Medidas econômicas melhoram cenário de incertezas no varejo

O segmento varejista vêm passando por um cenário adverso desde 2021, com alta volatilidade e incertezas. Para 2022 o setor espera mais um ano difícil, com pressão sobre as margens derivada de um aumento nos custos e menor crescimento das receitas.

As vendas diante de um cenário inflacionário maior, PIB com crescimento próximo a zero e aumento do CDI, tendem a dificultar o curto prazo. Do lado dos custos, o aumento nos alugueis, retomando patamares pré-pandemia, e o carrego dos estoques mais caros, refletindo o aumento dos insumos, o que aumenta os custos das empresas.

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As companhias varejistas alimentícias já estão passando por esse cenário adverso em 2022, refletindo o aumento dos custos nos produtos que são afetados diretamente pelo conflito entre Ucrânia e Rússia, grandes exportadores de fertilizantes e trigo. Além disso o aumento do petróleo aumenta os custos de colheita e logístico.

O varejo de eletrônicos, que ainda está menos pressionado em sua cadeia de fornecimento, tem que lidar principalmente com um estoque comprado com o dólar alto e um incremento dos custos com funcionários e locação de lojas.

Pacote de bondades do governo pode melhorar cenário de incertezas

No segmento de vestuario as companhias tiveram bons resultados em 2021, reflexo de um comparativo fraco em 2020. O setor terá como principal desafio no ano o repasse de custos, já que o foco das lojas está na venda de bens não essenciais.

Medidas anunciadas pelo governo como a liberação do saque do FGTS, a redução do IPI em até 25% e a possível queda da tarifa de energia, dada a melhora do cenário hidrológico dos reservatórios das usinas geradoras, podem beneficiar o setor e melhorar esse cenário de incerteza.