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Samba perde Nelson Sargento para a covid

Um dos primeiros cariocas a tomar vacina, sambista de 96 anos estava há uma semana internado no Instituto Nacional do Câncer

Sambista Nelson Sargento

Sambista já havia tomado duas doses da vacina e se tratava de um câncer | Foto: Reprodução

O sambista Nelson Sargento, de 96 anos, morreu na manhã desta quinta-feira, 27, no Instituto Nacional de Câncer (Inca), onde estava internado com covid-19 desde o último dia 20. A assessoria do sambista confirmou a morte às 10h45. Nelson Sargento foi um dos primeiros cariocas a tomar a vacina contra o coronavírus.

No último sábado, 22, o sambista foi transferido para a UTI do Inca, após testar positivo para o novo coronavírus e mostrar um agravamento do quadro respiratório. Ele chegou a ser intubado como a autorização da família.

Sambista estava internado há uma semana

“O paciente foi internado no último dia 20, com quadro de desidratação, anorexia, e significativa queda do estado geral. Ao chegar na unidade, foi realizado o teste de covid-19, que apontou positivo”, informa nota do Inca.

Nelson Sargento tratava de um câncer desde 2005, quando foi descoberto um tumor na próstata. Ele já tinha tomado as duas doses da vacina contra a covid-19, a última em 26 de fevereiro.

“Samba, agoniza mas não morre / Alguém sempre te socorre, antes do suspiro derradeiro”, diz o samba mais famoso de Nelson Sargento, lançado em 1978 por Beth Carvalho. Morto um mês antes de completar 97 anos, o compositor, cantor, pintor, ator, presidente de honra da Estação Primeira de Mangueira e torcedor do Vasco foi mais um brasileiro vítima da covid-19, que já matou 454.623 pessoas no País.

Nelson Mattos nasceu na Santa Casa de Misericórdia, no centro do Rio, em 25 de julho de 1924, filho de Rosa Maria da Conceição e Olympio José de Matos. Ela trabalhava como doméstica na casa de um comerciante na Tijuca (zona norte), onde morava com esse e outros filhos.

Aos 9 anos, aprendeu a tocar tamborim e começou a desfilar pela Azul e Branco. A escola foi vice-campeã do desfile de escolas de samba de 1933 e 20 anos depois seria fundida com a Depois eu Digo, do mesmo bairro, para dar origem à Acadêmicos do Salgueiro. (AE)

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