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Bolsa cai mais de 2% com aversão a risco e avanço da covid na China

O Ibovespa recuou 2,07%, aos 98.212 pontos, depois de oscilar entre 97.854 e 100.282 pontos; o volume financeiro no dia chegou a R$ 16,3 bilhões

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O benchmark da Carteira Técnica Top 5 é a oscilação do índice Bovespa no consolidado do período de referência | Foto: Getty Images

O Ibovespa, principal índice da Bolsa Brasileira, fechou em queda de mais de 2% esta sessão, acompanhando os mercados mundiais que recuaram com o aumento do risco sanitário na China. Apenas 4 ações do Ibovespa resistem em alta: VIVT3 (+0,46%); MGLU3 (+1,53%); ASAI3 (+0,52%); e#PRIO3 (+0,69%).

O Ibovespa recuou 2,07%, aos 98.212 pontos, depois de oscilar entre 97.854 e 100.282 pontos. O volume financeiro foi de R$ 16,3 bilhões. Com o resultado desta segunda-feira, o índice acumula alta de quase 4% no mês. No ano, no entanto, ainda há queda de pouco mais de 2%.

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“As commodities apresentam baixa com novo aumento de casos de covid na China”, informou o Banco Safra, em relatório.

Com a piora sanitária no país asiático, os governos de grandes cidades já implementam a testagem em massa e, em alguns casos, novo confinamento, para impedir o avanço da infecção.

Os preços do minério de ferro recuaram nesta sessão com temores de redução da demanda por causa da piora sanitária na China, o maior consumidor mundial.

O contrato de minério de ferro mais negociado, para entrega em setembro, na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações com queda de 3,3%, a 741 yuans (US$ 110,37) a tonelada.

Na Bolsa de Cingapura, o contrato para o próximo mês do ingrediente siderúrgico caiu 4,8%, para US$ 107,45 a tonelada.

O petróleo fechou em quase estabilidade nesta sessão. O barril do Brent, o óleo referência mundial, subiu levemente 0,07% e foi negociado a US$ 107,10.

O movimento negativo das commodities afetou as negociações dos papéis de mineradoras, siderúrgicas e da Petrobras. A Vale recuou 3,41%, CSN se desvalorizou, 5,05% e a Usiminas, 2,56%. Já as ações da estatal reduziram o ritmo de queda. O PETR4 caiu 0,49% e o PETR3 0,06%.

Risco de recessão nos Estados Unidos também afeta Ibovespa

Além da questão sanitária da China, o mercado também avalia os resultados das empresas nos Estados Unidos com o início da safra de balanços.

“Bolsas no exterior operam em queda com receios relacionados ao início da safra de resultados nos EUA, uma vez que as empresas poderiam mostrar desempenhos mais fracos já afetados pela alta da inflação e dos juros”, informou o Safra.

Segundo analistas, as empresas de capital aberto nos Estados Unidos devem entregar o menor crescimento de lucros no 2º trimestre desde o fim de 2020, em meio ao temor de uma recessão à vista.

Além de cristalizar o efeito da subida de juros para controlar a disparada de preços no país, os balanços do período podem se tornar um desafio para o desempenho futuro das ações em Wall Street.

O lucro das empresas do S&P 500, que reúne as 500 maiores companhias listadas nos EUA, deve apresentar expansão de 4,1% no 2.º trimestre, de acordo com estimativa revisada para baixo da norte-americana FactSet. Antes, a previsão era de alta de 5,9%.

Será, assim, o menor crescimento de lucros reportado pelo índice desde o quarto trimestre de 2020, quando o avanço registrado foi de 3,8%, e as economias foram impactadas pelos bloqueios implementados para conter a pandemia da covid-19.

Este receio, faz os índices americanos fecharem os negócios no vermelho nesta segunda-feira. O Dow Jones recuou 0,52%, S&P 1,17% e Nasdaq, 2,26%.

No cenário interno, as atenções continuam na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que tramita no Congresso e deve levar o país ao descontrole fiscal.

O pacote de bondades ou “PEC Kamikaze” deve aumentar os gastos do governo em R$ 41 bilhões acima do teto fiscal. A proposta deve ser votada na Câmara dos Deputados nesta terça-feira.

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