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Mortes de vacinados, como Colin Powell, não provam ineficácia de vacinas

Secretário de Estado americano tinha 84 anos e sofria de um câncer que ataca o sistema imunológico, mas vacinas reduzem probabilidade de agravamento da covid

Colin Powell

Mesmo tendo tomado as duas doses da vacina, secretário de Estado americano contraiu a forma grave da covid-19 | Foto: Divulgação

O ex-secretário de Estado dos Estados Unidos Colin Powell, que morreu de covid-19 esta semana, já estava vacinado. O político tinha 84 anos e estava em tratamento contra um mieloma múltiplo, um tipo de câncer que enfraquece o sistema imunológico.

Mesmo tendo tomado as duas doses da vacina, ele contraiu a forma grave da doença causada pelo coronavírus.

Segundo especialistas, a covid pode evoluir em idosos já vacinados, mesmo entre aqueles que não apresentam outros problemas de saúde, como o caso de Colin Powell. Mas a probabilidade é muito menor entre os completamente imunizados, especialmente entre os que tomaram a dose de reforço.

Segundo os especialistas, a vacina não evita que um indivíduo seja contaminado, mas impede, no geral, casos mais graves da doença e de internação.

Estudo com acompanhamento de idosos brasileiros realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), desde o começo da vacinação no país, constatou efetividade real das vacinas contra covid-19 no país.

De acordo com o instituto, o esquema vacinal completo no país garante taxas de efetividade médias de 79,8% em pessoas com 60 a 80 anos e de 70,3% em idosos com mais de 80 anos.

Contágio de Queiroga e morte de Tarcísio Meira, vacinados, são exceções

Integrante da comitiva presidencial aos Estados Unidos, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, testou positivo para a covid-19 em setembro, mesmo já tendo sido vacinado com duas doses no início do ano. O caso voltou a alimentar debates sobre o risco de contágio entre vacinados, da mesma forma como ocorre agora com a morte de Colin Powell.

“A vacina contra a covid-19 é um direito de todos e dever do Estado brasileiro. O momento é de união para ampliar a cobertura vacinal e conter a pandemia”, escreveu Queiroga ao tomar a primeira dose da vacina, ainda antes de ser nomeado para o cargo de ministro.

Mesmo vacinado, ele testou positivo, o que também aconteceu com o ator Tarcísio Meira, que morreu em agosto deste ano de complicações da doença.

Pessoas imunizadas enfrentam menos risco de adoecer de forma grave

Vacinados podem ser vítimas de contágio, mas enfrentam menos riscos de adoecer. Especialistas explicam que o fato de uma pessoa já vacinada testar positivo não significa que a vacina não funciona.

A vacina reduz as chances de agravamento dos sintomas, mas não impede o contágio, especialmente se a pessoa não adotar os demais cuidados como uso de máscara, distanciamento social e higienização das mãos.

O site oficial do Ministério da Saúde esclarece que a vacina reduz o risco de desenvolver complicações pela covid-19: “Indivíduos vacinados têm menor risco de complicações, mas é possível que pessoas vacinadas venham a se infectar e transmitir a doença mesmo que não desenvolvam sintomas ou desenvolvam sintomas leves”, destaca o Ministério da Saúde.

Mesmo quem já está vacinado pode se infectar e transmitir a doença. Isso pode acontecer mesmo sem o desenvolvimento de sintomas.

Máscara protege quem usa e também quem está por perto

Por este motivo, o uso de máscaras é recomendado mesmo para quem já está totalmente imunizado. A máscara protege não apenas que a utiliza como as demais pessoas ao redor, o que significa que o assessório é também um sinal de respeito coletivo.

Outro risco é o fato de que o vírus apresenta mutações. O Ministério da Saúde esclarece que os dados disponíveis até o momento apontam que as vacinas são eficazes para a maioria das cepas do vírus. Porém, não é possível prever ainda se existirão mutações do vírus que reduzam a proteção conferida pelas vacinas covid-19, produzidas e comercializadas até o momento.

A vacina é recomendada mesmo para pessoas que já pegaram Covid-19. Pesquisas apontam que a vacina pode proporcionar uma imunidade mais duradoura à Covid-19 e fortalecer a imunidade natural à doença.

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