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Vale e Petrobras pressionam e Ibovespa fecha no vermelho; dólar sobe

A Bolsa caiu 1,24%, aos 108.867 pontos depois de oscilar entre 108.551 e 111.290 pontos; o volume de negócios foi de R$ 23,30 bilhões

Gráfico do mercado financeiro

Mercado analisa a sinalização de que o ciclo de baixa dos juros está mais próximo | Foto: Getty Images

Fechamento: O Ibovespa foi afetado pelo mau desempenho das ações de empresas ligadas às commodities e pela expectativa de votação do aumento do teto da dívida dos Estados Unidos no Senado Americano. Com isso, o índice fechou em queda firme de 1,24%, aos 108.867 pontos depois de oscilar entre 108.551 e 111.290 pontos. O volume de negócios do dia foi de R$ 23,30 bilhões.

Com o desempenho desta sessão, o referencial brasileiro acumula alta de 4,34%. Já no ano a Bolsa perde 0,70%.

Já o dólar fechou em alta de 0,60%, vendido a R$ 5,04 depois de oscilar entre R$ 5 e R$ 5,06.

“Dólar subiu com o fim do estresse em torno do teto de dívida dos Estados Unidos. Qualquer estresse faz com que o mercado comece a comprar dólar”, disse Ricardo Brasil, da Gava Investimentos. 

A Bolsa sofreu com a queda de ações que têm grande influência no índice, como Vale e Petrobras. A mineradora recuou 2,35%, influenciada pelo mau desempenho do minério de ferro no mercado à vista em maio. O preço da principal matéria-prima do aço cai 1,9% no mês e 11% no ano.

Já a Petrobras caiu 1,12% (PETR4) também puxada pela cotação do barril do Brent, o referência mundial. O preço do óleo caiu 4.58%, a US$ 73,54.

Os investidores repercutiram, ainda, as falas do presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, na noite anterior, que sinalizaram que a inflação está em um movimento de desaceleração.

Campos Neto participou de um evento em Fortaleza, na noite de ontem, e ressaltou que a inflação e seus núcleos estão caindo em vários países emergentes, inclusive na América Latina.

Nesse ponto, ele destacou que a inflação cheia no Brasil foi a que mais caiu entre os emergentes. No entanto, as médias de núcleos, observadas pelo BC, caem lentamente, o que demanda cuidado.

Segundo Cauê Pinheiro, estrategista do Banco Safra, as falas de Campos Neto foram em um tom mais positivo.

“O BC sinalizou que a inflação está em um movimento de desaceleração e os núcleos, apesar de desacelerarem, seguem um pouco mais resistente. Ainda tem um trabalho a ser feito, mas a tendência é positiva”, disse Pinheiro, durante o programa Morning Call desta terça-feira.

Além disso, os investidores monitoram a situação americana, após acordo para aumentar o teto da dívida. O plano precisa agora ser aprovado pelo Congresso, mas a data limite para aprovação é até 5 de junho. A última vez que o país chegou tão perto do calote foi em 2011.

Diante disto, o pior desempenho do dia foi da ação da CVC, que perdeu 3,87%. Petz recuou 3,72%, CSN, 3,77%, Usiminas, 2,88% e Vibra, 2,43%.

No lado positivo, IRB-Br ganhou 4,31%, Hapvida, 4,36%, Raízen, 1,98%, Dexco, 1,41% e CCR, 1,69%.

15h48 As contas do Governo Central registraram superávit primário em abril, quando a diferença entre as receitas e as despesas ficou positiva em R$ 15,604 bilhões, de acordo com o Tesouro Nacional. O resultado sucedeu o déficit de R$ 7,085 bilhões em março.

O saldo – que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – foi o melhor desempenho para o mês desde 2022, quando o resultado havia sido positivo em R$ 30,2 bilhões.

O dado de abril, porém, ficou dentro do intervalo das estimativas, que eram de saldo positivo entre R$ 9,700 bilhões e R$ 23,600 bilhões.

Nos quatro primeiros meses do ano, o resultado primário foi um superávit de R$ 47,165 bilhões, o melhor resultado desde 2022, quando chegou a R$ 84,675 bilhões.

Em abril, as receitas tiveram queda real de 1,5% em relação a igual mês do ano passado. No acumulado do ano, houve baixa de 2,2%. Já as despesas cresceram 8,1% em abril, já descontada a inflação. No acumulado de 2023, a variação foi positiva em 2,8%.

Em 12 meses até abril, o Governo Central apresenta superávit de R$ 22,3 bilhões.

A meta fiscal para este ano admite um déficit de até R$ 230 bilhões nas contas do Governo Central. (AE)

15h45 O Ibovespa diminui o ritmo de queda, mas ainda opera no vermelho. Bolsa perde 1,17%, aos 109.074 pontos. Já o dólar desacelera e sobe 0,56%, vendido a R$ 5,046.

15h20 O deputado democrata Brendan Boyle se disse confiante de que o último acordo sobre a dívida passe pelo Congresso nesta terça-feira, 30. Em entrevista à CNN, ele afirmou que tem certeza de que de “uma forma ou de outra a matemática vai dar certo e esse projeto de lei será enviado para todo o plenário da casa para votação e acredito que seja aprovado”.

Ele disse que espera que alguns integrantes do partido republicano, como o deputado Chip Roy, votem contrariamente as projeto no Comitê de Regras da Câmara, mas disse que, ainda assim, espera conseguir a aprovação.

Ontem, Roy posicionou-se contrário à aprovação do projeto: “Vamos tentar fazer não passar”, respondeu a um apoiador no Twitter. (AE)

13h56 A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que o aperto feito pela Câmara do limite para gastos sugerido pelo governo no novo arcabouço fiscal obriga um corte das despesas discricionárias da ordem de R$ 32 bilhões a R$ 40 bilhões. A ministra citou a estimativa ao pedir que o Senado não aumente as restrições do marco fiscal.

Diante da pressão do mercado por um arcabouço mais rígido, a ministra adiantou que e equipe econômica pretende explicar aos senadores que novos cortes podem restringir o espaço para as emendas parlamentares, com potencial também de atingir o custeio da máquina pública.

Se não der para restabelecer um ponto ou outro, que permaneça o arcabouço como está, porque restringir mais significa ter que cortar, inclusive, despesas com emendas parlamentares”, sustentou a ministra, explicando a necessidade de acomodar no orçamento os investimentos mínimos em saúde e educação. (AE)

13h51 A ministra do Planejamento, Simone Tebet, reconheceu que o governo terá mais trabalho para aprovar a reforma tributária no Senado. Ela prevê que a Casa deverá levar todo o segundo semestre para discutir e votar a matéria, enquanto que, na Câmara, a expectativa é de o texto ser aprovado até o meio do ano. Apesar da ponderação, Tebet se mostrou otimista com o avanço do tema.

“Nunca vi momento tão propicio para a reforma tributária. Nenhum estado ou município vai perder nos próximos 20 anos. Para quem acompanha de perto há muito tempo, reforma tributária nunca esteve tão madura para votar”, disse Tebet em live promovida pelo O Globo e Valor Econômico. (AE)

13h46 Vale despenca 2,66% e Petrobras recua firme 1,24% (PETR4) e pressionam a Bolsa para o campo negativo. O Ibovespa cai 1,61%, aos 108.635 pontos.

Já o dólar sobe forte 0,80%, vendido a R$ 5,057.

11h50 Ibovespa segue em queda firme e perde 1,15%, aos 109.059 pontos. Vale aprofunda baixa e se desvaloriza 1,87% e a Petrobras recua 0,79% (PETR4) e 0,87% (PETR3).

O dólar sobe 0,67%, vendido a R$ 5,052.

11h33 A ministra do Planejamento, Simone Tebet, defendeu nesta terça-feira, 30, que, apesar de as metas de resultado primário do governo federal serem “desafiadoras”, o objetivo é “crível”. Para 2023, a equipe econômica quer alcançar um déficit primário de cerca de 1%. “Vamos reduzir déficit primário pelo menos pela metade neste ano”, reforçou Tebet em live promovida pelo Valor Econômico e O Globo.

Ela foi questionada sobre o esforço que o governo terá para bancar as metas, a partir do novo arcabouço, diante dos desafios do ponto de vista da receita. “Meu papel é ser mais fiscalista, fazer caber demandas em arcabouço sustentável”, destacou, voltando a defender uma revisão periódica de gastos para garantir a qualidade e a eficiência das políticas públicas. “Saímos da pandemia com déficits social e fiscal. Tivemos que fazer PEC para repor políticas públicas”, disse.

Também na live, o secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo, afirmou ainda não ser possível fazer o “mesmo ajuste de sempre”, que afeta as políticas que atendem a população mais pobre do País.

“Seria reproduzir algo feito na história do País”, afirmou Galípolo, para quem está ficando “muito claro” que a Fazenda investe no movimento de explicitar renúncias fiscais que existem “há muito tempo” e precisam ser avaliadas por não se revelaram “a maneira mais interessante de subsídio”. “É preciso separar criação de impostos, que temos evitado, com evidenciar renúncias (…) Nossa preferência é por esforço fiscal no mais progressivo”, comentou. (AE)

11h26 Ibovespa aprofunda queda após desvalorização maior das empresas ligadas às commodities. Bolsa recua 0,97%, aos 109.291 pontos. A Vale perde 1,72 e a Petrobras (PETR4), 0,60% e 0,57% (PETR3).

Já o dólar segue em trajetória altista. A moeda americana ganha 0,63%, vendida a R$ 5,051.

11h25 Mesmo após o fim do ciclo de alta da Selic, o juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito subiu 14,4 pontos porcentuais de março para abril, informou nesta terça-feira, 30, o Banco Central. A taxa passou de 433,3% (dado revisado) para 447,7% ao ano, o maior patamar desde março de 2017 (490,3%).

O rotativo do cartão, juntamente com o cheque especial, é uma modalidade de crédito emergencial, muito acessada em momentos de dificuldades.

No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro passou de 193,2% (dado revisado) para 200,7% ao ano, o maior valor da série disponibilizada pelo BC, iniciada em março de 2011. Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 102,4% (dado revisado) para 104,8%. (AE)

10h48 Bolsa inverte e rumo e cai puxada por Vale. Ibovespa recua 0,41%, aos 109.935 pontos. A mineradora perde 0,97%.

Já o dólar avança 0,52%, vendido a R$ 5,045.

10h10 Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, abriu esta terça-feira em alta. O índice sobe 0,71%, aos 111.120 pontos. No dia anterior, a Bolsa recuou 0,52%, aos 110.333 pontos, depois de oscilar entre 110.195 e 111.168 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 11,90 bilhões.

O resultado desta sessão fez o Ibovespa acumular alta de 5,65% em maio e de 0,55% no ano.

Já o dólar segue no campo positivo e avança 0,48%, vendido a R$ 5,043

9h54 A moeda americana inverteu a rota e passa a subir. O dólar sobe 0,54%, vendido a R$ 5,04.

9h10 O dólar abre em queda nesta terça-feira, após retornar para o patamar dos R$ 5. A moeda americana recua 0,14%, vendida a R$ 5,00.

No dia anterior, a divisa subiu 0,49%, cotada a R$ 5,01. Com o resultado, o dólar acumula alta de 0,50% em maio. Já no ano, a moeda se desvaloriza 5,03% em relação ao real.

Os investidores repercutem as falas do presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, que sinalizou que a inflação está em um movimento de desaceleração.

Campos Neto participou de um evento em Fortaleza, na noite de ontem, e ressaltou que a inflação e seus núcleos estão caindo em vários países emergentes, inclusive na América Latina.

Nesse ponto, ele destacou que a inflação cheia no Brasil foi a que mais caiu entre os emergentes. No entanto, as médias de núcleos, observadas pelo BC, caem lentamente, o que demanda cuidado.

Segundo Cauê Pinheiro, estrategista do Banco Safra, as falas de Campos Neto foram em um tom mais positivo.

“O BC sinalizou que a inflação está em um movimento de desaceleração e os núcleos, apesar de desacelerarem, seguem um pouco mais resistente. Ainda tem um trabalho a ser feito, mas a tendência é positiva”, disse Pinheiro, durante o programa Morning Call desta terça-feira.

Além disso, os investidores monitoram a situação americana, após acordo para aumentar o teto da dívida. O plano precisa agora ser aprovado pelo Congresso, mas a data limite para aprovação é até 5 de junho. A última vez que o país chegou tão perto do calote foi em 2011.

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