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Robôs do Google começam a ser usados na limpeza de escritórios da companhia

Com base no chamado 'machine learning', cerca de 100 máquinas realizam tarefas como organizar mesas de espaços comuns

Dois funcionários do Google em refeitório da empresa, sentados em cadeira, vendo um dos robôs fazendo a limpeza

Conjunto de câmeras e sensores nos protótipos está sendo capaz de promover avanços no aprendizado das máquinas | Foto: Divulgação/Alphabet

A Alphabet, controladora do Google, anunciou nesta sexta-feira, 19, que começou a usar seus robôs na limpeza de seus escritórios.

Como parte do Everyday Robots Project (Projeto Robôs Todos os Dias), pouco mais de 100 protótipos da empresa estão sendo nas tarefas.

Saiba mais

Em comunicado (veja gifs com funcionamento dos protótipos), o diretor do projeto, Hans Peter Brøndmo, informou que os robôs foram espalhados pelos diversos campus da sede do Google.

Conhecido como Googleplex, o espaço fica em Mountain View, California, nos Estados Unidos.

“O mesmo robô que separa o lixo agora pode ser equipado com um rodo para limpar as mesas e usar a mesma pinça que segura os copos para aprender a abrir portas”, disse Brøndmo.

Com o avanço, o executivo anunciou que o “project” será retirado do nome da área responsável pelas máquinas.

Como funcionam os robôs do Google

Assim como explica Brøndmo, um dos principais desafios da robótica está em facilitar tarefas às máquinas que para humanos parecem triviais.

Esse foi um dos pontos levantados ainda nos anos 1980 por Hans Moravec, pioneiro na área.

 Robôs do Google são equipados com câmeras e sensores capazes de aprimorar o "machine learing" | Divulgação/Alphabet
Robôs do Google são equipados com câmeras e sensores capazes de aprimorar o “machine learing” | Divulgação/Alphabet

Ele percebeu que era mais fácil ensinar computadores a jogar xadrez e realizar cálculos matemáticos avançados do que simplesmente interagir com objetos ao seu redor.

Sendo assim, o diretor do projeto de robôs do Google afirma que a empresa tem trabalhado forte no machine learning (aprendizado da máquina), integrando hardware e software.

Segundo ele, um conjunto de câmeras e sensores nos protótipos está sendo capaz de promover avanços nessa frente.

“Usando uma combinação de técnicas de aprendizado de máquina, como aprendizado por reforço, aprendizado colaborativo e aprendizado por demonstração, os robôs ganharam uma compreensão melhor do mundo ao seu redor e se tornaram mais habilidosos nas tarefas diárias”, detalha Brøndmo.

Avanços

Mesmo com toda a tecnologia e investimentos disponíveis, os desenvolvedores do Google levaram anos para obter mais sucesso com os robôs.

De acordo com Brøndmo, o panorama começou a mudar com o uso de simulações para que as máquinas aplicassem o machine learning.

Antes, há cinco anos, um protótipo da companhia levava quatro meses para aprender a pegar objetos simples, como chaves e utensílios domésticos, com taxa de sucesso de 75%.

“Hoje, um único robô aprende como realizar uma tarefa complexa, como abrir portas, com uma taxa de sucesso de 90% com menos de um dia de aprendizado no mundo real”.

“Esse progresso nos dá esperança de que nosso lançamento lunar para a construção de robôs de aprendizado de uso geral seja possível”, afirma Brøndmo.

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