close

IGP-M acelera alta para 0,59% em novembro e acumula 3,89% no ano

Índice que serve de referência para contratos de aluguel acumula queda de 3,46% em 12 meses, apesar da aceleração em novembro

Inflação IGP-M

Inflação ao consumidor avançou sob influência de fatores climáticos que impactaram negativamente a oferta de alimentos in natura | Foto: Getty Images

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou alta de 0,59% em novembro, após elevação de 0,50% um mês antes, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). A variação de preços ficou 0,1 ponto percentual (p.p.) acima da mediana das estimativas de 26 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de 0,58%, com intervalo das projeções indo de 0,42% a 0,71%.

Com esse desempenho, o índice acumula baixa de 3,89% no ano e recuo de 3,46% nos últimos 12 meses. Em novembro de 2022, o índice tinha registrado queda de 0,56%, mas acumulava alta de 5,90% nos 12 meses anteriores.

Saiba mais

“No mês de novembro, observou-se um incremento substancial nos preços de commodities componentes do índice ao produtor. Destacam-se, os significativos aumentos no preço do farelo de soja, ascendendo de 0,51% para 5,41%, e no café em grão, que apresentou uma variação de -1,60% para 6,36%. Salienta-se também a contribuição expressiva do óleo Diesel, com uma elevação de 6,56%. Já a inflação ao consumidor avançou sob influência de fatores climáticos que impactaram negativamente a oferta de alimentos in natura. Entre os destaques, observa-se a variação expressiva na cebola, de -5,20% para 38,53%, e na batata-inglesa, que evoluiu de -5,40% para 20,94%. No âmbito da construção civil, o índice que monitora a evolução dos preços apresentou desaceleração devido à queda de 0,12% nos preços de materiais, equipamentos e serviços”, afirmou André Braz, coordenador dos índices de preços do FGV Ibre.

Com peso de 60%, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) registrou aumento de 0,71% em novembro, superior à alta ocorrida em outubro, de 0,60%. Nos estágios de processamento, a taxa do grupo de Bens Finais apresentou queda de 0,14% em novembro, em contraste com o avanço de 0,06% no mês anterior.

Combustíveis pressionam o IGP-M

O principal fator que contribuiu para esse resultado foi o subgrupo de combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de 0,05% para decréscimo de 3,32% no mesmo período. O índice referente a Bens Finais “ex”, que exclui os subgrupos de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,29% em novembro, ante 0,28% no mês anterior.

A taxa do grupo Bens Intermediários apresentou avanço de 1,23% em novembro, marcando uma aceleração em comparação à variação de 0,69% registrada no mês anterior. O principal fator que influenciou esse movimento foi o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 2,32% para 3,90%. O índice de Bens Intermediários “ex”, que exclui o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 0,71% no penúltimo mês de 2023, após alta de 0,38% observada em outubro.

O estágio das Matérias-primas brutas subiu 0,97% em novembro, seguindo elevação de 1,06% um mês antes. Os principais contribuintes para recuo na taxa do grupo foram os seguintes itens: minério de ferro (4,91% para 1,14%), bovinos (6,97% para 2,03%) e cana-de-açúcar (2,59% para 0,40%). Por outro lado, alguns itens apresentaram um movimento oposto, destacando-se: soja em grão (-2,45% para -0,01%), mandioca/aipim (-4,80% para 8,29%) e café em grão (-1,60% para 6,36%).

Com peso de 30% no IGP-M, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) subiu 0,42% em novembro, após variar 0,27% em outubro. A maior contribuição partiu do grupo Alimentação, cuja taxa de variação passou de redução de 0,39% para aumento de 0,58%. Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item hortaliças e legumes, cujo preço subiu 7,58%, ante redução de 2,46% na edição anterior.

Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Despesas Diversas (0,06% para 1,29%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,21% para 0,29%) e Habitação (0,19% para 0,20%).

O FGV Ibre destaca o comportamento dos seguintes itens dentro dessas classes de despesa: serviços bancários (0,12% para 2,19%), salão de beleza (0,13% para 0,62%) e tarifa de eletricidade residencial (-0,03% para 0,97%).

Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (2,99% para 2,05%), Transportes (-0,12% para -0,25%), Vestuário (0,15% para 0,09%) e Comunicação (0,07% para -0,05%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação.

Nessas classes de despesa, destaque para passagem aérea (19,70% para 11,44%), gasolina (-0,91% para -1,83%), roupas masculinas (0,40% para -0,23%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,23% para -0,11%).

Por fim, com os 10% restantes do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) apresentou uma variação de 0,10%. Isso representa uma ligeira redução em comparação com a taxa de 0,20% registrada em outubro.

Os três grupos que compõem o INCC-M tiveram as seguintes variações na transição de outubro para novembro: Materiais e Equipamentos (0,07% para -0,17%), Serviços (0,79% para 0,39%) e Mão de Obra (0,29% para 0,42%). (Valor Econômico)

Abra sua conta no Banco Safra.

Assine o Safra Report, nossa newsletter mensal

Receba gratuitamente em seu email as informações mais relevantes para ajudar a construir seu patrimônio

Invista com os especialistas do Safra