulado dos quatro trimestres terminados em março de 2023, o PIB registrou elevação de 3,3% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

As expectativas do mercado eram de crescimento de 1,3% sobre o quarto trimestre de 2022 e de 3,0% em relação ao mesmo período do ano anterior. Na sessão de quinta-feira, a Bolsa subiu mais de 2%.

Já na sexta-feira, o mercado foi impactado pela aprovação no Senado dos Estados Unidos para a suspensão do teto da dívida e o corte dos gastos orçamentários.

O texto foi aprovado no fim da noite de quinta por 63 votos a 36, o que reflete o apoio de democratas e republicanos. O pacote foi negociado entre Biden e o presidente da Câmara, o republicano Kevin McCarthy.

O acordo bipartidário será enviado agora para o presidente Joe Biden, a tempo de virar lei antes da segunda-feira, 5 – data estimada pelo Departamento do Tesouro para o governo ficar sem dinheiro para honrar todos os compromissos, caso o teto da dívida fosse mantido.

Além disso, na sexta-feira, o Departamento do Trabalho informou que a economia dos Estados Unidos gerou 339 mil empregos em maio, em publicação do relatório de empregos (payroll) do mês passado.

O resultado veio acima da mediana das expectativas dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de 200 mil. Já a taxa de desemprego subiu de 3,5% em abril para 3,7% em maio, ante projeção de queda a 3,4% dos analistas.

O salário médio por hora teve crescimento de 0,3% em maio, na comparação com abril, em linha com a projeção de analistas. Já na comparação anual, o crescimento foi de alta de 4,3%, ante previsão de alta de 4,4%. A taxa de participação da força de trabalho permaneceu a 62,6% em maio ante abril. 

Maiores altas e baixas

Entre os melhores desempenhos da semana o destaque é a ação da CVC, que subiu 20,81%. “O papel da companhia subiu com potencial follow on, o que deve reduzir o risco da operação. Além disso, há a possibilidade da volta de seu fundador, o Guilherme Paulus, para o grupo de acionistas”, disse Cauê Pinheiro, estrategista do Banco Safra.

Outro papel que se valorizou nesta semana, foi o da BRF, que subiu 13,03%. Segundo Pinheiro, a companhia avançou com a notícia de potencial oferta de ações e capitalização, o que reduzirá bem a alavancagem e o custo financeiro da empresa.

Já a ação da Rumo Logística Rumo evoluiu 7,76% refletindo o desempenho positivo do PIB, que foi impulsionado pelo agronegócio. “Esta empresa vai ser a principal na Bolsa a capturar esse desempenho.”

Completam a lista de melhores desempenhos a Azul, que ganhou 14,47%, e a MRV, que subiu 8,37%.

Já no lado negativo, entre as ações que mais perderam foram Weg, CPFL e Grupo Fleury, que caíram 4,66%, 5,48% e 4,73%, respectivamente. “Acredito que estes papéis se desvalorizaram por conta de rotação de portfólio, com os investidores migrando para ativos de maior risco”, disse Pinheiro.

Segundo o estrategista do Safra, o papel da Totvs caiu com payroll acima do esperado, o que poderia favorecer um ajuste nos juros lá fora e prejudicar as “techs”.  A ação da empresa recuou 3,13%.

“A queda da Petz talvez seja por realização de lucros”, afirmou Pinheiro. O papel da empresa caiu 3,40% nesta semana.

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