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Nuvens gigantes de poeira voltam a cobrir cidades paulistas

Interior paulista volta a ser atingido por temporais precedidos por nuvens gigantes de poeira e fuligem e ventos de mais de 70 km por hora

Poeira

Nuvem gigante de poeira e fuligem voltou a encobrir a cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo | Foto: JOEL SILVA/ESTADÃO CONTEÚDO

Novas tempestades com nuvens gigantes de poeira atingiram as regiões de Ribeirão Preto e de Presidente Prudente, no interior de São Paulo, nesta quinta-feira, 14. Moradores postaram vídeos nas redes sociais de uma imensa nuvem de poeira que atingiu várias cidades.

As rajadas de vento que carregaram resíduos do solo também derrubaram árvores e deixaram ao menos uma pessoa ferida. Fenômenos semelhantes aconteceram na região de Ribeirão e no sul de Minas Gerais no dia 26 de setembro. Já no oeste paulista, a tempestade de areia cobriu várias cidades no dia 1.º de outubro.

Nesta quinta, moradores de Ribeirão Preto relataram nova nuvem de poeira avermelhada. Alguns moradores tiveram as casas invadidas pelo pó. Em seguida, a cidade foi atingida por um temporal que deixou vários bairros sem energia elétrica.

As tempestades de areia ocorridas este ano no interior paulista são raras no Brasil, mas muito comuns em outras regiões do mundo, onde são conhecidas como haboob.

Eles são causados por por temporais de chuva com ventos fortes que, ao entrarem em contato com o solo muito seco, encontram resquícios de queimada, poeira e vegetação seca.

Essa combinação causa uma espécie de “rolo compressor” gigante de sujeira que pode chegar a até 10 quilômetros de altura. A ventania forte vem associada à fuligem e sujeira.

O fenômeno também foi observado nesta quinta-feira em São Joaquim da Barra, Serrana, Pitangueiras, Colômbia e Sertãozinho, cidades da região. Segundo os relatos, o céu ganhou uma cor avermelhada.

Nuvens gigantes de poeira e rajadas de 75 quilômetros por hora

A prefeitura de Ribeirão Preto informou que as rajadas de vento chegaram a 75 km por hora e houve 39 milímetros de chuva. O temporal causou pontos de alagamento, quedas de árvores em vias públicas e problemas na sinalização de semáforos em diversas avenidas.

“A prefeitura está promovendo ações de limpeza e reparos por toda a cidade para evitar maiores transtornos à população”, disse, em nota. Devido aos estragos causados pela chuva, o Bosque Zoológico Fábio Barreto só vai abrir após as 12 horas, nesta sexta-feira, 15.

A rodovia Cândido Portinari (SP-334) foi interditada no sentido de Ribeirão Preto devido à queda de uma árvore, no km 324. Em Presidente Prudente, uma forte rajada de vento empurrou uma nuvem de poeira sobre a cidade, no início da manhã. Segundo a Defesa Civil, as rajadas chegaram a 70 km por hora. Na região do aeroporto, no entanto, os ventos chegaram a 92 km/h. Houve queda de árvores em vários bairros. O temporal atingiu também cidades da região, como Presidente Epitácio e Regente Feijó.

Conforme os meteorologistas do Climatempo, a tempestade de poeira é formada pelos ventos intensos que levantam uma quantidade significativa de poeira do solo para a atmosfera, podendo transportar essas partículas por grandes distâncias. O fenômeno é associado também à longa estiagem e à baixa umidade do ar. Em Ribeirão Preto, a umidade do ar era de 19% quando aconteceu a tempestade. (AE)

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