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Opep eleva previsão e destaca PIB do Brasil na América Latina

Organização prevê crescimento de 4,2% para o Produto Interno Bruto neste ano e de 2,5% em 2022. Inflação, porém, preocupa

Navio cargueiro com Pão de Açúcar ao fundo, no Rio de Janeiro, alusivo ao PIB do Brasil projetado pela Opep

Em relatório, a Opep destaca a recuperação do PIB brasileiro entre os países da América Latina (Sul, Central e Caribe) | Foto: Getty Images

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) elevou a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2021, de 3,2% para 4,2%.

Para 2022, a estimativa de expansão da economia brasileira foi mantida em 2,5%.

Além disso, a organização destaca a recuperação do PIB brasileiro entre os países da América Latina (Sul, Central e Caribe).

As projeções constam no relatório mensal divulgado nesta quinta-feira, dia 12.

No documento, a Opep avalia que as principais atividades econômicas do País caminham para a recuperação, apesar das preocupações com a pandemia de covid-19.

“De fato, os indicadores atuais sugerem que o PIB real do 2t21 (segundo trimestre deste ano) pode ter retornado aos níveis pré-pandêmicos mais rápido do que o resto da América Latina”, ressalta a Opep.

A entidade também destaca que o avanço da vacinação contra a covid-19 “visivelmente” ajudou a reduzir a onda de mortes pela doença.

Na visão da Opep, contudo, um indicador que “preocupa” no Brasil é a inflação.

Segundo a entidade, a alta nos preços ameaça a recuperação econômica no curto prazo.

No relatório, o grupo ressalta a alta de 1 ponto percentual da Selic na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

“Provavelmente, o BCB (Banco Central do Brasil) vai apertar mais fortemente se a tendência da inflação continuar a se deteriorar.”

Visão da Opep para o PIB global

A Opep também revisou em alta a previsão para o crescimento econômico do mundo neste ano e no próximo, nos dois casos em 0,1 ponto porcentual.

Em 2021, a organização espera agora avanço de 5,6% e, no ano seguinte, de 4,2%.

A Opep adverte que as projeções continuam a ser afetadas por incertezas, como a disseminação da covid-19 e suas variantes, como a delta, mais contagiosa, e o ritmo da vacinação pelo mundo.

“Além disso, os níveis de dívida soberana em muitas regiões, junto com pressões inflacionárias e respostas de bancos centrais, continuam fatores cruciais que requerem monitoramento próximo”, ressalta.

A Opep diz que revisou em baixa a previsão para o avanço do PIB dos EUA em 2021, de 6,4% a 6,1%, mas em 2022 a expectativa para o crescimento do país subiu de 3,6% a 4,1%.

Para a zona do euro, a expectativa cresceu de 4,1% a 4,7% neste ano e de 3% a 3,8% no próximo.

No Japão, seguiu de 2,8% em 2021 e 2,0% em 2022. Já o crescimento econômico da China teve revisão em baixa em 2022, de 6,3% a 6%, mas para o ano atual foi mantida a previsão de avanço de 8,5%. (AE)

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