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Ibovespa fecha em alta e recupera os 99 mil pontos, com ajuda de Vale e bancos

A Bolsa subiu 0,76%, aos 99.033 pontos, depois de oscilar entre 97.087 e 99.056 pontos; o volume financeiro chegou a R$ 23,1 bilhões

Mercado financeiro

Alta do Ibovespa foi limitada pelo desempenho ruim das commodities e subida de juros pelo Banco Central Europeu | Foto: Getty Images

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta nesta sessão e recuperou os 99 mil pontos. A melhora dos índices americanos e dos papéis da Vale e do setor bancário puxaram a Bolsa, mesmo com a decisão do Banco Central Europeu de elevar os juros pela primeira vez em 11 anos.

A Bolsa subiu 0,76%, aos 99.033 pontos, depois de oscilar entre 97.087 e 99.056 pontos. O volume financeiro chegou a R$ 23,1 bilhões. Com o resultado, o Ibovespa acumula alta de perto de 2% na semana. No mês, o índice zerou as perdas e sobe perto de 0,40%, já no ano, a queda acumulada é de 5,50%.

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O Ibovespa seguiu os índices americanos que também mudaram de rota ao longo do pregão. Dow Jones evoluiu 0,51%, já o S&P 500 subiu 0,97% e Nasdaq fechou alta de 1,36%.

O índice local foi afetado pelo mau momento das commodities no mercado global, que limitaram a evolução nesta sessão. Os contratos futuros de minério de ferro registraram baixas nas bolsas de Dalian e Cingapura nesta quinta-feira, com os investidores voltando seu foco para as perspectivas ruins de demanda da China.

O contrato de minério mais negociado, para entrega em setembro, na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações com queda de 0,3%, a 657 yuans (US$ 97,15) a tonelada. Na Bolsa de Cingapura, o contrato para agosto do ingrediente siderúrgico recuou 0,6%, a US$ 98,85.

Mesmo com a queda da cotação do minério de ferro, a Vale teve um dia de recuperação. O papel da mineradora fechou em alta de 1,75%, o que motivou a virada do Ibovespa, que até a primeira metade da sessão, operava no negativo.

Segundo Marcelo Oliveira, sócio-fundador da Quantzed, os destaques do Ibovespa nesta sessão ficaram por conta da alta da Vale e os bancos. Itaú subiu 0,81%, Bradesco avançou 1,35% e Banco do Brasil evoluiu 0,69%.

“Nesse contexto de aumento do risco fiscal com a aprovação da PEC dos Auxílios e discussões sobre o risco de furo no teto de gastos, a curva de juros futuros sobe, o que é benéfico para o setor de bancos, que lucra mais com o crédito”, disse Oliveira. “No dia de hoje, vemos também a maioria dos commodities caírem motivadas pelo medo do mercado em relação à desaceleração econômica e lockdowns na China.”

O petróleo também desabou nesta sessão. O barril do Brent, o referência mundial, foi cotado a US$ 103,86, um recuo de 2,86%. Com isso, os papéis das petroleiras ficaram entre as maiores baixas do Ibovespa.

Petrobras teve perdas de 0,51% (PETR4) e 1,10% (PETR3). A 3R Petroleum se desvalorizou em 3,76%. Já a PetroRio foi na contramão e subiu 2,61%

Além do movimento ruim das commodities nesta sessão, o Ibovespa também foi pressionado pelo movimento de subida de juros do Banco Central Europeu (BCE), que leva os investidores a saírem de ativos brasileiros.  

O BCE foi mais agressivo e aumentou os juros em 50 pontos bases, com isso a taxa subiu de -0.50% para 0%. Foi o primeiro movimento do BCE neste sentido em 11 anos e a decisão foi uma resposta às fortes pressões inflacionárias que o bloco enfrenta neste ano.

Em junho, a inflação chegou a 8,6%, puxado principalmente pela energia com a guerra entre Rússia e Ucrânia. O resultado da inflação na zona do euro no mês passado ficou acima da expectativa de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam avanço da taxa a 8,4%.

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