Saneamento deve atrair em dez anos investimentos de R$ 1 trilhão
Especialistas reunidos no J. Safra Conference destacam oportunidades para investidores em empresas de saneamento básico no Brasil
27/09/2023O setor de saneamento básico pode atrair investimentos de cerca de R$ 1 trilhão nos próximos dez anos, graças ao marco legal que estabelece regras para as atividades das empresas de água e esgoto no País.
“É umas das maiores oportunidades de investimentos do mundo”, destacou Paulo Mattos, CEO da IG4 Capital, um dos convidados da J. Safra Brazil Conference. Ele participou do painel sobre saneamento básico ao lado de André Salcedo, diretor-presidente da Sabesp.
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Salcedo ressaltou que o marco legal traz um arranjo importante para a sociedade, que é a previsibilidade e a definição de metas do setor. A legislação fixou compromissos de universalização dos serviços de saneamento até 2033 equiparáveis aos dos países da OCDE.
O diretor-presidente da Sabesp falou sobre os desafios da companhia: “Temos muitas coisas para melhorar, mas já identificamos oportunidades de redirecionamento a partir do novo marco. Otimizamos contratos, investimos em transformação digital, com uso de big data, melhoramos a experiência do cliente e iremos avançar na proteção do faturamento e melhoria dos níveis de inadimplência”, diz Salcedo.
Gestora IG4 destaca investimentos em saneamento no Rio de Janeiro
Paulo falou sobre os desafios da IG4 Capital, gestora de private equity que controla a empresa de saneamento Iguá. “Entendemos o que precisava ser mudado, ajustamos os indicadores de desempenho e nos pautamos por métricas de ESG na geração de valor para fazer essa virada em prol de um sistema mais eficiente para a companhia”.
Ele citou o exemplo de Cuiabá, onde a empresa saiu de 32% de cobertura do saneamento básico para 90%. O executivo também destacou o uso de novas tecnologias para o combate da perda de água, problema que afeta e onera as empresas de saneamento. “Queremos fazer agora no Rio de Janeiro, no novo ativo adquirido da concessão do Bloco 2, o que já fizemos em Cuiabá”, finaliza.