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O que fazer com os investimentos após a Selic chegar a 13,25% ao ano

Nova alta da taxa básica de juros torna aplicações em renda fixa, como CDBs, LCIs, LCAs e títulos do Tesouro mais atraentes. Veja as recomendações

Mãos com telas de mercado financeiro, alusivo aos investimentos com alta da Selic

Subidas da taxa Selic definida pelo Banco Central é a 11ª consecutiva | Foto: Getty Images

A nova alta da taxa básica de juros da economia, a Selic, definida pelo Banco Central na quarta-feira, 15, tem efeito direto nos investimentos, tanto de renda fixa quanto de renda variável.

O patamar de 13,25% ao ano da taxa torna mais rentáveis as aplicações em produtos mais conservadores. Entre eles estão CDBs, LCIs, LCAs e títulos do Tesouro, especialmente aos atrelados à Selic ou ao CDI – que acompanha de perto a taxa básica.

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Por outro lado, os ativos negociados na bolsa de valores tendem a perder valor, uma vez que a remuneração da renda fixa fica mais atraente e com menos oscilação.

Porém, o investidor deve estar atento ao fator inflação antes de definir o próximo movimento, uma vez que ela corrói a rentabilidade.

“Nesse momento de inflação alta e juros subindo, investimentos pós-fixados como LCIs, CDBs e Tesouro Selic são os mais indicados”, diz Fabio Louzada, economista e fundador da Eu me Banco Educação.

O especialista explica que o momento exige cautela e o foco deve ser reforçar a reserva de emergência, uma vez que o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC indicou que essa não será a última alta do ciclo de elevação dos juros.

“Recomendo ativos de até 2 anos com liquidez diária e retorno próximo a 100% do CDI, afirma Louzada”.

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Investimentos com foco no longo prazo após a alta da Selic

Mesmo na renda fixa, o principal conselho aos investidores continua sendo a diversificação.

Além dos títulos ligados à Selic, o Tesouro Direto oferece a opção de papéis com taxas prefixadas que, neste momento, são boas opções para quem não tem pressa em resgatar o dinheiro.

Na terça-feira, 14, um dia antes da decisão do Copom, alguns títulos prefixados alcançaram uma taxa de remuneração 13,8% ao ano.

No fechamento do mercado na quarta-feira, o Tesouro Prefixado com vencimento em 2025 encerrou o dia com a taxa de 12,74% ao ano.

"O prefixado de longo prazo para garantir taxa em mais de 12% é opção bem interessante. Acredito que essa taxa vai voltar a cair nos próximos meses para 8, 7, 6%, então garantir um prefixado pagando cerca de 13% ao ano é um bom negócio", analisa Louzada.

Proteção contra a inflação

Como mencionado, os investidores precisam estar atentos com a escalada da inflação.

Em 12 meses, a alta dos preços medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chega a 11,73%. No ano, o indicador acumula alta de 4,78%.

Nesse sentido, a recomendação é comprar ativos com remuneração atrelada ao IPCA como forma de proteger o patrimônio e conseguir alguma rentabilidade no curto e médio prazo.

"Acredito que os títulos atrelados ao IPCA são opções interessantes também porque garantem que o investidor será remunerado, no mínimo, com a taxa da inflação corrente. Se a gente entende que juros vão subir é porque estamos em um cenário em que a inflação subiu muito também e se descontrolou, então o investidor ganha com investimentos atrelados ao IPCA", diz Louzada.

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