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Junho Vermelho: doar sangue é seguro e urgente

Campanha do mês chama atenção para a situação dos bancos de sangue em todo o país, que atingiram níveis críticos com a pandemia

Doação de sangue

Os postos de doação seguem todos os protocolos de segurança contra a covid-19 | Foto: Getty Images

É muito comum que em momentos de proliferação do doenças infecciosas, o medo da contaminação diminua a doação de sangue. No caso da covid-19, a redução de doadores baixou em média 70% da disponibilidade dos bancos de sangue em todo o Brasil.

Com a volta da permissão de cirurgias eletivas no país, as reservas de tipo sanguíneos como o O+ (doador universal, por isso vital em situações de emergência) alcançaram níveis críticos.

Por isso a campanha Junho Vermelho, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde, é a oportunidade no ano para o sistema de saúde lembrar a sociedade da importância do insumo, que, diferentemente do oxigênio, pode ser doado de uma pessoa para a outra.

Um dos pontos centrais da campanha no Brasil é esclarecer os doadores usuais e sensibilizar quem ainda não doa sangue sobre a segurança do processo, que não tem nenhuma contraindicação dentro dos grupos eleitos para doação (leia abaixo)

A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) garante:

1) Fiscalização do distanciamento social recomendado dentro dos postos de vacinação, que contam com profissionais de saúde já vacinados contra a covid-19

2) Equipamento de proteção contra covid-19 ao doador. Se um voluntário não estiver seguro com sua máscara no momento da doação, os postos devem oferecer máscaras de proteção para doadores, preferencialmente as do tipo PFF2 e N-95, ou duas máscaras descartáveis do tipo hospitalar

3) Todas as cadeiras e macas de doação são higienizadas com álcool 70 graus a cada mudança de doador

Como oxigênio, sangue é usado para salvar vidas

“Nós sempre precisamos de doação de sangue e isso se acentuou sensivelmente durante a pandemia. Doar sangue é um ato simples, rápido e de cidadania, que não traz risco algum para quem realiza a doação. É um ato humanitário muito importante, principalmente na situação atual”, afirma o hematologista, Dr. Dante Langhi Jr., presidente da ABHH.

Desde o início da pandemia da Covid-19, a Pró-Sangue, assim como os diversos hemocentros pelo país, intensificaram as medidas de segurança e controle para garantir a proteção de doadores e funcionários dos bancos de sangue.

Uma das medidas adotadas em São Paulo, o agendamento, explicitou a dificuldade de doar durante os dias úteis, apesar da lei brasileira garantir a dispensa do trabalho para a doação. 

Essa foi uma das motivações para a Pró-Sangue organizar na capital paulista as coletas externas, que podem ser feitas em locais com estrutura para receber o posto provisório de doação.

Coleta externa precisa de, no mínimo, 80 doadores

A Pró-Sangue disponibiliza programa de coleta externa de doação de sangue em São Paulo. O serviço realiza parceria com empresas, universidades e comunidades interessados em realizar doação em grupos.

Os interessados no serviço devem entrar em contato com a Divisão de Medicina Transfusional da Pró-Sangue para obter orientações técnicas para a realização da coleta.

É necessário reunir grupos a partir de 80 pessoas, dispor de área bem ventilada e iluminada, de no mínimo 100 metros quadrados, com bebedouro e banheiros próximos. O local deve conter mobiliário mínimo: mesas, cadeiras e lixeiras disponíveis.

A Pró-Sangue assume a logística, disponibiliza transporte e equipe composta por médicos, enfermeiros, biologistas e auxiliares das áreas técnica e administrativa e equipamentos.

Quem pode doar sangue

  • Pessoas infectadas pela covid-19 devem guardar pelo menos 30 dias depois da completa recuperação para fazerem a doação. Pessoas com sintomas gripais devem aguardar 7 dias
  • É necessário ter entre 16 e 69 anos e pesar no mínimo 50 quilos
  • Homens podem doar em intervalos de dois meses, em um total de até quatro vezes por ano. Para mulheres, a recomendação é três vezes por ano, com intervalo de no mínimo três meses

Não podem doar

  • Gestantes e mães que estejam amamentando
  • Pacientes que tiveram quadro de hepatite após os 11 anos de idade
  • Pessoas que já usaram drogas ilícitas injetáveis
  • Pessoas com evidências clínicas ou laboratoriais de doenças transmissíveis pelo sangue, como hepatites B e C, Aids, HTLV 1 e 2 e doença de Chagas

No dia da doação, a Pró-Sangue recomenda:

  • Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24)
  • Estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação)
  • Apresentar documento original com foto recente, que permita a identificação do candidato, emitido por órgão oficial (Carteira de Identidade, Cartão de Identidade de Profissional Liberal, Carteira de Trabalho e Previdência Social, Carteira Nacional de Habilitação e RNE-Registro Nacional de Estrangeiro)
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