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Ibovespa recua por pressão de empresas ligadas às commodities; dólar sobe

A Bolsa perdeu 0,70%, aos 103.220 pontos, depois de oscilar entre 102.633 e 103.946 pontos; o volume de negócios foi de R$ 20,50 bilhões

Investidor analisa gráfico do mercado financeiro

Mercado repercutiu dados econômicos no Brasil e nos EUA que podem sinalizar alívio monetário | Foto: Getty Images

Fechamento: O Ibovespa fecha, pelo segundo dia consecutivo, em queda firme. A Bolsa perdeu 0,70%, aos 103.220 pontos, depois de oscilar entre 102.633 e 103.946 pontos. O volume de negócios foi de R$ 20,50 bilhões.

Com o resultado desta sessão, o Ibovespa acumula queda de 1,10% na semana. No mês, o referencial brasileiro sobe 1,31%. Já no ano, o índice perde 5,94%.

Já o dólar segue em tendência de alta. A moeda americana fechou o pregão com ganhos de 0,47%, vendida a R$ 5,06, depois de oscilar entre R$ 5,03 e R$ 5,08.

“Hoje o Ibovespa foi mais uma vez pressionado pela queda de papéis ligados às commodities metálicas. No curto prazo, a perspectiva para essas ações é negativa, pois os estoques de minério de ferro da China estão dentro da média histórica”, disse Marcus Labarthe, da GT Capital.

A Vale seguiu a tendência de queda da véspera e perdeu 2,72%. A mineradora sofre com a perspectiva de demanda mais fraca por aço na China o que afeta a cotação do minério de ferro. Ontem, o contrato futuro da commodity, para entrega em setembro, fechou em queda de 1,9%, vendido a quase US$ 102,85 a tonelada.

A Petrobras caiu 0,40% (PETR4) afetada pela queda do preço do barril de petróleo. O Brent foi negociado a US$ 80,60, uma devalorização de 2,35%.

Além da pressão das commodities, o Ibovespa também foi afetado pela rusga política entre o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Campos Neto disse, em audiência no Senado, que reduzir a Selic “na canetada” teria efeitos muito ruins para o poder de compra da real. Ele ressaltou que embora a inflação tenha caído, ela ainda é alta e precisa ser combatida.

Já o presidente Lula voltou a criticar taxa de juros no Brasil. Segundo Lula, é impossível fazer investimento com os juros a 13,75% ao ano.

16h53 Em novas críticas à taxa de juros no Brasil, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, comentou ser “impossível fazer investimento” com a taxa Selic a 13,75%. Na avaliação do presidente, empresários brasileiros precisam aprender a investir fora do País.

“É impossível fazer investimento com taxa de juros a 13,75%. Espero que a Espanha coloque dinheiro para emprestar mais barato para a gente poder ter empresário que vem aqui buscar dinheiro emprestado”, disse, em encerramento do Fórum Empresarial Brasil-Espanha, em Madri, nesta terça-feira, 25. (AE)

15h57 Dólar acelera alta e avança 0,73%, vendido a R$ 5,07. Ibovespa recua 0,90%, aos 102.944 pontos. A Bolsa é pressionada por Vale e Petrobras, que seguem no campo negativo. A mineradora perde 3,02% e a estatal se desvaloriza 0,77% (PETR4).

14h57 O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, repetiu nesta terça-feira, 25, que reduzir a Selic “na canetada” teria efeitos muito ruins para o poder de compra da moeda. Segundo ele, não há “bala de prata”para a política monetária no combate à inflação.

“Se fosse fácil resolver problema com canetada, já tínhamos feito. Se fizermos uma queda de juros artificial, vãos passar mensagem de que remuneração não esta adequada ao risco. As pessoas iam investir em outro lugar, o real iria desvalorizar, e ia começar um processo de expectativas crescentes de inflação”, afirmou Campos Neto.

O presidente do BC disse que, embora a inflação tenha caído, ela ainda é alta e precisa ser combatida. “Em 2022 a inflação fechou em 5,8%, mas teve o efeito das desonerações de telecomunicações e energia elétrica. O núcleo de inflação terminou em 9,75%”, afirmou. “É importante ver núcleos de inflação desacelerando”, acrescentou.

Campos Neto repetiu que o BC tem uma preocupação grande com juro real alto e seus efeitos no tecido da sociedade. Mais uma vez, ele disse que o Brasil precisa ter uma taxa de juros mais alta devida ao volume de crédito direcionado que retira potência da política monetária. “Os juros mais altos devido ao crédito subsidiado elevam custo para toda economia, inclusive para pobre”, reafirmou.

14h As bolsas na Europa fecharam na maioria em baixa nesta terça-feira, 25, em uma sessão atenta à publicação de balanços, especialmente de importantes bancos do continente. Os resultados levaram pessimismo ao setor, que teve baixas generalizadas, pressionando os ativos locais. Investidores aguardam ainda a publicação de resultados de grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos, que começam a ser divulgados após o fim do pregão do período da tarde em Nova York.

Santander e UBS, dois dos maiores bancos da Europa, publicaram balanços. O espanhol Santander lucrou mais do que o esperado no primeiro trimestre, mas também registrou alta nas provisões para perdas com empréstimos, e sua ação caiu 5,65% em Madri. O resultado contribuiu para um recuo de 1,16% no Ibex35, aos 9.297,30 pontos.

Já o suíço UBS, que comprou o Credit Suisse no mês passado, frustrou expectativas de lucro e receita, e seu papel teve queda de 2,17%, em Zurique. Bancos ao redor do continente operaram pressionados, como é o caso do Deutsche Bank, que caiu 3,73%, em Frankfurt. Em Milão, Banco Bpm (-2,69%) e Unicredit (-2,48%) ajudaram a pressionar o FTSE MIB, que caiu 1,03%, aos 27.253,48 pontos.

Por outro lado, o grupo hoteleiro e de alimentação britânico Whitbread agradou com seus últimos números e o anúncio de uma recompra de ações. Em Londres, o papel da empresa saltou 4,25%. Na cidade, o FTSE 100 recuou 0,27%, aos 7.891,13 pontos. Está previsto esta terça ainda balanço de vendas do grupo varejista francês Carrefour. Em Paris, o CAC 40 recuou 0,56%, aos 7.531,61 pontos. O PSI 20 em Lisboa teve baixa de 0,13%, aos 6.190,67 pontos. Enquanto isso, o DAX contrariou a tendência em Frankfurt, e teve leve alta, de 0,05%, aos 15.872,13 pontos. Neste cenário, o Stoxx 600 caiu 0,37%, aos 467,24 pontos. (AE)

13h57 O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, repetiu nesta terça-feira, 25, que o custo que combater a inflação no curto prazo é alto, mas que o custo de não combater é maior e perene.

“É muito difícil trazer a inflação para baixo sem gerar nenhuma desaceleração na economia. Mas tentamos trazer o mínimo de custo para sociedade. Temos que tentar otimizar isso com o menor custo”, afirmou.

Campos Neto defendeu que haja equilíbrio fiscal e social – como propõe o governo -, mas lembrou que o volume de recursos é limitado.

13h55 O secretário extraordinário do Ministério da Fazenda para a Reforma Tributária, Bernard Appy, voltou nesta terça-feira, 25, a criticar o elevado grau de litígio tributário e a falta de transparência fiscal no Brasil. De acordo com ele, o elevado volume de disputas tributárias junto à Justiça se deve muito ao emaranhado de leis e regras tributárias.

“Às vezes eu digo, e acho que não exagero, que no Brasil só tem exceções, não tem regras. Cada estabelecimento de cada empresa de cada Estado tem uma regra tributária diferente. É um absurdo a complexidade do nosso sistema, que traz custos burocráticos para pagar impostos e (também) litígios”, disse o secretário ao participar nesta manhã de terça-feira do evento “Reforma Tributária: Simples e necessária”, que a Associação Nacional de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite) e o Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de SP) promovem em Brasília. (AE)

13h52 Ibovespa diminui o ritmo de queda e recupera os 103 mil pontos. Bolsa recua 0,87%, aos 103.044%. Vale segue em declínio de mais de 2%. Mineradora perde 2,95%. Dólar se mantém no campo positivo e ganha 0,66%, vendido a R$ 5,06.

12h19 O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, repetiu nesta quinta-feira, 25, que nunca na história do Brasil ou no mundo houve uma alta de juros tão grande em ano eleitoral como a do ano passado.

“Se o BC não tivesse subido os juros no ano eleitoral, teríamos uma inflação de 10% no ano passado, e não 5,8%. E hoje, para controlar a inflação, teríamos que ter juros de 18,75%. O BC atuou antes, de forma autônoma, e quanto mais cedo se atua, menor é o custo para a sociedade”, afirmou, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Campos Neto também negou que o BC tenha se tornado mais crítico à política fiscal no atual governo. “Desde 2019, BC se expressou sobre mudanças fiscais que afetavam trajetória da dívida”, argumentou. (AE)

12h15 O índice de confiança do consumidor nos Estados Unidos, medido pelo Conference Board, recuou de 104,0 em março (dado revisado nesta terça-feira, de 104,2 antes informado) para 101,3 em abril. Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam 104,0.

A pesquisa mostra que o índice da situação presente subiu de 148,9 em março a 151,1 em abril. Já o índice de expectativas teve queda de 74,0 em março a 68,1 em abril, com isso seguiu abaixo de 80, nível associado com uma recessão dentro dos próximos 12 meses nesse levantamento, segundo o Conference Board. (AE)

12h14 As vendas de moradias novas nos Estados Unidos subiram 9,6% entre fevereiro e março, ao ritmo anual sazonalmente ajustado de 683 mil unidades, segundo o Departamento de Comércio. O resultado ficou acima das expectativas de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam recuo de 0,9% no período.

O ritmo anualizado de vendas de fevereiro foi revisado para baixo, de 640 mil para 623 mil unidades. (AE)

11h56 Dólar se firma no campo positivo e ganhar 0,65%. A moeda americana é vendida, neste momento, a R$ 5,06. Já o Ibovespa se mantém no vermelho e recua 1,21%, aos 102.686 pontos.

11h09 Bolsa aprofunda queda e recua mais de 1%. Ibovespa perde 1,09%, aos 102.811 pontos. Vale segue em trajetória baixista e se desvaloriza 2,74%. Já o dólar volta para o campo positivo e sobe firme. Moeda americana ganha 0,85% e é vendida a R$ 5,07.

11h08 O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira, 25, que não tem a capacidade de dizer quando a Selic vai cair, já que tem apenas um dos nove votos do Comitê de Política Monetária (Copom). “Tomaremos uma decisão técnica, olhando todos os fatores, e as coisas estão caminhando no sentido certo”, afirmou, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Questionado pelos parlamentares sobre se a aprovação do novo arcabouço fiscal seria suficiente para garantir a queda dos juros, Campos Neto respondeu que a questão fiscal tem peso sim na avaliação do BC. “A parte fiscal faz com que as expectativas de inflação caiam, isso aconteceu quando foi aprovado o teto de gastos”, lembrou.

O presidente do BC lembrou que o Copom não usa apenas a Focus como parâmetro para as expectativas de inflação e apontou que o BC também usa projeções próprias. “Sempre tentamos filtrar questões específicas de mercado em projeções de inflação”, reafirmou.

Ele repetiu que nenhum presidente do BC gosta de elevar juro. “Eu brinco com meu antecessor – Ilan Goldfajn – que ele nunca precisou subir a Selic”, afirmou. (AE)

10h07 Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, abriu em queda esta terça-feira. A Bolsa perde 0,46%, aos 103.466 pontos. No dia anterior, o referencial brasileiro caiu 0,40%, aos 103.946 pontos, depois de oscilar entre 103.247 e 104.821 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 20 bilhões. Com o resultado desta sessão, a Bolsa acumula ganhos de 2,03% em abril e queda de 5,27% no ano.

Já o dólar mudou a rota e, neste momento, opera em queda moderada. A moeda americana recua 0,02%, vendida a R$ 5,03.

9h45 O resultado das transações correntes ficou positivo em março deste ano, em US$ 286 milhões, informou nesta terça-feira, 25, o Banco Central. Este é melhor desempenho para meses de março desde 2006, quando o saldo foi positivo em US$ 1,063 bilhão. Em fevereiro, o resultado foi deficitário em US$ 3,030 bilhões.

Pela metodologia do Banco Central, a balança comercial registrou saldo positivo de US$ 9,480 bilhões em março, enquanto a conta de serviços ficou negativa em US$ 2,857 bilhões. A conta de renda primária também ficou deficitária, em US$ 6,432 bilhões. No caso da conta financeira, o resultado ficou positivo em US$ 2,630 bilhões.

No primeiro trimestre de 2023, a conta corrente teve rombo de US$ 11,821 bilhões. Nos 12 meses até março deste ano, o saldo das transações correntes está negativo em US$ 52,251 bilhões, o que representa 2,66% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse é o menor déficit em proporção do PIB desde abril de 2022, quando ficou em 2,56%.

A estimativa atual do BC é de déficit na conta corrente de US$ 32 bilhões em 2023. A projeção foi atualizada no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março. (AE)

9h15 Dólar abre em alta nesta terça-feira, com o mercado mais atento ao cenário econômico local.

A moeda americana sobe, neste momento, 0,50%, vendida a R$ 5,05. No dia anterior, o dólar fechou em queda 0,35%, cotada a R$ 5,04. Com o resultado, a divisa passou a acumular perdas de 0,56% em abril e de 4.49% no ano.

Nesta manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou as vendas do varejo para fevereiro.

Em fevereiro de 2023, o volume de vendas no comércio varejista caiu 0,1% frente a janeiro, na série com ajuste sazonal.

A média móvel trimestral foi de 0,2% no trimestre encerrado em fevereiro. Frente a fevereiro de 2022, o comércio varejista cresceu 1%, acumulando alta de 1,3% nos últimos doze meses e de 1,8% no ano.

Além disso, hoje, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, fala na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal.

Campos Neto pode dar pistas sobre a condução dos juros no Brasil. Hoje, a taxa de juros está em 13,75% ao ano e a expectativa do Banco Safra é de que o início do alívio monetário possa acontecer já na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em julho.

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