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Elevação da nota de risco favorece o Ibovespa

O Ibovespa apresentou alta de +0,59% no último pregão, cotado a 131.851 pontos, após a elevação da nota de crédito do brasil pela S&P

O Dólar Futuro apresentou queda de 1,39% no último pregão, cotado a 4.869 pontos

Ontem, agência de risco S&P elevou a nota de crédito do país de BB- para BB após a aprovação da reforma fiscal. Divulgação do IBC-BR de outubro, que mede atividade no país e funciona como uma prévia do PIB, será destaque da agenda doméstica. Promulgação da reforma tributária e votação da MP da subvenção do ICMS também fazem parte da agenda do dia.

O Ibovespa apresentou alta de +0,59% no último pregão, cotado a 131.851 pontos. O ativo está em tendência de alta no médio prazo e no curto neutra. Na alta, o ativo possui primeira resistência em 133.000 pontos. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 128.300 O próximo fica na faixa de 125.000 pontos.

O Dólar Futuro apresentou queda de 1,39% no último pregão, cotado a 4.869 pontos. O ativo se encontra em tendência de baixa no médio prazo e neutra no curto. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 4.830 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 4.720. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 4.970 e a segunda em 5.090.

Exterior:

Bolsas na Ásia fecharam em alta e futuros nos EUA e mercados na Europa operam no campo negativo. Dados de vendas de casas usadas e de sentimento do consumidor são destaques da agenda do dia. Inflação ao produtor na Alemanha apresentou queda de 0,5% m/m em novembro, queda superior às estimativas. CPI no Reino Unido caiu para 5,1% a/a e ficou 0,5pp abaixo do previsto, o que é uma surpresa muito boa. O Banco Central da China decidiu por manter as taxas de referência de um e cinco anos em 3,45% e 4,20%.

Commodities:

Petróleo apresenta alta diante do risco de mais interrupções de transporte no Mar Vermelho (USD80,2/b; +1,26%)
Minério de ferro registrou alta com boa perspectiva para demanda em janeiro (USD133,9/t; +1,16%)

Empresas:

Americanas: Credores com mais de 97% da dívida da Americanas aprovaram um plano de reestruturação que prevê uma injeção de capital de R$ 24 bilhões em 2024 e taxas de recuperação próximas de 30% / Cia adiou divulgação balanços 2023, estima para 31 de janeiro
Eletrobras: STF manda para arbitragem pedido da União sobre voto na Eletrobras: AGU
Vibra Energia: Conselho aprova pagar 2ª parcela de JCP
Metal Leve: JPMorgan elevou Mahle Metal Leve a neutra,
Iochpe-Maxion: JPMorgan rebaixou Iochpe-Maxion a underweight
Tupy: JP Morgan cortou Tupy a neutra

Agenda do Dia:

09:00 – EUA – Pedidos de Hipoteca/Dezembro
09:00 – Brasil – IBC-BR/Outubro
12:00 – EUA – Vendas de casas existentes/Novembro
12:00 – EUA – Confiança do consumidor/Dezembro
12:00 – Zona do Euro – Confiança do consumidor/Dezembro

Fechamento dia anterior

Ibovespa: 131.851 (+0,59%)
S&P: 4.768 (+0,59%)
Dólar Futuro: R$4,87 (-1,39%)

Atualizações Safra:

Alimentos e Bebidas – Revisitando nossa cobertura: JBS continua sendo nossa principal escolha; Marfrig elevada para Compra e BRF e Minerva rebaixadas para Neutro

O que há de novo? Vemos um ambiente globalmente incerto para a demanda global por proteínas, uma vez que a economia nos mercados desenvolvidos não está propriamente aquecida e a procura chinesa não mostra sinais consistentes de melhoria no curto prazo. Além disso, o El Niño está gerando impacto nas culturas em todo o mundo. Embora esta não deva ser uma grande ameaça em 2024, um fenômeno prolongado ou mais forte do que o esperado poderá começar a suscitar maiores preocupações. Consequentemente, vemos mais riscos ascendentes do que descendentes para os preços dos cereais, o que limita o potencial de expansão das margens no frango e na carne suína. As margens da carne bovina provavelmente permanecerão sob pressão nos EUA, enquanto as da América do Sul e da Austrália parecem permanecer em uma tendência positiva. Nossa principal escolha entre os frigoríficos é JBS devido ao potencial de melhoria de lucros em relação à recente baixa, ao potencial de alta da proposta de listagem dupla e à forte diversificação. Estamos atualizando a Marfrig para Compra devido aos retornos positivos potencialmente assimétricos, apesar de uma percepção de risco acima da média. Também rebaixamos a recomendação de BRF e Minerva para Neutro por motivos de valuation e equilíbrio risco-retorno menos favorável.
JBS. Mantemos a classificação de Compra para JBSS3 e o status de destaque da ação em nossa cobertura, pois vemos espaço para expansão na margem EBITDA consolidada a partir do 4T23, além do potencial de valorização decorrente da dupla listagem proposta. A diversificação geográfica e de produtos da empresa, bem como a sua sólida geração de caixa mesmo em período de recessão, são fortes pilares da tese de investimento.
Marfrig. Estamos atualizando o MRFG3 de Neutro para Compra, pois vemos um retorno assimétrico potencialmente positivo, já que o patrimônio excluindo a participação da Marfrig na BRF está avaliado em menos R$ 2.124 milhões, o que parece muito pessimista em nossa opinião. A pressão sobre as margens esperada para a divisão de carne bovina dos EUA deve ser parcialmente compensada por um impulso positivo na América do Sul. Além disso, a alavancagem do balanço deverá ser aliviada pela entrada adicional de caixa de R$ 6 bilhões proveniente da venda de ativos à Minerva. Os riscos são mais elevados do que os de outras histórias no setor devido a uma elevada alavancagem financeira e a uma parte significativa dos lucros que são arrastados pelas minorias, mas o potencial de valorização parece suficientemente bom para fazer com que valha a pena correr este risco (tendo em conta a gestão do risco, como uma gestão adequada dimensionamento).
BRF. Estamos reduzindo a recomendação para Neutra por motivos de avaliação, após a forte recuperação de 72% no acumulado do ano, levando a um valuation de 6,2x 2024E EV/EBITDA, e visto que agora vemos mais riscos ascendentes do que descendentes para os preços dos cereais. Adicionalmente, o cancelamento do plano de desinvestimento (principalmente pet food) foi negativo, em nossa opinião, pois a entrada de caixa e o maior foco no core business seriam muito bem-vindos. No entanto, aplaudimos as conquistas da administração no programa de eficiência BRF+ e vemos a continuação das melhorias como um potencial catalisador para uma nova reclassificação da ação.
Minerva. Embora os preços do gado continuem favoráveis no Brasil, a queda nos preços globais da carne bovina levou ao consenso de revisar para baixo sua previsão de EBITDA ao longo de 2023. Além disso, ainda há incertezas quanto à integração dos ativos da Marfrig, incluindo a dinâmica de oferta e demanda e se ou não a Minerva será capaz de aumentar a receita das unidades adquiridas conforme pretendido.
Riscos. (i) Procura global de proteínas; (ii) custos de insumos, como preços do gado e dos grãos; (iii) padrões climáticos como El Niño e La Niña; e (iv) questões sanitárias como a gripe aviária e outras doenças.

Ambev: Uma história de duas variáveis: poder de lucro vs. avaliação justa; Downgrade para venda

Vemos um risco descendente para as previsões de lucro por ação e um valuation estruturalmente inferior aos níveis históricos. Vemos o mercado a lutar para encontrar o ponto de equilíbrio adequado para os dois pilares que determinam o preço justo das ações: (i) o seu lucro por ação recorrente e (ii) o seu múltiplo P/L justo. Em nossa opinião, os investidores não consideram a previsão de consenso sustentável, uma vez que a Ambev está sendo negociada com um desconto de 17% em relação ao seu valuation histórico e 6% abaixo de seus pares, de acordo com as estimativas de consenso. Na verdade, vários níveis das reformas fiscais em curso (IVA, imposto sobre o rendimento/juros sobre capital próprio (JCP), subsídios fiscais estatais, etc.) podem ter um impacto significativo no seu lucro por ação, com um elevado grau de incerteza quanto aos resultados mais prováveis. Além disso, não vemos o valuation histórico das ações como um bom parâmetro quando olhamos para os fundamentos, como o ROE, e comparamos a Ambev com seus pares globais negociando a 16x, em média. Se ajustarmos o LPA ao potencial impacto das reformas fiscais no poder de lucro da empresa, as ações parecem sobrevalorizadas em 18,0x o P/L de 2024 (um prémio de 11% em relação aos pares). Num cenário otimista, em que nenhuma das propostas de reforma tributária impactasse a Ambev, ela estaria sendo negociada com um desconto de apenas 10% em relação aos pares. Considerando os riscos associados à rentabilidade futura da empresa, o desempenho recente das ações e a nossa percepção de que a avaliação é exigente, adotamos uma postura mais conservadora e rebaixamos o ABEV3 para Venda (de Compra), com um novo preço-alvo futuro de 12 meses de R$ 15,00/ação.

Frasle: A história de crescimento continua; atualizando modelo e preço alvo

Estamos atualizando nossas estimativas para a Frasle (FRAS3) e introduzindo nosso novo preço-alvo para 12 meses de R$ 21,20/ação (de R$ 18,50/ação), implicando um upside de 24%, o que nos leva a manter nossa classificação de Compra para as ações da empresa. Revisamos nosso modelo de avaliação, incorporando: (i) os últimos resultados trimestrais; (ii) resultado melhor que o esperado da Juratek (adquirida em 16/02/23); (iii) estimativas macroeconómicas atualizadas; e (iv) premissas mais otimistas para os resultados futuros da empresa. Com base em nossa nova previsão, a Frasle está sendo negociada atualmente a 11,4x P/L para 2024, em linha com seu múltiplo médio de 5 anos, 9% acima de seus pares nacionais e 2% acima de seus pares globais.

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