Petróleo sobe com perspectiva de mais cortes na produção
Bolsas na Europa e futuros nos EUA apontam para um dia levemente negativo; confira os destaques do mercado nesta terça-feira
28/11/2023Petróleo apresenta alta com possibilidade de cortes mais profundos na produção por parte da Opep+ (USD80,9/b; +1,11%).
Os contratos futuros mais líquidos do petróleo exibem alta firme na manhã desta terça-feira (28) após quatro sessões seguidas de perdas para a commodity energética. A tentativa de recuperação ocorre às vésperas da reunião que vai definir as novas cotas de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).
Por volta de 10h40 (de Brasília), o barril do petróleo WTI – referência americana – com entrega prevista para janeiro subia 0,24%, a US$ 75,04. Já o barril do Brent – referência global – para o mês seguinte avançava 0,25%, a US$ 80,07.
O impasse entre a Arábia Saudita, principal liderança da Opep+, e membros africanos do grupo que fez com que a reunião deste mês fosse adiada do dia 26 para o dia 30 provocou incertezas entre os investidores que ainda não foram completamente sanadas. Os sauditas pressionam por uma cota menor de oferta, a fim de sustentar os preços do óleo a níveis altos, enquanto outros países se dizem insatisfeitos com os níveis de produção permitidos.
Há ainda as discussões em torno de uma extensão dos cortes voluntários da Arábia Saudita, de 1 milhão de barris por dia (bpd) mensais, para além do fim deste ano, algo que praticamente eliminaria o superávit de oferta esperado para o primeiro trimestre 2024, de acordo com os analistas Warren Patterson e Ewa Manthey, do ING.
Minério de ferro registrou baixa (USD128,7/t; -3,01%).
O Ibovespa apresentou leve alta de +0,17% no último pregão, cotado a 125.731,45 pontos. O ativo está em tendência de alta no médio prazo e no curto neutra. Na alta, o ativo possui primeira resistência em 128.300 pontos e, caso rompa esse patamar, poderá alcançar sua próxima resistência em 130.750 pontos. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 125.000 O próximo fica na faixa de 122.500 pontos.
O Dólar Futuro apresentou leve queda de -0,07% no último pregão, cotado a 4.895,50 pontos. O ativo se encontra em tendência de baixa no médio prazo e neutra no curto. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 4.810 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 4.700. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 5.070 e a segunda em 5.220.
Exterior:
Bolsas na Europa e futuros nos EUA apontam para um dia levemente negativo. Agenda do dia conta com divulgação de preços de casas, confiança do consumidor e de índice de atividade na indústria. Destaque deve ficar para falas de dirigentes do Fed e do BCE.
Doméstico:
Divulgação do IPCA-15 de novembro deve mostrar aceleração no dado mensal, embora a expectativa é de que os núcleos permaneçam comportados. Dados do mercado de trabalho devem mostrar desaceleração na geração de emprego. Diretores do BC devem participar de eventos e falas devem ser acompanhadas pelo mercado.
Empresas:
Petrobras: Cia negocia com a ANP uma extensão de seu contrato para o campo de Tupi, disse Joelson Mendes, chefe de exploração e produção da companhia / Extensão é necessária para que sejam economicamente viáveis os projetos que a empresa estuda para prolongar a vida útil do campo de águas profundas
Bradesco: Vice-presidente do Bradesco Eurico Fabri deixa banco
Vibra Energia: Petrobras quer acelerar discussão sobre uso da marca BR em postos pela Vibra: Globo / Vibra confirmou o recebimento da proposta de fusão da Eneva e disse que vai analisá-la
Energisa: Consumo de energia subiu 11% em outubro na comparação anual, para 3.565,9 gigawatts-hora
Grupo Casas Bahia: Grupamento de ações na proporção de 25 para 1 passa a valer a partir de 28/12
Agenda do Dia:
09:00 – Brasil – IPCA-15/Novembro
11:00 – EUA – Índice de Preços de Imóveis/Setembro
12:00 – EUA – Confiança do Consumidor/Novembro
12:00 – EUA – Índice de Manufatura Fed de Richmond/Novembro
Fechamento dia anterior
Ibovespa: 125.731 (+0,17%)
S&P: 4.550 (-0,20%)
Dólar Futuro: R$4,89 (-0,07%)
Atualizações Safra:
Assaí: Conclusões do Dia do Investidor
No dia 27 de novembro, o Assaí realizou seu primeiro Investor Day, com a participação de Belmiro Gomes (CEO), Daniela Sabbag (CFO), Oscar Bernardes (Presidente), Gabrielle Helú (IRO) e outros importantes executivos da empresa. A administração discutiu questões-chave relacionadas à expansão da empresa (passado e futuro); alavancagem e estrutura de capital; e governança corporativa.
Motores de crescimento e perspectivas. Em seus comentários de abertura, o Sr. Gomes destacou o forte CAGR de faturamento da empresa em 2011-23 de 26%, apoiado na expansão da presença (217 novas lojas) e um aumento na produtividade das lojas (R$/loja/ano) para R$254 milhões nos últimos 12 meses de R$ 77 milhões em 2011. Essa expansão foi suportada pela geração de caixa do Assaí. Vale ressaltar que a produtividade das lojas do Assaí é quase 80% superior à média do setor. Essa diferença atesta a execução e a eficiência operacional da empresa devido à inovação (diversificação do sortimento de produtos e serviços) e à proposta de valor diferenciada para cada região e/ou formato de loja que o Assaí atua. Outro destaque importante, que deverá subsidiar melhorias operacionais futuras, foi a composição da margem EBITDA (pré IFRS) por safra de lojas: 6% para as lojas inauguradas antes de 2021, 4,9% para as lojas inauguradas em 2022 e 0,2% para as inauguradas em 2023.
Nossa opinião. Embora a administração tenha fornecido algumas informações interessantes e mais detalhes sobre as vantagens competitivas, o plano de expansão e as perspectivas do Assaí, não houve nada material que nos levasse a revisar nossas estimativas. No entanto, continuamos muito otimistas em relação a este caso de investimentos, que é a nossa principal escolha entre os varejistas alimentares, uma vez que continua a oferecer – como atestado pela apresentação da administração – uma perspectiva de crescimento robusta, combinada com melhores margens e menor dívida, apoiando a expansão do lucro por ação.