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Queda do petróleo afeta ações da Petrobras e Bolsa cai a 125,6 mil pontos

Ibovespa cai 1,01% com pressão negativa das ações da Petrobras em dia de queda na cotação do petróleo; dólar cai 0,48% cotado a R$ 4,90

Dólar cotações

O dólar à vista exibiu desvalorização frente ao real em pregão em que a moeda americana também se depreciou frente a outros pares da América Latina | Foto: Getty Images

Após oscilar próximo à estabilidade nos primeiros negócios do dia, o Ibovespa firmou tendência negativa e fechou o dia em queda firme, retornando ao patamar dos 125 mil pontos. O índice foi pressionado principalmente por recuos importantes de exportadoras de petróleo, em linha com a queda da commodity no mercado internacional, mas também apresentou movimento de correção mais amplo, afetando a maior parte dos papéis que o compõem.

No fim do dia, o Ibovespa cedeu 1,01%, aos 125.623 pontos. Nas mínimas intradiárias, tocou os 125.614 pontos, e, nas máximas, os 127.538 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 18h15) foi de R$ 17,92 bilhões no Ibovespa e R$ 22,67 bilhões na B3.

Em Nova York, o índice S&P 500 recuou 0,39%, aos 4.549 pontos, o Dow Jones fechou em queda de 0,19%, aos 36.054 pontos, e o Nasdaq recuou 0,58%, aos 14.146 pontos.

Dólar cai a R$ 4,90

O dólar à vista exibiu desvalorização frente ao real em pregão em que a moeda americana também se depreciou frente a outros pares da América Latina, como os pesos chileno, colombiano e mexicano. Terminadas as negociações, o dólar comercial fechou negociado em queda de 0,48%, a R$ 4,9019 depois de ter tocado a mínima de R$ 4,8886 e encostado na máxima de R$ 4,9216. Perto das 17h30, o contrato futuro para janeiro da moeda americana exibia depreciação de 0,63%, a R$ 4,9115.

Na sessão de hoje, o real esteve entre as cinco moedas com melhor desempenho frente ao dólar, de uma lista de 33 divisas acompanhadas pelo Valor. Operadores apontam que o fechamento da curva de juros americana (em meio a uma série de indicadores do mercado de trabalho dos EUA mais fracos) tem beneficiado as divisas da América Latina devido ao alto carrego do diferencial de juros.

No caso do Brasil, o fluxo comercial positivo ao longo deste ano tem tirado pressão do câmbio e o crescimento ainda forte do país indica que os cortes da Selic deverão ser cautelosos, mantendo atrativo o “carry trade” (estratégia de tomar dinheiro a uma taxa de juros em um país e aplicá-lo em outra moeda, onde as taxas são maiores).

O dólar iniciou a sessão em queda frente ao real e assim permaneceu ao longo da manhã. Após dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos (indicando uma perda de temperatura), a valorização do câmbio doméstico ampliou, movimento também observado em mercados vizinhos na América Latina.

O operador de câmbio de um grande banco disse que, com esses dados, o investidor passou a acreditar ainda mais na ideia de que não deve haver mais altas de juros nos EUA, ainda que o Federal Reserve (Fed) mantenha um tom mais duro sobre isso.

“Por isso estamos vendo um processo de depreciação do dólar mais generalizado”, diz. “Fora isso, também temos que olhar para o fluxo comercial, que em geral vinha positivo até metade do ano ou um pouco mais e depois revertia. Neste ano vimos esse fluxo positivo mais espalhado ao longo do ano, o que pode estar contendo a saída sazonal de fim de ano via fluxo financeiro”. (Valor Econômico)

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