Fundos imobiliários se recuperam com isenção na reforma tributária
Parecer da reforma na Câmara dos Deputados retomou isenção de taxas para rendimentos pagos por esses ativos, que se valorizaram
17/07/2021O mercado brasileiro esteve atento à reforma tributária que tramita no Congresso Nacional e a mesma trouxe uma novidade que foi destaque no resumo econômico semanal.
Parecer preliminar na Câmara dos Deputados para a segunda parte da reforma tributária manteve a isenção sobre os fundos imobiliários (FIIs).
Com isso, o Ifix (índice referência da B3 para a categoria) registrou valorização de 2,9% na semana.
Lembrando que a proposta inicial, enviada pelo governo, pretendia taxar os rendimentos pagos por esses ativos.
Ainda sobre a bolsa de valores, apesar das recentes correções, o Ibovespa sustentou um ganho semanal de 0,4%. No ano, o índice de ações acumula alta de 5,8%.
O melhor desempenho da semana na B3 veio dos papéis do Grupo Soma (SOMA3), que subiram 24% no período, após o dono da Animale e da Farm anunciar a oferta de 46 milhões de novas ações para financiar a compra da Hering (HGTX3).
O ambiente interno mais positivo também se refletiu no mercado de câmbio e o real teve um dos melhores desempenhos da semana, subindo 2,3% contra o dólar. A moeda americana terminou a sexta-feira cotada a R$ 5,12.
Resumo da semanal – internacional
No exterior, as bolsas americanas recuaram na semana, após operarem nas suas máximas históricas.
O S&P 500 acumulou queda de 1% nos Estados Unidos, enquanto o Stoxx 600 cedeu 0,6% na Europa.
Os negócios se desenrolaram sob influência de um novo salto da inflação nos EUA.
O índice CPI – que mede a inflação ao consumidor – subiu 5,4% em 12 meses até junho. A taxa veio acima das expectativas e foi a maior desde agosto de 2008.
Apesar disso, as declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) não trouxeram novidades.
Jerome Powell reiterou que ainda é cedo para reduzir os estímulos à economia americana.
Vale apontar ainda a firme queda nos preços do petróleo, ante a expectativa por um acordo entre membros da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) para elevar o teto de produção, superando o impasse que impediu um acerto na semana passada.
A perspectiva de uma oferta mais robusta da commodity fez o barril de Brent, referência internacional, perder quase 3% na semana.