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Nissan anuncia plano de US$ 17,6 bilhões para baterias de carros elétricos

Foco será o desenvolvimento de baterias mais baratas e potentes. Ideia da montadora é eletrificar metade de seus veículos até 2030

Montante prometido pela Nissan será distribuído ao longo de cinco anos

A Nissan anunciou nesta segunda-feira, 29, o investimento de 2 trilhões de ienes – equivalente a US$ 17,6 bilhões (R$ 98,7 bilhões) em tecnologia para acelerar o desenvolvimento de veículos elétricos.

Segundo a montadora japonesa, os recursos serão focados em baterias mais potentes e baratas.

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Conforme a agência AP, o investimento acontecerá ao longo dos próximos cinco anos. Durante o anúncio, o presidente da Nissan, Makoto Uchida, afirmou que a companhia planeja lançar 15 novos veículos elétricos até 2030.

Os planos da empresa envolvem a eletrificação de ao menos 50% do seu leque de automóveis. A meta faz parte do plano de longo prazo batizado de ‘Nissan Ambition 2030’.

Atualmente, o modelo Leaf (vídeo no canto superior à direita), que é vendido no Brasil, é o garoto-propaganda da nesse sentido.

Além das máquinas 100% elétricas, o investimento bilionário contemplará modelos híbridos, que utilizam mais de uma fonte de energia para funcionar. Adicionalmente, Uchida disse que as fábricas reduzirão suas emissões de carbono nas linhas de produção.

Novas baterias em 2028

O planejamento da Nissan com os veículos elétricos mais acessíveis e potentes passa pela criação de uma nova bateria, cujo desenvolvimento já está em curso.

Chamado de ASSB – all solid state battery (bateria de estado sólido, na tradução livre) -, o componente promete ser menor do que as baterias convencionais usadas em veículos eletrificados.

Isso facilitará o uso em caminhões e vans, que necessitam de mais energia para se movimentar.

Leaf, primeiro modelo com propulsão 100% elétrica da montadora | Foto: Divulgação/Nissan
Leaf, primeiro modelo com propulsão 100% elétrica da montadora | Foto: Divulgação/Nissan

Assim, a bateria terá níveis de geração energética comparáveis a dos sistemas de máquinas movidas à gasolina. Com isso, o preço dos veículos deve cair e se tornar maia acessível. A ideia é que o novo componente seja produzido em massa até 2028.

Para isso, a Nissan está contratando 3 mil engenheiros para reforçar sua área de pesquisa. Fora as baterias, os profissionais trabalharão em inovações digitais que sirvam aos veículos ‘verdes’.

Nissan e a polêmica com Carlos Ghosn

De acordo com a AP, Uchida não mencionou diretamente o escândalo recente envolvendo o brasileiro Carlos Ghosn, que a empresa tenta deixar para trás. Porém, conforme a reportagem, o executivo afirmou durante o anúncio que “erros do passado” não se repetirão na companhia.

Em 2018, Ghosn, então presidente da Nissan, foi preso em Tóquio, no Japão, acusado por crimes financeiros. Ele comandou a montado por 20 anos, enviado pela Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, que tem sede na França.

Atualmente, Ghosn está no Líbano, onde cresceu. Ele fugiu do Japão de forma cinematográfica, dentro de uma caixa, em dezembro de 2019. O Líbano não tem acordo de extradição com o governo japonês.

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