‘Temos Ozempic’: entenda o boom de vendas dos remédios de emagrecimento

Você provavelmente ouviu falar de medicamentos de perda de peso que viraram febre recentemente. As chamadas “canetas de emagrecimento” tiveram um boom de vendas e podem levar à redução de até 17% do peso corporal. A venda é autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil e levaram a responsável por medicamentos à base de semaglutida, como Ozempic e Wegovy ao topo do ranking de empresas mais valiosas da Europa.

No Brasil, o Ozempic recebeu aprovação da Anvisa em 2018 para tratar pacientes com diabetes tipo 2. O medicamento logo mostrou eficiente na perda de peso, diminuindo os índices de obesidade. O Wegovy tem ação semelhante à do Ozempic e foi aprovado pela agência para aplicação semanal para tratar a obesidade em janeiro de 2023 – é o primeiro a ter a autorização para o tratamento do sobrepeso no país. A Novo Nordisk abriu até um cadastro no Brasil chamado NovoDia, que dá suporte e preços diferenciados aos clientes cadastrados.

Hoje, há escassez deste tipo de produto nas prateleiras em grandes cidades brasileiras, como São Paulo (SP). A fabricante já havia antecipado a possibilidade de não ter capacidade de atender a demanda, devido à grande procura pelos produtos. A febre é tanta que, quem ainda tem o produto, anuncia com orgulho. É possível encontrar farmácias paulistanas com placas nas portas avisando “Temos Ozempic”.

De onde vem o boom de vendas e procura?

O medicamento foi lançado como um tratamento contra o diabetes, controlando a glicose. Contudo, a presença da semaglutida, seu princípio ativo, acabou chamando a atenção e, consequentemente, o Ozempic ajudava também na perda de peso.

Foi essa característica do medicamento que o tornou uma febre nas redes sociais e aumentou sua busca em pontos de venda ao redor do mundo. Médicos passaram a indicar o uso da caneta para emagrecimento mesmo sem que o uso estivesse listado em sua bula – o chamado “uso off-label”.

Essa situação levou o princípio ativo a pesquisas de efetividade no tratamento de obesidade. Um dos estudos foi publicado em 2021 na revista acadêmica New England Journal of Medicine e apontou média de 14,9% de perda do peso em pacientes obesos com uso uma vez por semana. Em comparação, pacientes que apenas alteraram os hábitos de exercício físico perderam 2,4% do peso no período.

O que faz o Ozempic e porque emagrece?

Para atingir o resultado esperado, de até 17% de perda de peso, o hormônio, agonista do receptor de GLP-1, sinaliza ao cérebro a sensação de saciedade. A aplicação subcutânea já é testada cientificamente, deve ser feita uma vez por semana e o uso dos medicamentos deste princípio ativo devem ser com supervisão médica.

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O aumento de busca e popularização do medicamento encontrou um cenário global propício para vendas. Nos EUA, pioneiro na liberação do medicamento e principal mercado do princípio ativo, dados da Pesquisa Nacional de Exame de Saúde e Nutrição (NHANES) em 2021 mostram que 65% da população tem sobrepeso e quase 40% são obesos.

No Brasil, a pandemia cresceu o índice de sobrepeso em quase 2%. Com isso, quase seis em cada 10 brasileiros (57,25%) tinham sobrepeso em 2021, segundo a pesquisa Vigitel Brasil, feita pelo Ministério da Saúde.

Quem faz as “canetas de emagrecimento”?

Uma única empresa é a produtora de Ozempic e Wegovy, dois dos produtos mais vendidos. Portanto, dá para afirmar que a Dinamarca é a casa das “canetas de emagrecimento”.

Não à toa, a Novo Nordisk se tornou a empresa mais valiosa da Europa em setembro passado. A empresa detém 31,9% no Market Share de combate à obesidade e diabetes no mundo e conta com outros medicamentos conhecidos em seu portifólio, como Rybelsus, Victoza e Saxenda.

Fundada em 1993, a empresa de saúde tem atuação global e foco na produção de medicamentos contra doenças crônicas graves. É atualmente a líder mundial no tratamento da diabetes, com cerca de 50% da insulina consumida do mundo produzida por ela. A receita líquida em 2022 foi de, aproximadamente US$25,8 bilhões, e o seu valor de mercado de US$ 421 bilhões.

As análises do time de Estratégia de Investimentos do Banco Safra mostram que a empresa deve continuar crescendo. O Wegovy teve resultados recentes que mostraram o poder de reduzir o risco de ataque cardíaco e derrame, provendo suporte adicional para a alta do preço das ações. 

É possível investir na farmacêutica do Ozempic?

Instituições financeiras disponibilizam atualmente alternativas que simplificam o acesso a ativos estrangeiros para capturar boas oportunidades. É o caso do Certificado de Operações Estruturadas (COE) desenhado pelo Banco Safra que aproveita este momento e possibilita diversificar o portfólio do investidor nesta empresa. Mais do que isso, o Strategy NVO US possibilita explorar um segmento pouco representado na bolsa brasileira.

A estratégia de investimento do produto é atrelada às ações da Novo Nordisk negociadas em Nova Iorque (NVO US) e busca capturar o potencial de valorização das ações com proteção cambial – ou seja o investidor não está sujeito às oscilações da moeda.

O retorno máximo é 48,49%, representado pela taxa mínima de 8,50% somada à valorização do ativo limitada a 39,99% para o período de 19 meses e a estratégia conta com rentabilidade mínima de 8,50% ligada a algumas condições.

O produto teria somente duas emissões em outubro, mas as datas foram ampliadas e haverá mais duas em novembro, nos dias 10 e 24.

Abra sua conta no Banco Safra.