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Maior trem do mundo escoa 120 milhões de toneladas de minério de Carajás por ano

Diariamente, entre 18 a 20 trens com mais de 300 vagões saem das minas da Vale, na serra de Carajás, no Pará, para o porto da Ponta da Madeira, em São Luís do Maranhão

Trem com 330 vagões e mais 3500 metros de extensão usado na exportação de minério de ferro

O maior trem do mundo em operação regular é o da estrada de ferro Carajás. São 330 vagões em um único trem com mais 3.500 metros de extensão, em uma carga com mais de 36 mil toneladas de minério de ferro.

Todos os dias, saem entre 18 a 20 trens iguais a estes, das minas da Vale, na serra de Carajás, no Pará, sentido o porto da Ponta da Madeira, em São Luís do Maranhão. Por este motivo, os trens de minério da EFC ostentam o título de os maiores trens de atividade regular do mundo.

A Estrada de Ferro Carajás também conhecida pela sigla EFC. Trata-se de uma ferrovia diagonal com 892 km de extensão, em bitola larga, operada pela mineradora Vale. A linha passa pelos estados do Maranhão e do Pará, ligando o Porto de Ponta da Madeira, no município de São Luís (MA), a Marabá e Parauapebas (PA).

O sistema também transporta cerca de 1.500 usuários por dia, sendo uma das maiores ferrovias de transporte de passageiros em operação no Brasil, com 5 estações e 10 paradas, percorrendo São Luís (MA), Santa Inês (MA), Açailândia (MA), Marabá (PA) e Parauapebas (PA). Mas os trens se destacam pelo transporte de cargas minerais, extraídas das minas da Serra dos Carajás, e levados até os portos da Baía de São Marcos no Maranhão para exportação. Por seus trilhos, são transportados mais de 120 milhões de toneladas de carga e 350 mil passageiros por ano.

A EF-315 está interligada com outras duas ferrovias: a malha da Ferrovia São Luís–Teresina e a Ferrovia Norte-Sul. A primeira atravessa dois estados da região Nordeste e liga-se ao sistema Transnordestino. A segunda corta os estados de Maranhão, Tocantins, Goiás, Minas Gerais e São Paulo, facilitando a exportação de grãos e produtos industrializados pelo Porto do Itaqui, em São Luís.

O vídeo ao lado mostra um trecho na região de Açailândia, Maranhão. O trem é puxado pela locomotiva GE ES58ACi, a mais potente locomotiva em operação no Brasil, com 6000 HP de potência. Uma outra locomotiva (ES58ACi) puxa o segundo bloco do locotrol, e uma terceira (Dash-9) comando o terceiro bloco. Finalizando o trem, mais duas locomotivas (Dash-9).

Maior trem do mundo transporta minério de farro de Carajás

O programa Grande Carajás foi criado pela Companhia Vale do Rio Doce durante o governo do presidente João Batista Figueiredo. As obras da ferrovia começaram em 1982 e foram finalizadas em 1985.

As reservas minerais da Serra dos Carajás foram descobertas em 1966, quando a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) se associou com a U.S. Steel fundando em 1970 a Amazônia Mineração S. A. (AMZA).

Em 1976 os estudos de engenharia foram concluídos, e a concessão dada pelo governo federal ao consórcio AMZA para construção e operação da ferrovia entre a Serra de Carajás e a Ponta da Madeira, no litoral do Maranhão. Em 1977 a CVRD adquiriu da U.S. Steel as ações restantes da AMZA, assumindo com exclusividade a responsabilidade pela implantação do PGC.

A partir de 1988 várias usinas para produção de ferro gusa foram inauguradas as margens da ferrovia, nos municípios de Marabá, Santa Inês e Açailândia.[10] O escoamento do ferro gusa também é feito pela ferrovia.

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