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5 tendências da inteligência artificial

Consultoria KPMG aponta as tendências de regulamentação e desenvolvimento no mundo para os próximos anos

Mão de pessoa escrevendo em papel e mão de robô teclando em laptop do outro

Artigo da KPMG faz ponte entre IA e a pauta de aspectos ESG (ambientais, sociais e de governança, na sigla em inglês) | Foto: Getty Images

A consultoria KPMG divulgou um artigo que aponta as etapas para a regulamentação e o futuro da inteligência artificial (IA).

O documento foi elaborado a partir de uma pesquisa intitulada “The shape of AI governance to come“, divulgada neste ano.

O estudo envolveu tomadores de decisão sobre tecnologia da informação de Estados Unidos e Reino Unido, países onde a IA está sendo usado de forma intensa.

No novo relatório, a consultoria destaca cinco tendências de crescimento da inteligência artificial para os próximos anos, envolvendo questões de regulamentação e incentivo.

O artigo é assinado por Ricardo Santana, sócio-líder de Lighthouse da KPMG no Brasil, e Luciano Prado, sócio de Lighthouse e Inteligência Artificial da empresa.

Inteligência artificial x ESG

No relatório, Santana e Prado fazem uma ponte entre a inteligência artificial e a pauta de aspectos ESG (ambientais, sociais e de governança, na sigla em inglês).

Segundo os especialistas, o aumento do uso da inteligência artificial no mundo corporativo e, consequentemente, o crescimento do volume de coleta e tratamento de dados trazem a necessidade de se adotar práticas de transparência com as informações.

Essa responsabilidade na agenda ESG se enquadra na área no rol de questões relacionadas à governança.

De acordo com a KPMG, 94% dos tomadores de decisão consultados acreditam que as empresas devem se concentrar na ética ao formular políticas de IA.

Por isso, na visão da consultoria, haverá cada vez mais “modelos de supervisão, mais rígidos e minuciosos, estabelecendo-se em diferentes países e jurisdições”.

5 tendências para o futuro da IA

  1. Futuro regulatório em torno de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)
    Segundo a KPMG, países onde a IA está sendo mais utilizada, como nos Estados Unidos, vão criar leis e normas que impulsionem invenções de interesse nacional, sem podar a inovação. Um exemplo é a Ordem Executiva 13.859, assinada nos EUA em 2019, que estabeleceu a Iniciativa Americana de IA de fomento à área
  2. Criação de grupos de trabalho sobre o assunto
    A KPMG projeta que cada vez mais as corporações criarão grupos específicos de desenvolvimento de políticas públicas e regras de governança para o setor
  3. Criação de fóruns de colaboração
    Em linha com a criação de grupos de trabalho, a consultoria prevê que iniciativas de fóruns multissetoriais de discussão sobre o tema vão surgir e aumentar a colaboração entre as partes interessadas – governos, agências regulamentadoras e o setor privado
  4. Construção de ecossistema de IA
    Assim como ocorreu com as startups, a inteligência artificial deve ter ecossistemas robustos envolvendo o desenvolvimento de habilidades, recursos de tecnologia, parcerias e colaboração multifuncional. Para isso, a KPMG atenta que as organizações devem dedicar fundos para P&D, estimular o empreendedorismo e se comprometer com o treinamento da força de trabalho
  5. Políticas, leis e atos
    Por fim, a consultoria elenca a liderança do poder público como principal facilitador da regulamentação e crescimento saudável da IA no mundo. Novamente, um exemplo dos EUA é mencionado, quando em 2019 os senadores propuseram o “Algorithmic Accountability Act 8“, que busca regular todos os sistemas de IA em todos os setores do país. A lei ainda está em tramitação no Congresso estadunidense

A íntegra do artigo da KPMG sobre o futuro da inteligência artificial pode ser lida por este link.

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