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Sem acordo na Ucrânia, mercado volta ao modo guerra

Com toda a incerteza do cenário mundial em meio à guerra, o dinheiro dos investidores continua procurando um lugar seguro para se alojar

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A continuação do conflito que assola a Europa já começa a afetar fortemente a economia do velho continente | Foto: Getty Images

Após as vigorosas altas nas bolsas mundiais no pregão de ontem, o mercado volta a se preocupar com a crise no leste europeu. As bolsas europeias devolvem grande parte da valorização e os futuros americanos caem em média 1%. Voltamos ao modo guerra e a tradicional fuga dos ativos de risco para as commodities. Petróleo e metais preciosos são destaques de alta.

Ontem, pela primeira vez, ministros da Rússia e Ucrânia se encontraram para discutirem sobre o término da guerra entre os dois países. Após 90 minutos de reunião, nenhum acordo foi feito e, segundo fontes do governo ucraniano, a Rússia continuará com suas agressões até que as suas demandas sejam atendidas.

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A continuação do conflito que assola a Europa já começa a afetar fortemente a economia do velho continente. Estima-se que o impacto líquido no crescimento na zona do euro em 2022 seja de 1,4 pontos percentuais e as previsões de crescimento já estão sendo revisadas para baixo.

Mesmo a guerra sendo o principal assunto, não devemos esquecer que o mundo passa por uma situação econômica bastante complicada. Não acreditamos que o momento seja um clássico “buy the dip market” (compra no mergulho do mercado). Se a guerra terminasse hoje, não apenas as sanções não seriam suspensas tão rapidamente, mas o Federal Reserve ainda tentaria reduzir a inflação e taxas reais teriam uma reprecificação significativamente mais alta. Em resumo, em um mundo sem guerra, a situação mundial continuaria delicada. O Safra reforça a recomendação de procura por proteção.

Com toda a incerteza do cenário mundial, o dinheiro dos investidores continua procurando um lugar seguro para se alojar. Pela resiliência demonstrada e suas fortes ligações com o setor de commodities, os países emergentes continuam sendo o principal destino dos investidores. Segundo dados da B3, investidores internacionais continuam vindo para o Brasil.

Até o momento, já registramos um total de 16 bilhões de dólares entrando no país, sendo que em todos os 43 pregões do ano o fluxo foi positivo.

Aqui no Brasil, a preocupação continua sendo os combustíveis. O governo falhou em encontrar uma solução definitiva para o problema. Parece que utilizar os dividendos de Petrobras para estabilizar os preços seja o caminho mais provável.

Uma ótima quinta a todos e bons negócios!

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