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O que fazer com os investimentos após a Selic chegar a 13,25% ao ano

Nova alta da taxa básica de juros torna aplicações em renda fixa, como CDBs, LCIs, LCAs e títulos do Tesouro mais atraentes. Veja as recomendações

Mãos com telas de mercado financeiro, alusivo aos investimentos com alta da Selic

Nova alta dos juros foi decidida na primeira reunião de política monetária na gestão do novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, nomeado por Lula | Foto: Getty Images

A nova alta da taxa básica de juros da economia, a Selic, definida pelo Banco Central na quarta-feira, 15, tem efeito direto nos investimentos, tanto de renda fixa quanto de renda variável.

O patamar de 13,25% ao ano da taxa torna mais rentáveis as aplicações em produtos mais conservadores. Entre eles estão CDBs, LCIs, LCAs e títulos do Tesouro, especialmente aos atrelados à Selic ou ao CDI – que acompanha de perto a taxa básica.

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Por outro lado, os ativos negociados na bolsa de valores tendem a perder valor, uma vez que a remuneração da renda fixa fica mais atraente e com menos oscilação.

Porém, o investidor deve estar atento ao fator inflação antes de definir o próximo movimento, uma vez que ela corrói a rentabilidade.

“Nesse momento de inflação alta e juros subindo, investimentos pós-fixados como LCIs, CDBs e Tesouro Selic são os mais indicados”, diz Fabio Louzada, economista e fundador da Eu me Banco Educação.

O especialista explica que o momento exige cautela e o foco deve ser reforçar a reserva de emergência, uma vez que o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC indicou que essa não será a última alta do ciclo de elevação dos juros.

“Recomendo ativos de até 2 anos com liquidez diária e retorno próximo a 100% do CDI, afirma Louzada”.

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Investimentos com foco no longo prazo após a alta da Selic

Mesmo na renda fixa, o principal conselho aos investidores continua sendo a diversificação.

Além dos títulos ligados à Selic, o Tesouro Direto oferece a opção de papéis com taxas prefixadas que, neste momento, são boas opções para quem não tem pressa em resgatar o dinheiro.

Na terça-feira, 14, um dia antes da decisão do Copom, alguns títulos prefixados alcançaram uma taxa de remuneração 13,8% ao ano.

No fechamento do mercado na quarta-feira, o Tesouro Prefixado com vencimento em 2025 encerrou o dia com a taxa de 12,74% ao ano.

"O prefixado de longo prazo para garantir taxa em mais de 12% é opção bem interessante. Acredito que essa taxa vai voltar a cair nos próximos meses para 8, 7, 6%, então garantir um prefixado pagando cerca de 13% ao ano é um bom negócio", analisa Louzada.

Proteção contra a inflação

Como mencionado, os investidores precisam estar atentos com a escalada da inflação.

Em 12 meses, a alta dos preços medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chega a 11,73%. No ano, o indicador acumula alta de 4,78%.

Nesse sentido, a recomendação é comprar ativos com remuneração atrelada ao IPCA como forma de proteger o patrimônio e conseguir alguma rentabilidade no curto e médio prazo.

"Acredito que os títulos atrelados ao IPCA são opções interessantes também porque garantem que o investidor será remunerado, no mínimo, com a taxa da inflação corrente. Se a gente entende que juros vão subir é porque estamos em um cenário em que a inflação subiu muito também e se descontrolou, então o investidor ganha com investimentos atrelados ao IPCA", diz Louzada.

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