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Petróleo volta a subir após Arábia Saudita reafirmar cortes de produção

Afundamento da mina da Braskem em Maceió voltou a se acelerar; confira os destaques do mercado financeiro nesta terça-feira

Moody’s cortou a perspectiva de crédito da China diante do maior endividamento do país e pressiona bolsa | Foto: Getty Images

A cotação do petróleo apresenta recuperação após Arábia Saudita afirmar que os cortes de produção serão respeitados e poderiam ser prorrogados se necessário (USD78,8/b; +1,05%). Já o minério de ferro apresenta ligeira alta (USD129,1/t; +0,13%).

O Ibovespa apresentou queda ontem de -1,08% no último pregão, cotado a 126.802,79 pontos. O ativo está em tendência de alta no médio e no curto prazo. Na alta, o ativo possui primeira resistência em 128.300 pontos e, caso rompa esse patamar, poderá alcançar sua próxima resistência em 130.850 pontos. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 125.000 O próximo fica na faixa de 122.500 pontos.

Saiba mais

O Dólar Futuro apresentou alta de +1,20% no último pregão, cotado a 4.953,50 pontos. O ativo se encontra em tendência de baixa no médio prazo e neutra no curto. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 4.810 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 4.700. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 4.970 e a segunda em 5.090.

Exterior:

Bolsas na Europa apresentam leve alta e futuros nos EUA apontam para o campo negativo. Moody’s cortou a perspectiva de crédito da China diante do maior endividamento do país e pressiona bolsa no país. Agenda do dia conta com PMI composto, de serviços e ISM serviços nos EUA.

Doméstico:

PIB do 3T23 será divulgado no início da manhã e consenso de mercado espera crescimento de 1,8% na comparação com o 3T22, confirmando a moderação do crescimento da economia. Presidente do BC fará palestra às 11h.

Empresas:

Vale: Cia prevê prod. minério ferro 2026 em cerca de 315 mi t / Vale disse que a China pode ser o maior comprador mundial de minério de ferro / Cia prevê um mercado cada vez mais apertado nos próximos anos
Braskem: Afundamento da mina da Braskem em Maceió voltou a se acelerar: Globo / Área agora se funde a um ritmo de 0,26 cm/hora, ou 0,01 cm/hora a mais do que o verificado na manhã de segunda-feira
Eletrobras: Cia assina venda de 49% nas SPEs Chapada do Piauí I e II
SLC Agrícola: Cia vê área plantada 2023/24 em 652.319 hectares
XP: É elevada a overweight por JPMorgan
B3: É rebaixada a neutra por JPMorgan
Prio: Produção diária óleo nov. 99.313 barris/dia X 100.004 m/m

Agenda do Dia:

09:00 – Brasil – PIB/3T23
11:45 – EUA – PMI Composto e Serviços/Novembro
12:00 – EUA – ISM Serviços/Novembro

Fechamento dia anterior

Ibovespa: 126.803 (-1,08%)
S&P: 4.570 (-0,54%)
Dólar Futuro: R$4,95 (+1,20%)

Atualizações Safra:

Utilidades básicas: Insights e sensibilidades sobre os impactos do El Niño no despacho e na demanda

El Niño mais forte que o normal. O que vem adiante? Muitos relatórios anteciparam os efeitos óbvios do El Niño (no Brasil, chuvas mais intensas em partes do sul da Região Sul, tempo seco na Região Nordeste e temperaturas mais elevadas nas Regiões Centro-Oeste/Sudeste), mas não a magnitude do evento que estamos vivenciando atualmente. Segundo a NOOA, a Universidade de Columbia e a NASA, o atual El Niño é forte. O evento está previsto para durar até maio-junho de 2024, com temperaturas médias já 1,5% acima do normal. O efeito do El Niño no hemisfério Sul durante a primavera já está alimentando um maior consumo de eletricidade, e esta tendência deve continuar no verão, impulsionando o uso de ar condicionado no Brasil. O impacto não tão óbvio é que o clima mais seco na região Nordeste está reduzindo rapidamente os reservatórios de energia, o que, combinado com a demanda acima do normal, também está forçando o operador elétrico brasileiro (ONS) a usar mais térmicas para atender aos picos de energia. Essa maior geração térmica está impactando os preços spot por hora, que finalmente se descolaram dos níveis mais baixos.
Nossa opinião? Impacto limitado em valuation, mas parece melhor para as geradoras. Assumindo um aumento de 1pp nos volumes em 2024, vemos um aumento médio de 0,6% no EBITDA das empresas amplamente expostas ao segmento distribuição, com maior impacto esperado na Energisa. Nos casos da Eletrobras e da Copel, um aumento de R$ 20 por MWh no preço spot em 2024 implicaria um impacto de 2,7% e 1,0%, respectivamente, no EBITDA em 2024. Já para a Eneva, um aumento de 10% no despacho no 1T24 ajudaria EBITDA em 1,7%. Depois de considerar os resultados das sensibilidades, acreditamos que o El Niño terá impactos limitados no valuation, mas provavelmente contribuirá para fortes resultados do 4T23/1T24. Um potencial aumento nos preços à vista poderia ter um efeito colateral positivo nas geradoras se as empresas pudessem assinar novos contratos (de longo prazo) com base nas tendências de preços. No caso das distribuidoras, os volumes mais elevados poderão levar a melhores resultados trimestrais, mas o impacto na avaliação global também deverá ser limitado. De qualquer forma, os resultados do 3T23 foram, em média, 10% superiores ao esperado, em grande parte influenciados pelos volumes (isto poderá repetir-se nos próximos trimestres).

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