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Ibovespa sobe 1,36% e recupera parte das perdas da semana passada

Depois de perder 2,19% nas quatro sessões da semana passada, o Ibovespa fechou aos 116,8 mil pontos com impulso vindo da China

Ibovespa

O dólar fechou em queda de 1,04%, a R$ 4,9312, após o rali dos últimos dias | Foto: Getty Images

Depois de quatro sessões seguidas de perdas na semana passada, acumulando queda de 2,19%, o Ibovespa fechou a segunda-feira em recuperação parcial, com alta de 1,36%, aos 116.883,34 pontos. O índice oscilou dos 115.315,94, da abertura, até os 117.130,81 pontos, na máxima do dia, na hora final dos negócios, com giro financeiro ainda restrito, a R$ 18,5 bilhões. No mês, o Ibovespa sobe 0,99% e, no ano, avança 6,51%.

Após ter fechado na casa de 115 mil pontos nas duas últimas sessões, o Ibovespa parecia, nos melhores momentos do fim da tarde, a caminho de ponte direta com os 117 mil pontos, nível que prevaleceu nos encerramentos entre 1º e 5 de setembro, nas três primeiras sessões do mês. Entre as ações de maior peso e liquidez, apenas Petrobras ON e PN destoaram nesta segunda-feira, ao fechar em baixa de 0,68% e 0,09%, respectivamente, em dia moderadamente negativo para os preços do petróleo, vindo a commodity de fortes ganhos recentes.

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Destaque, por outro lado, para Vale ON, em alta de 1,44% no fechamento – ainda que moderada no fim do dia, o que foi determinante para o encerramento do Ibovespa abaixo dos 117 mil. Desde mais cedo, o apetite pela mineradora foi induzido por perspectiva um pouco mais favorável sobre a economia chinesa, após os dados divulgados no país asiático neste começo de semana.

O mercado tomou nota também do recado do BC chinês em suporte à moeda local, o yuan. E a inflação deu sinais de leve recuperação em agosto, após os temores recentes associados às primeiras leituras deflacionárias em dois anos no país asiático.

O Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) afirmou nesta segunda-feira que o yuan encontrou uma “base sólida”, para manter estabilidade no mercado cambial, e se comprometeu a defender a moeda de comportamentos que “perturbem a ordem” do câmbio, ao lado de outros órgãos reguladores chineses.

Em paralelo, dados sobre novas concessões de crédito na segunda maior economia do globo surpreenderam positivamente, vindo acima do esperado, observa em boletim a Monte Bravo Investimentos. “Além disso, o órgão regulador financeiro da China flexibilizou as regras para investimentos de seguradoras no mercado de capitais, enquanto várias cidades também estão removendo restrições às compras de casas”, enumera a Monte Bravo.

Maiores altas e baixas do Ibovespa; dólar fecha em R$ 4,93

Na ponta do Ibovespa na sessão de hoje, destaque para Eztec (+5,84%), Pão de Açúcar (+5,23%) e CSN Mineração (+4,04%), com Braskem (-3,19%), Petz (-2,30%) e Marfrig (-1,84%) no lado oposto.

Contribuiu também para o desempenho positivo da Bolsa nesta abertura de semana o enfraquecimento do dólar, que hoje fechou em queda de 1,04%, a R$ 4,9312, após o recente rali observado na moeda americana.

Em baixa desde a abertura dos negócios, o dólar à vista acentuou o ritmo de queda ao longo da tarde em meio a máximas do Ibovespa e, com mínima a R$ 4,9210. O real se beneficiou da onda de apetite ao risco no exterior, despertada por melhora das expectativas em torno da economia chinesa, o que deu fôlego aos preços de commodities metálicas. As cotações futuras do minério de ferro subiram mais de 2%.

Após deflação de 0,3% em julho (na comparação anual), o índice de preços ao consumidor (CPI) na China subiu 0,1% em agosto, abaixo do esperado pelo mercado (0,2%), mas o suficiente para diminuir temores de uma desaceleração mais abrupta da atividade. Além disso, Banco do Povo da China (PBoC, o banco central chinês) informou que bancos ampliaram de forma relevante a concessão de empréstimos em agosto e declarou que vai agir para da suporte ao yuan, evitando comportamentos que “perturbem a ordem” do mercado cambial.

Termômetro do comportamento do dólar frente a uma cesta de seis divisas fortes, o índice DXY trabalhou em baixa firme, operando no fim da tarde ao redor dos 104,500 pontos. Destaque para o fortalecimento do iene, após o presidente do Banco do Japão (BoJ) ter declarado que pode abandonar a política de juros negativos se houver confiança no avanço de preços e salários. Entre divisas emergentes e de países exportadores de commodities mais relevantes, real, peso mexicano e rand sul-africano experimentaram ganhos superiores a 1% em relação à moeda americana. (AE)

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