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Novo Nordisk: as estratégias da nova empresa mais valiosa da Europa

Empresa superou a LVMH com boom de vendas, aquisições e ampliação de cobertura; é possível investir em estratégia que usa ações da companhia como referência

Novo Nordisk tem sede na Dinamarca e é a fabricante de medicamentos populares para diabetes e emagrecimento, como o Ozempic

Novo Nordisk tem sede na Dinamarca e é a fabricante de medicamentos populares para diabetes e emagrecimento, como o Ozempic | Foto: Reprodução Facebook

Uma farmacêutica dinamarquesa consolidou a sua posição à frente da LVMH (Louis Vuitton) em setembro com uma capitalização de mercado de US$ 428 bilhões ante os US$ 419 bilhões do conglomerado de luxo, tornando-se a mais valiosa da Europa. Este feito é da Novo Nordisk, que aproveitou a febre de vendas de alguns de seus principais medicamentos e de aquisições de outras empresas para sustentar o crescimento do negócio. A ascensão tornou o valor da empresa maior do que o PIB do país em que tem sede, a Dinamarca, que é de US$ 398,3 bilhões.

Do outro lado, a empresa de luxo francesa sofreu queda nas ações. A detentora de marcas de luxo como Louis Vuitton e Dior enfrenta dificuldades principalmente com a desaceleração do mercado chinês nos últimos meses. A LVMH estava na ponta do ranking desde 2021.

Como a Novo Nordisk se tornou a mais valiosa da Europa?

Resultados mais fortes em estudos sobre perda de peso ligados à semaglutida, principal princípio ativo dos medicamentos Ozempic e o Wegovy, levaram os dois à liderança de vendas nos países em que são comercializados. Outros medicamentos populares, como o Saxenda, também são da farmacêutica dinamarquesa.

Em seus últimos resultados, a Novo Nordisk divulgou que as vendas do portfólio de diabetes GLP-1, que inclui ambos, aumentaram 49%. Com o Wegovy, o uso para tratamento da obesidade cresceu 158% no comparativo anual. Além disso, as ações da empresa subiram cerca de 17% desde agosto, quando um estudo demonstrou que o Wegovy tem benefícios cardiovasculares.

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Como resultado, a empresa passou a ter market share global de 31,9% no mercado de combate à obesidade e diabetes e registrou US$ 5 bilhões somente com esses produtos no primeiro semestre do ano – o que representa 50% das vendas da empresa no ano até o momento.

Aquisições e aumento de distribuição sustentam crescimento

O bom momento da empresa é marcado pelas aquisições dentro do mercado de saúde e biomedicina. A Novo Nordisk segue em busca de ativos relacionados à obesidade e adquiriu recentemente a também dinamarquesa Embark Biotech, que já colaborava com a empresa desde 2018. Foi a segunda aquisição recente no portfólio de perda de peso, após a aquisição da francesa Biocorp em junho deste ano.

A empresa ainda considera os EUA o seu maior mercado para o ano, mas tem a ampliação de distribuição dos medicamentos em novos mercados como estratégia. A empresa lançou o Wegovy no Reino Unido recentemente e aumentou ainda mais sua cobertura na Europa, mercado estratégico da farmacêutica.

No Brasil, o Ozempic recebeu aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2018 para tratar pacientes com diabetes tipo 2 sob receita. O medicamento logo mostrou eficiente na perda de peso, diminuindo os índices de obesidade. O Wegovy foi aprovado pela agência para aplicação semanal para tratar a obesidade em janeiro de 2023.

Como investir na Novo Nordisk?

As instituições financeiras oferecem alternativas para acessar ativos no exterior com mais facilidade, como BDRs, ETFs e Certificados de Operações Estruturadas (COE). Para aproveitar o momento positivo e investir na Novo Nordisk, o Banco Safra preparou uma estratégia de investimento com o Strategy NVO US.

O COE é atrelado às ações da empresa negociadas em Nova Iorque (NVO US), busca capturar o potencial de valorização das ações com proteção cambial – ou seja o investidor não está sujeito às oscilações da moeda.

Na primeira emissão, o Strategy NVO US possibilita ao investidor um retorno máximo de 48,49%, representado pela taxa mínima de 8,50% somada à valorização do ativo limitada a 39,99% para o período de 19 meses, e também rentabilidade mínima de 8,50%, entregue nos casos do ativo ficar igual ou abaixo do nível inicial no vencimento ou de a barreira de alta ser atingida a qualquer momento.

O produto teria somente duas emissões em outubro, mas as datas foram ampliadas e haverá mais duas em novembro, nos dias 10 e 24.


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