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Ovos de Páscoa mais caros do mundo valem até R$ 185 milhões

Museu em Londres exibe ovos de Páscoa mais valiosos do mundo, confeccionados pelo ourives Gustav Fabergé a pedido de czar russo

ovos faberge

Peças feitas de materiais nobres como ouro, mármore e pedras preciosas demoravam até um ano para serem confeccionadas | Foto: Divulgação

Os Ovos de Páscoa mais valiosos do mundo estão sendo exibidos em Londres no Victoria & Albert Museum. A exposição tem peças de joalheria que podem valer até R$ 185 milhões.

As joias foram criadas pelo ourives Carl Fabergé, confeccionadas sob encomenda do czar russo.

A joalheria de luxo foi fundada em 1842 em São Petersburgo, na Rússia, e fabricou cerca de 50 ovos ornamentados e cravejados de joias para os czares russos entre 1885 e 1916. Quarenta e dois sobreviveram, e trocam de mãos por dezenas de milhões de dólares.

Confeccionados minuciosamente com materiais nobres como ouro, mármore e pedras preciosas, os ovos de Páscoa mais valiosos do mundo são valorizados também pela mística em torno de sua história. Em 1917, quando a família real foi assassinada pelos bolcheviques que deflagraram a Revolução Russa, seus tesouros (incluindo os ovos) foram confiscados, e seu paradeiro ficou desconhecido por anos.

Ovos de Páscoa mais caros do mundo demoravam até um ano para serem confeccionados

O trabalho dos joalheiros era tão minucioso que cada um deles levava um ano ou mais para ser produzido, por uma equipe formada pelos melhores artesãos da época, que trabalhavam em segredo. Cada ovo trazia uma joia surpresa.

A marca Fabergé pertence atualmente ao grupo de investimentos em mineração Pallinghurst Resources. A marca foi adquirida da Unilever em 2007 e ressurgiu como nome associado às jóias de alto luxo, depois de ser usada para promover cosméticos para o grande público como o perfume Brut para homens.

Os netos de Gustav Fabergé criaram uma nova empresa Fabergé em Paris e depois da 2a Guerra Mundial descobriram que um empresário norte-americano estava usando seu nome de família para vender perfume.

Eles abriram uma ação contra o empresário, mas faliram e em 1951 cederam os direitos sobre seu nome de família a uma firma dos EUA por 25 mil dólares. A marca Fabergé então passou por vários proprietários até ser vendida ao grupo Unilever em 1989, por 1,55 bilhão de dólares.

Tradição imperial russa durou até a revolução de 1917

Os ovos Fabergé fazem parte de uma tradição da família imperial russa desde 1885 até a Revolução Russa, em 1917.O primeiro ovo foi encomendado ao joalheiro russo Peter Carl Fabergé pelo imperador russo Alexandre 3º, que queria dar um presente de Páscoa à esposa, a imperadora Maria Fedorovna.Todos os anos, na Páscoa, ela passou a ganhar um ovo diferente, sempre com um presente em seu interior.

Um porta-voz da V&A diz a maior coleção em exposição pública inclui peças que estão sendo mostradas pela primeira vez no Reino Unido, incluindo o maior, o Ovo do Kremlin de Moscou, inspirado na arquitetura da Catedral da Dormição em Moscou — e com uma caixa de música que toca o hino favorito do czar Nicolau II.

Também está em exibição pela primeira vez o Alexander Palace Egg, com retratos aquarelas das crianças de Nicolau II e da Imperatriz Alexandra — e contendo um modelo do palácio dentro.

Veja as fotos no site do Victoria & Albert Museum.

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