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IRB vende R$ 190 milhões em ativos às vésperas de oferta de ações

Venda de sede no Rio de Janeiro e de participação na Casashopping visa cumprir exigências regulatórias da Susep

Fachada da sede do IRB Brasil RE, no centro do Rio de Janeiro, com destaque para o logo antigo da companhia, que fará oferta de ações

IRB anunciou a negociação de sua sede, um prédio histórico no centro do Rio de Janeiro, com o Sebrae-RJ, por R$ 85,3 milhões | Foto: Divulgação

Em busca de capital para cumprir exigências regulatórias, o IRB Brasil RE (IRBR3) anunciou transações que devem levar a seu caixa quase R$ 190 milhões.

A quantia, entretanto, ainda não é suficiente para resolver a insuficiência de capital da resseguradora, que deve fechar nesta quinta-feira, 1º, uma oferta bilionária de ações para arrecadar o restante e manter uma folga no balanço.

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Na terça-feira, 30, a empresa anunciou a negociação de sua sede, um prédio histórico no centro do Rio de Janeiro, com o Sebrae-RJ, por R$ 85,3 milhões.

Horas mais tarde, informou um acordo que permitirá a venda de sua participação no Casashopping, shopping center voltado ao ramo de decoração, que renderá mais R$ 100 milhões. O IRB detém 20% do empreendimento.

Em paralelo, no primeiro semestre, os acionistas autorizaram a companhia a aumentar seu capital em até R$ 1,2 bilhão, quantia que serve como teto para a captação com a oferta de ações que está na praça. A oferta de ações do IRB deve ser fechada nesta quinta, com a participação dos dois maiores acionistas do IRB, Itaú e Bradesco.

A resseguradora já fez várias chamadas de capital nos últimos anos, em virtude de escândalos envolvendo sua antiga administração.

Além disso, a IRB levou um “pito” público de Warren Buffett. O megainvestidor americano desmentiu que seria sócio do negócio, como a própria IRB havia anunciado.

A corrida para vender novas ações e também ativos é parte do plano apresentado à Superintendência de Seguros Privados (Susep) para reenquadrar o balanço.

Em junho, o IRB precisava de R$ 729 milhões para cobrir as exigências da Susep. Para analistas, as vendas de ativos não serão suficientes.

“Vemos os dois movimentos (de venda de ativos) como positivos, mas o IRB continua com uma significativa insuficiência de capital”, comentou o analista Gabriel Gusan, do Citi, em relatório enviado a clientes.

O prazo para a regularização do capital termina em 31 de outubro. Se não regularizar a situação, o IRB pode ser submetido a um regime especial de direção fiscal por parte da Susep, que indicaria um diretor fiscal para supervisioná-lo. (AE)

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