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Robô da Nasa descobre sinais de micróbios de bilhões de anos em Marte

Cientistas da Nasa analisam rochas com sinais de vida microbiana coletadas em Marte pelo robô móvel Perseverance

Marte

O robô chegou a Marte em fevereiro do ano passado após uma viagem de sete meses | Foto: Getty Images

Cientistas da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, suspeitam que o planeta Marte possa ter ter abrigado vida microbiana há bilhões de anos. Amostras de rochas perfuradas pelo robô Perseverance, da Nasa, na superfície de Marte estão revelando detalhes da geologia de uma cratera e indícios da existência de micróbios em um passado distante do planeta vermelho.

O Perseverance, um veículo de pesquisas espaciais de seis rodas equipado com instrumentos de pesquisa geológica, retira amostras do solo para enviar à Terra. Rochas de quatro locais dentro da cratera identificaram a presença de materiais resultantes da ação do fogo e posterior resfriamento de material fundido. As rochas apresentam evidências de alteração pela exposição à água, o que provaria que o planeta frio e árido, já foi quente e úmido.

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O robô chegou a Marte em fevereiro do ano passado após uma viagem de sete meses. O objetivo da missão da Nasa é buscar sinais de vida – para isso, o robô trará os sedimentos marcianos à Terra pela primeira vez na história.

A espaçonave deixou a Terra dia 30 de julho de 2020 e pousou na cratera Jezero – onde havia, há cerca de 3 a 4 bilhões de anos, um imenso lago numa área de 500 quilômetros quadrados.

Robô da Nasa vai enviar amostras de rochas de Marte para a Terra

Os cientistas acreditam que a rocha, formada há cerca de 3,5 bilhões de anos, pode ser sedimentar, formada pelo acúmulo de lama e areia depositadas no leito de um lago. “Não encontramos evidências de rochas sedimentares onde o rover explorou o fundo da cratera, apesar de sabermos que o local já abrigou um lago e que sedimentos devem ter sido depositados. Esses depósitos sedimentares devem ter sofrido erosão”, disse o geoquímico do Caltech Kenneth Farley, principal autor de um dos quatro estudos publicados nas revistas Science e Science Advances.

A sonda está coletando amostras de rochas em pequenos tubos que devem ser recuperados por uma espaçonave em 2033 e trazidos à terra para exames adicionais, incluindo bioassinaturas, que são indicadores de vida.

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