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Bolsa perde quase 3 mil pontos na sessão e volta aos 103 mil pontos; dólar sobe

O Ibovespa caiu 2,12%, aos 103.912 pontos, depois de oscilar entre 103.603 e 106.148 pontos; o volume financeiro foi de R$ 24,10 bilhões

Investidor analisa gráfico do mercado financeiro

Mercado analisou as novas regras fiscais no Brasil e dados econômicos pelo mundo | Foto: Getty Images

Fechamento: O Ibovespa foi ladeira a baixo no pregão desta quarta-feira. A Bolsa, que tinha apresentado o maior ganho semanal do ano, recuou forte e perdeu quase 3 mil pontos em uma única sessão.

O referencial brasileiro fechou em queda de 2,12%, aos 103.912 pontos, depois de oscilar entre 103.603 e 106.148 pontos. O volume financeiro foi de R$ 24,10 bilhões.

Com o resultado desta sessão, o referencial brasileiro acumula ganhos de 1,99% em abril e queda de 5,31% no ano. Na semana, o índice perde 2,23%.

Já o dólar teve uma sessão de valorização, muito em função da aversão ao risco no mundo. A moeda americana, que estava há uma semana cotada abaixo de R$ 5, retomou este patamar e fechou em alta de 2,23%, na cotação máxima do dia R$ 5,08. A mínima intradiária da divisa foi de R$ 5.

Com isso passou a acumular ganho de 3,47% na semana e de 0,39% em abril, No ano, se desvaloriza 3,49%.

“Os mercados pelo mundo operam bem abaixo em função dessa inflação mais alta que a estimada no Reino Unido. Os investidores estão mais cautelosos”, disse Cauê Pinheiro, estrategista do Banco Safra durante o Programa Radar Safra desta quarta-feira.  

A inflação dos preços ao consumidor de março caiu para uma taxa anual de 10,1%, disse o Escritório Nacional de Estatísticas, abaixo dos 10,4% em fevereiro, mas bem acima dos 9,8% previstos pelo mercado.

A Vale também pressionou o Ibovespa. A mineradora perdeu 2,97% nesta sessão, após divulgação de vendas menores no primeiro trimestre deste ano.

No período, a mineradora comercializou 45,861 milhões de toneladas, queda de 10,6% na comparação anual. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, a redução foi de 43,5%.

Segundo a Vale, a performance ruim foi atribuída a restrições de embarque no Sistema Norte no período chuvoso e ao rebalanceamento do supply chain após vendas no quarto trimestre. Mas a mineradora espera compensar esse impacto no segundo semestre, mantendo seu plano anual de vendas inalterado.

Outro fator que estressou o mercado brasileiro foi a indicação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de que mesmo com a desaceleração da inflação na margem, em termos de política monetária, é necessário ver mais dados e acompanhar a dinâmica inflacionária, até porque há incerteza sobre alguns preços importantes, como o petróleo.

Ele citou, durante sua participação em reunião com investidores em Londres, os cortes recentes de produção da Opep e disse que o mercado está entendendo que há menor chance de preços mais baixos da commodity.

Citando como positivo o anúncio do arcabouço fiscal pelo governo também, o presidente do BC repetiu diversas vezes que a autoridade monetária acompanha diversas variáveis para a condução da política monetária, como projeções e expectativas de inflação, preços de mercado e de commodities. “O que temos tentado comunicar é que muitas dessas variáveis se deterioram desde dezembro”.

Dentre os papéis que mais caíram nesta sessão estão Carrefour, que perdeu 8,01%, Magazine Luíza, 8,19%, Yduqs, 6,82%, Via Varejo, 6,22% e Ezetc, 5,71%. Já as ações que mais ganharam foram Sabesp, com alta de 1,18%, Embraer, 0,92%, Pão de Açúcar, 0,27%, Klabin, 0,75% e Tim, 0,36%.

14h46 Integrante do conselho do Banco Central Europeu (BCE), Isabel Schnabel apontou que, ao passo que o índice cheio da inflação começou a desacelerar na zona do euro, a inflação subjacente tem se mostrado persistente.

Schnabel falou nesta quarta-feira, 19, sobre os desafios para a política monetária em tempos de inflação elevada, em palestra no Centro Leibniz de Pesquisa Econômica Europeia (ZEW), na Alemanha. A observação consta em slide apresentado na palestra, divulgado pelo BCE.

Schnabel também disse que choques na oferta relacionados a gargalos e a preços de energia continuam a diminuir. Ela apresentou gráficos que mostram que o índice de pressão da cadeia de suprimentos global do Federal Reserve (GSCPI), o banco central americano, o efeito da interrupção da cadeia de suprimentos na zona do euro e os custos de envio global estão em tendência de queda, apontando para um alívio nas pressões na cadeia de suprimentos. (AE)

14h30 O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou a desaceleração da inflação na margem, mas ponderou que, em termos de política monetária, é necessário ver mais dados e acompanhar a dinâmica inflacionária, até porque há incerteza sobre alguns preços importantes, como o petróleo. Ele citou, durante sua participação em reunião com investidores em Londres, os cortes recentes de produção da Opep e disse que o mercado está entendendo que há menor chance de preços mais baixos da commodity.

Citando como positivo o anúncio do arcabouço fiscal pelo governo também, o presidente do BC repetiu diversas vezes que a autoridade monetária acompanha diversas variáveis para a condução da política monetária, como projeções e expectativas de inflação, preços de mercado e de commodities. “O que temos tentado comunicar é que muitas dessas variáveis se deterioram desde dezembro.” (AE)

14h14 Ibovespa aprofunda queda e recua 1,69%, aos 104.368 pontos. Vale, Petrobras e bancos têm dia negativo e pressionam o índice. A mineradora recua 3,90%, a estatal, 1,83%, Bradesco perde 1,47% e Itaú, 1,19%.

Já o dólar segue na trajetória altista e sobe 1,38%, vendido a R$ 5,05.

14h13 As bolsas da Europa fecharam na maioria em alta nesta quarta-feira, 19, em uma sessão com atenção a dados de inflação e a publicação de balanços na região. No caso da zona do euro, os preços ao consumidor apresentaram uma desaceleração, enquanto no Reino Unido, a inflação ficou acima do esperado por analistas, ainda que tenha ficado abaixo do patamar de dois dígitos. O indicador coloca pressão para uma política monetária mais restritiva por parte do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), que vem de uma série de altas recentes de juros.

Em Frankfurt, o DAX subiu 0,08%, aos 15.895,20 pontos. Em Paris, o CAC 40 avançou 0,21%, aos 7549,44 pontos. O FTSE MIB, em Milão subiu 0,15%, aos 27.933,61 pontos. O IBEX 35 ganhou 0,74% em Madri, chegando a 9.491,30 pontos. Já o PSI 20 subiu 0,38% em Lisboa, aos 6.222,32 pontos. Ainda assim, o Stoxx 600 caiu 0,11%, aos 468,12 pontos.

No Reino Unido, a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) desacelerou em março, a 10,1%, mas ficou acima da expectativa de analistas, de 9,8%. Já na zona do euro, a Eurostat confirmou nesta quarta que o CPI anual do bloco arrefeceu em março para 6,9%, atingindo o menor nível em 13 meses. Por outro lado, o núcleo do CPI da região segue preocupando, com salto recorde de 5,7% no mês passado.

No caso do FTSE 100, o índice caiu 0,13%, aos 7.898,77 pontos. Na visão do AJ Bell, as estimativas para os dividendos diminuíram desde o verão do Hemisfério Norte e a primeira rodada de resultados do ano inteiro, registrando pagamentos abaixo do esperado das mineradoras em particular. Espera-se que o HSBC seja o maior pagador individual de dividendos em 2023, à frente da Shell e da British American Tobacco, aponta, enquanto prevê-se que os dez principais pagadores gerem 55% do pagamento total de 2023. (AE)

12h13 O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou nesta quarta-feira, 19, que o índice geral de inflação no Brasil tem diminuído e deve alcançar o piso em junho, voltando a acelerar depois, terminando o ano em torno de 6,0%. Mas ressaltou que os núcleos de inflação seguem resilientes, indicando que o BC precisa persistir na estratégia de política monetária. “Trabalho não está feito ainda em inflação e precisamos ser persistentes.”

As declarações do presidente do BC foram feitas em reunião com investidores em Londres, organizada pelo European Economics & Financial Centre (EEFC).

Campos Neto considerou que as projeções de inflação para os próximos anos estão melhores do que para 2023, mas ainda estão longe das metas.

O presidente do BC lembrou que as expectativas de mercado subiram bastante desde dezembro, com ruídos da mudança do governo, questões fiscais e o debate patrocinado pelo Palácio do Planalto sobre as mudanças de metas de inflação. (AE)

12h08 Bolsa opera em queda firme e perde 0,94%, aos 104.380 pontos. Dólar sobe a 1,17%, vendido a R$ 5,04.

12h05 O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, repetiu nesta quarta-feira, 19, que a isenção nas compras internacionais de pessoas físicas para pessoas físicas de até US$ 50 será mantida.

“Isso não será alterado, como foi anunciado ontem [terça-feira] pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Mas a Receita tem um trabalho de fiscalização em curso para responsabilização de empresas que contribuam para tipos de simulação que configuram contrabando”, afirmou, em entrevista à GloboNews.

Segundo o secretário, as empresas que buscarem fraudar o erário público podem ser enquadradas até como “quadrilhas”. (AE)

11h54 Bolsa segue operando em queda forte e perde 1,43%, aos 104.643 pontos. Vale diminui o ritmo de queda e recua 2,98%. Petrobras também opera no campo negativo. Estatal perde 1,68% (PETR4).

O dólar se mantém em alta firme. Moeda americana avança 1,01%, vendida a R$ 5,03.

11h46 O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse nesta quarta-feira, 19, que as metas de resultado primário buscadas pelo governo até 2026 seriam suficientes para “resolver o problema fiscal” do país.

“Se conseguirmos cumprir fiscal até 2026, recuperamos o grau de investimento. Temos metas ousadas, mas vamos atingi-las”, afirmou o secretário, em entrevista à GloboNews.

Ceron avaliou que o arcabouço fiscal apresentado ontem endereça o problema fiscal do Brasil no médio e longo prazo, garantindo que não haja uma trajetória explosiva para a dívida pública.

“O que se discute é a intensidade do ajuste, e não o arcabouço em si. Buscamos um equilíbrio para que a regra permaneça pelos próximos 15 ou 20 anos sem quem ninguém seja tentado a quebrá-la”, acrescentou o secretário. (AE)

11h09 Bolsa aprofunda queda e perde os 105 mil pontos. Índice cai 1,55%, aos 104.472 pontos. A Vale, após divulgar os resultados de venda no trimestre, despenca 3,97%.

No primeiro trimestre, a mineradora comercializou 45,861 milhões de toneladas, queda de 10,6% na comparação anual. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, a redução foi de 43,5%. Segundo a Vale, a performance ruim foi atribuída a restrições de embarque no Sistema Norte no período chuvoso e ao rebalanceamento do supply chain após vendas no quarto trimestre. Mas a mineradora espera compensar esse impacto no segundo semestre, mantendo seu plano anual de vendas inalterado.

O dólar segue se valorizando frente às outras moedas muito em função do temor de manutenção do aperto monetário. A divisa sobe 1,20%, neste momento, e é vendida a R$ 5,04.

10h07 O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, abriu em baixa nesta quarta-feira. O referencial recua 0,93%, aos 105.069 pontos. No dia anterior, o índice fechou em alta moderada de 0,14%, aos 106.163 pontos, depois de oscilar entre 105.121 e 106.474 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 21,10 bilhões.

Com o resultado desta sessão, a Bolsa acumula ganhos de 4,20% em abril e queda de 3,25% no ano.

Já o dólar acelera alta e sobe 0,91%, vendido a R$ 5,02.

9h15 O dólar abriu em alta nesta quarta-feira e retorna ao patamar de R$ 5 reais. A moeda americana opera com ganhos de 0,84%, vendida a R$ 5. Na véspera, o dólar fechou em alta de 0,81%, cotada a R$ 4,97. Com isso passou a acumular ganho de 1,245 na semana e desaceleração de 1,845 em abril e de 5,72% no ano.

O mercado repercute o texto do novo arcabouço fiscal que foi assinado e entregue ao Congresso Nacional ontem no final da tarde.

As novas regras estabelecem como compromisso um limite para o crescimento das despesas do governo com base no aumento das receitas recorrentes e define quais gastos estão sujeitos a esta regra.

O projeto também indica que as metas fiscais, assim como seus intervalos de tolerância, serão estabelecidas para este e para os próximos três anos, pela Lei de Diretrizes Orçamentárias.  A sinalização do governo é por um déficit de 0,5% do PIB em 2023 e equilíbrio nas contas públicas no ano que vem. Para 2025 e 2026, o projeto estabelece como meta um superávit de 0,5% e 1%, respectivamente.

Outro fator que mexe com os mercados nesta quarta-feira, é a divulgação da inflação no Reino Unido. O dado veio bem acima do esperado e com isso cresceu o temos de que o fim do aperto monetário no mundo deve estar mais distante.

A inflação dos preços ao consumidor de março caiu para uma taxa anual de 10,1%, disse o Escritório Nacional de Estatísticas, abaixo dos 10,4% em fevereiro, mas bem acima dos 9,8% previstos pelo mercado. “Os mercados pelo mundo operam bem abaixo em função dessa inflação mais alta que a estimada no Reino Unido. Os investidores estão mais cautelosos”, disse Cauê Pinheiro, estrategista do Banco Safra durante o Programa Radar Safra desta quarta-feira.

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