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Bolsa encerra semana estável e acumula alta de 1,78% em julho

Faltando apenas a segunda-feira para o encerramento de julho, Bolsa mostra um padrão mais contido após o salto de 9% em junho; dólar fecha em R$ 4,73

Bolsa de valores de São Paulo

Após a forte correção do dia anterior nas ações da empresa, Petrobras ON e PN tiveram recuperação | Foto? Getty Images

Após a queda de 2,10% ontem, a maior desde o começo de maio, o Ibovespa se estabilizou nesta última sessão da semana, sem encontrar fôlego para apagar a perda que havia se imposto na quinta-feira. Vindo de uma sequência positiva que se estendeu até a última quarta-feira, e iniciada no dia 20, o desempenho de ontem, sozinho, colocava a semana no negativo, depois de um ganho de 2,13% na anterior.

O dólar à vista recuou 0,59% em relação ao real nesta sexta-feira, 28, a R$ 4,7308, acompanhando o movimento de desvalorização global após dados de inflação dos Estados Unidos reforçarem a expectativa de pausa no ciclo de aperto monetário do Federal Reserve (Fed). Com o resultado, teve a terceira baixa semanal consecutiva em relação à moeda brasileira, de 1,04%. No mês, acumula queda de 1,23% e, no ano, cede 10,40%.

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Nesta sexta-feira, o Ibovespa oscilou menos de mil pontos entre a mínima (119.706,26) e a máxima (120.660,21) do dia, fechando a sessão em leve alta de 0,16%, aos 120.187,11 pontos, com giro bem fraco, a R$ 19,1 bilhões, nesta sexta-feira. Na semana, o índice da B3 ficou perto da estabilidade, mas com sinal negativo (-0,02%).

No mês, faltando apenas a segunda-feira para o encerramento de julho, o Ibovespa ainda avança 1,78%, mostrando um padrão mais contido após o salto de 9% ao longo de junho.

No ano, o índice sobe 9,53%. Após a forte correção do dia anterior nas ações da empresa, Petrobras ON e PN tiveram recuperação, respectivamente, de 1,69% e 1,26% nesta sexta-feira, o que contribuiu para mitigar o sinal negativo do Ibovespa na sessão. O índice foi ajudado também pelas ações do setor financeiro, com as de grandes bancos mostrando alta até 1,49% (Itaú PN) no fechamento.

Por outro lado, após o balanço do segundo trimestre da mineradora, divulgado na noite de ontem, Vale e o setor metálico foram mal na sessão. A ação da mineradora fechou em queda de 3,96% (mínima do dia no encerramento, a R$ 67,63), com Usiminas e CSN puxando as perdas entre as siderúrgicas nesta sexta-feira, em baixa respectivamente de 5,34% e 2,18%. Usiminas e Vale ocuparam a ponta negativa do Ibovespa na sessão, logo à frente de Pão de Açúcar (-3,88%). No canto oposto, Méliuz (+7,76%), BRF (+7,11%) e Yduqs (+4,87%).

“O dia foi bem morno, com o Ibovespa não sendo carregado para nenhuma direção, ficando muito perto da estabilidade ao longo da sessão. Em contrapartida, todos os DIs abriram um pouco, tanto os mais curtos como os mais longos – um movimento interessante porque o que se viu nos últimos dias foi um cenário algo contrário (a isso). Na B3, Vale basicamente realizou em cima dos resultados trimestrais, que não agradaram ao mercado. E o preço do minério também não ajudou o desempenho do setor”, diz Fernanda Bandeira, especialista da Blue3 Investimentos, referindo-se à queda de 2,68% na cotação da commodity em Dalian, China.

Vale pressiona resultado do Ibovespa na semana

Na semana, com a correção desta sexta-feira, Vale devolveu ganhos que havia acumulado e cedeu 0,25% no intervalo, ainda avançando 5,31% no mês.

Destaque da agenda externa nesta sexta-feira, na Ásia, o Banco do Japão decidiu manter os juros, conforme previsto, mas deu, hoje, “um passo no sentido de flexibilizar a política de meta para curva de juros, sinalizando que a inflação, acima da meta de 2%, requer atenção”, observa a Monte Bravo Investimentos, em boletim diário. Assim, a Bolsa de Tóquio (-0,40% no fechamento da sessão) se descolou do dia em geral favorável ao apetite por risco no exterior, em especial em Nova York, onde o Nasdaq encerrou esta sexta-feira em alta de 1,90%.

“As inovações relacionadas à inteligência artificial são o tema que continua a impulsionar o Nasdaq, mas esse movimento ganhador precisa ser monitorado de perto, tendo em vista que o cenário econômico nos Estados Unidos ainda requer cautela”, diz Fernanda, da Blue3.

Aqui, o mercado financeiro está um pouco mais conservador na avaliação sobre o comportamento das ações no curtíssimo prazo, mostra o Termômetro Broadcast Bolsa, mas a percepção de ganhos segue amplamente majoritária. Depois de duas semanas com as expectativas se dividindo apenas entre alta e estabilidade, a pesquisa de hoje aponta que, no universo de participantes, 14,29% esperam queda para o Ibovespa na semana que vem, enquanto 57,1% preveem avanço e 28,57%, variação neutra. No último Termômetro, 50% responderam alta e outros 50%, estabilidade. (AE)

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