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Movida tem forte desempenho com tarifas recordes

Crescimento anual de 86,7% na receita líquida de locações foi impulsionado principalmente pelo aumento de 40% nas tarifas diárias de locação

Movida

Movida conseguiu aumentar o seu EBITDA em 154,4% no ano, com o aumento da receita líquida e tarifas mais elevadas | Foto: Getty Images

A Movida (MOVI3), uma das maiores companhias de locação de veículos do Brasil, apresentou bons resultados no quarto trimestre de 2021, refletidos no spread do retorno do capital investido dos últimos 12 meses, que aumentou 5,5 pontos porcentuais, indo para 10,2%.

A forte alta de 75,7% a/a na receita líquida para R$ 1,7 bilhão (recorde trimestral), pode ser explicada em grande parte pelo crescimento de 86,7% a/a na receita líquida de locações, de R$ 932 milhões, impulsionado principalmente pelo aumento de 40% a/a nas tarifas diárias do RAC, de R$ 118,6.

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Além disso, apesar de um aumento de 24% no seu custo de produtos vendidos, a empresa conseguiu aumentar o seu EBITDA em 154,4% a/a, com o referido aumento da receita líquida e tarifas mais elevadas.

Por fim, a Movida informou um Lucro Líquido ajustado de R$ 276,7 milhões, aumento de 9,5% na comparação anual e de 6,7% na trimestral, com salto de 464% no ano em seu resultado financeiro líquido, acompanhando o aumento de 188% no ano observado em sua dívida líquida e ao aumento na taxa Selic no período.

Impulsionada por tarifas recordes, a receita em sua divisão rent a car (RAC) atingiu US$ 559 milhões, um aumento de 26,1% em relação ao ano anterior. O bom desempenho do RAC pode ser explicado pela sólida expansão de 40% a/a de suas diárias médias, para R$ 118,6 – o novo recorde para um trimestre que ajudou a impulsionar a receita de RACs.

Por outro lado, a taxa de ocupação da frota apresentou um decréscimo de 209 bps a/a, enquanto a frota operacional média cresceu 4,4% a/a, para 70,4 mil veículos.

O EBIT do RAC aumentou 125% a/a, atingindo R$ 247 milhões, com aumento dos custos relacionados à manutenção da frota, que foram compensados por créditos de PIS/COFINS no valor de R$ 14,0 milhões somente em dezembro.

A receita líquida da GTF atingiu R$ 372,7 milhões, alta de 164,3% a/a. O aumento da receita da divisão GTF foi explicado principalmente por:

  • Incorporação da CS Frotas no resultado do trimestre;
  • Expansão da frota de, aproximadamente, 104% a/a, resultado da adição de 25 mil carros CS Frotas, do crescimento da Movida Zero Km e da adição e renovação de contratos corporativos;
  • Aumento de 30,0% a/a no ticket médio mensal, devido ao repasse de novos patamares de juros e preços de veículos para renovação e expansão de frota para novos contratos.

O EBIT da GTF aumentou 228% a/a, atingindo R$ 188 milhões, apesar do aumento nos custos, principalmente devido aos custos da CS Frotas no trimestre completo com sua incorporação ao segmento. Parte dos custos foi compensada com créditos de PIS/COFINS no valor de R$ 4,1 milhões em dezembro.

Por fim, a receita líquida de seminovos atingiu R$ 809 milhões, alta de 64,9% a/a, mas queda de 4,2% t/t. O aumento anual pode ser explicado pelo aumento de 35% a/a nos preços dos carros usados, enquanto a queda no trimestre está relacionada à redução no número de carros vendidos no período.

Essa redução é explicada pela maior alocação da frota no RAC durante a alta temporada para o aluguel ocasional por causa da irregularidade no fornecimento de carros novos.

O EBIT da Seminovo atingiu R$171 milhões, +222,6 a/a,  mas apresentou queda de 4% t/t devido à menor receita líquida no trimestre. A Movida vendeu 12,4 mil carros, uma queda de 14 unidades no trimestre com um ticket médio de R$ 65,4 mil.

Vale a pena investir em MOVI3?

  • Histórico de crescimento rápido, tornando-se o segundo maior player na divisão RAC com uma participação de mercado de 14%;
  • Escala de compra de veículos, negociando descontos atraentes com as montadoras;
  • Ampla rede de vendas de veículos, com 75 lojas de Seminovos;
  • Clientes premium no negócio RAC nos segmentos corporativo e lazer, permitindo operar com tarifas mais elevadas; e
  • Preço das ações atrativo ante fundamentos.

Quais são os principais riscos de MOVI3?

  • Aumento da concorrência pode comprometer ROIC da empresa;
  • Desaceleração da lucratividade no segmento de Seminovos, à medida que os preços voltam a patamares mais normalizados com a melhora dos gargalos logísticos;
  • Impacto da alta taxa de juros sobre custos e despesas financeiras; e
  • Aumento das tarifas pode impactar a demanda no segmento RAC, potencialmente levando a uma repactuação do setor.

Sobre a Movida (MOVI3)

A Movida se destaca como uma das maiores companhias de locação de veículos do Brasil (em tamanho de frota e receita) e entre as companhias abertas do setor, de acordo com informações públicas de mercado fornecidas pela ABLA e por companhias do setor.

Em dezembro de 2014, por meio de uma reestruturação do Grupo JSL, a companhia consolidou todas as atividades de ‘rent a car’ e de gestão e terceirização de frotas do Grupo JSL.

Além disso, a companhia acredita ser a empresa de locação de veículos mais reconhecida pelos consumidores no quesito inovação, oferecendo soluções que buscam proporcionar uma experiência exclusiva por meio de uma oferta de serviços e produtos diferenciada e alianças estratégicas com montadoras e concessionárias, de acordo com a pesquisa efetuada pela H2R Pesquisas Avançadas.

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