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Bolsa cai mesmo com alta firme da Petrobras; dólar recua

Bolsa perdeu 0,37%, aos 101.506 pontos, depois de oscilar entre 100.650 e 101.915 pontos; o volume financeiro do dia foi de R$ 21,6 bilhões

Investidor analisa gráfico do mercado financeiro

Mercado repercutiu o corte surpresa na produção de petróleo pelos países da Opep | Foto: Getty Images

Fechamento: O Ibovespa fechou o dia em queda com as questões do novo arcabouço fiscal ainda pesando no índice. Nem mesmo a alta dos papéis da Petrobras deram força para a Bolsa encerrar o dia no azul.

Nesta sessão, o referencial brasileiro perdeu 0,37%, aos 101.506 pontos, depois de oscilar entre 100.650 e 101.915 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 21,6 bilhões.

Com este desempenho, a Bolsa acumula queda de 7,50% no ano.

O dólar fechou em leve alta de 0,05%, vendido a R$ 5,06 depois de oscilar entre R$ 5,04 e R$ 5,08. Com o resultado, o dólar acumula queda de 4,33% no ano.

O corte surpresa na produção de petróleo pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) anunciado nesta segunda-feira, deu fôlego para os papéis da Petrobras.

As ações da estatal subiram 4,76% (PETR3) e 4,43% (PETR4). Já a PetroRio evoluiu 3,88%. As petroleiras terminaram o dia na lista das maiores altas, assim como a Natura, que ganhou 2.80% e Suzano com valorização de 2,74%.

Para Apolo Duarte, da AVG Capital, o Ibovespa mantém a trajetória de  queda. “O mercado está digerindo ainda a questão fiscal. Quando houve a divulgação, a princípio, houve uma melhora de humor no mercado, mas depois, os investidores digeriram melhor, e a situação mudou. De fato, existe a possibilidade de um incremento grande de dívida para os próximos anos e isso preocupa o mercado”, disse.

Cauê Pinheiro, estrategista do Banco Safra, disse que o mercado, agora, opera em compasso de espera para saber de onde sairá o dinheiro para o governo cumprir as metas de zerar o déficit em 2024 e gerar superávit nos anos seguinte.

“Vai haver necessidade de aumento de receita, por isso, o mercado está em compasso de espera de onde viria esse crecimento na arrecadação. No reajuste ou criação de impostos e se o desenho vai se manter inalterado no Congresso. Isso pode fazer preço na Bolsa”, disse Pinheiro.

Entre os piores desempenhos do dia, o destaque ficou com as empresas mais ligadas à economia local. Hapvida caiu 6,49%, Lojas Renner perdeu 7%, Grupo Soma, 5,80%, Marfrig, 5,12% e Assaí, 4,95%.

15h32 Ibovespa se mantém no vermelho. Bolsa recua 0,81%, aos 101.059 pontos. Dólar acelera alta e sobe 0.24%, vendido a R$ 5,07.

15h30 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira, 3, que o governo já sabia desde seu início que teria de enfrentar “jabutis tributários”, que vêm trazendo efeitos desastrosos à economia brasileira. “Temos um sistema tributário caótico”, comentou, em entrevista à GloboNews.

O chefe da equipe econômica disse que o governo tem sofrido problemas de natureza tributária, e além das derrotas da Receita no Supremo Tribunal Federal – a exemplo da exclusão ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins -, há também normas que geram questionamento antes mesmo da Corte se manifestar.

Haddad citou como exemplo o prejuízo entre R$ 85 bilhões e R$ 90 bilhões aos cofres públicos da extensão do conceito de subvenção dos Estados de investimentos para custeio. “Queremos corrigir, restringir o conceito de investimento.”

O ministro listou que dos R$ 100 bilhões perdidos com a exclusão de ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins, R$ 30,0 bilhões já foram recuperados com medida provisória publicada pelo governo no início do ano.

Haddad afirmou que um segundo conjunto de medidas será feito e deve recuperar as perdas com Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL). (AE)

15h09 A Petrobras anunciou nesta segunda-feira, 3, reajuste médio de 1,78% no preço do querosene de aviação (QAV), em relação ao mês passado. Se comparado o preço praticado em janeiro de 2022, com o de abril de 2023, a alta do combustível dos aviões é de 40%, segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).

A entidade destaca que o QAV responde por cerca de 40% dos custos de uma companhia aérea, que por sua vez têm uma parcela de quase 60% dolarizada.

“O preço do QAV permanece sendo um dos maiores desafios para a aviação comercial brasileira, que é muito impactada pelo atual cenário de intensa volatilidade das cotações do dólar e do combustível”, afirma o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz. (AE)

14h46 Ibovespa opera em queda de 0,81%, aos 101.032 pontos. O desempenho da Bolsa não reflete a alta das ações da Petrobras que dispararam com a alta dos preços do petróleo. Os papéis da estatal avançam 3,47% (PETR3) e 3,22% (PETR4). Já o dólar sobe de forma moderada e evoluiu 0,04%, vendido a R$ 5,06.

14h45 Os mercados acionários da Europa fecharam mistos nesta segunda-feira, 3, em uma sessão marcada por temores com a inflação global, à medida que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados anunciou que fará cortes adicionais voluntários em sua produção da commodity. Contudo, papéis de petroleiras saltaram e apoiaram os principais índices acionários do continente.

Em Londres, o FTSE 100, subiu 0,54% a 7.673,00 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, caiu 0,31%, a 15.580,92 pontos. O CAC 40, em Paris, avançou 0,32%, a 7.345,96 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em alta de 0,24%, a 27.179,375 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 perdeu 0,22%, a 9.212,07 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 avançou 0,53%, a 6.078,72 pontos. (AE)

13h13 O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria dos Estados Unidos, elaborado pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês), caiu, pelo quinto mês consecutivo, de 47,7 em fevereiro para 46,3 em março.

Analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal previam um recuo mais tímido, a 47,3.

O subíndice de preços caiu de 51,3 em fevereiro para 49,2 em março. O de empregos caiu de 49,1 para 46,9, enquanto o de novas encomendas recuou de 47,0 para 44,3 na mesma marcação.

O de produção subiu de 47,3 para 47,8, e o de estoques recuou de 50,1 para 47,5 na comparação mensal. (AE)

12h48 Dólar se mantém no campo positivo e sobe 0,11%, cotado a R$ 5,06. O Ibovespa recua mas retoma os 101 mil pontos. Bolsa cai 0,82%, aos 101.047 pontos.

11h05 Ibovespa aprofunda perdas e perde os 101 mil pontos. Bolsa recua 1,09%, aos 100.773 pontos. Já o dólar se mantém em alta moderada de 0,06%, vendido a R$ 5,06.

10h26 Bolsa aprofunda queda e recua 0,82%, aos 101.032 pontos. Dólar vira para alta de sobe 0.18%, vendido a R$ 5,07.

10h17 A projeção do mercado para a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023 aumentou no Boletim Focus divulgado na manhã desta segunda-feira, 3, de 5,93% para 5,96%. Um mês antes, a mediana era de 5,90%.

Para 2024, horizonte cada vez mais relevante para a estratégia de convergência à inflação do Banco Central, a projeção permaneceu em 4,13% na última semana, contra 4,02% de quatro semanas atrás.

Já a mediana para a alta do PIB em 2023 seguiu em 0,90%, contra 0,85% há um mês. Considerando apenas as 33 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2023, por sua vez, recuou de 0,98% para 0,85%.

Para 2024, o Relatório Focus mostrou mudança na perspectiva de crescimento do PIB de 1,40% para 1,48%, contra 1,50% de um mês atrás. Considerando apenas as 29 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB de 2024 também melhorou, de 1,40% para 1,50%.

Para a taxa básica de juros ficou estável para o fim de deste ano no Boletim Focus. No mês passado, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic em 13,75% ao ano pela quinta reunião seguida.

A mediana para os juros básicos no fim de 2023 seguiu em 12,75% ao ano, enquanto para o término de 2024 continuou em 10,00%. Há quatro semanas, as estimativas já estavam nesse patamar. Considerando apenas as 63 respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2023 passou de 12,75% para 12,50%. Para o fim de 2024, permaneceu em 10,00%, com 60 atualizações na última semana. (AE)

10h10 O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, abre em certa estabilidade, com leve alta de 0,03%, aos 101.915 pontos. Na sexta-feira, o índice

fechou em queda de 1,77%, aos 101.882 pontos, depois de oscilar entre 101.475 e 104.040 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 26,4 bilhões.

Com este desempenho a Bolsa acumulou alta de 3,09% na semana. Em março, o índice caiu 2,91% e no ano, a desvalorização é de 7,16%.

O dólar também opera em estabilidade em queda moderada de 0,04%, vendido a R$ 5,06.

9h20 O dólar abre a semana mais curta em baixa, seguindo a tendência da sexta-feira. A moeda americana opera em queda de 0,25%, vendida a R$ 5,05.

Na sexta-feira, a moeda divisa teve queda de 0,55%, cotada a R$ 5,06 — menor patamar desde o dia 2 de fevereiro (R$ 5,04). Com o resultado, o dólar fechou o mês de março em queda de 2,98%. No ano, o recuo acumulado é de 3,96%.

De acordo com Luana Nunes, do Banco Safra, o dólar sinaliza que deve seguir em queda nesta sessão.

Um fator que pode mexer muito no mercado nesta segunda-feira é a decisão da Opep+, que anunciou um corte surpresa na produção de petróleo que vai ultrapassar 1 milhão de barris por dia.

O anúncio surpreendeu o mercado, já que o cartel mundial do petróleo já havia dado garantias de que manteria a oferta estável. A Arábia Saudita liderou a decisão, anunciando corte de 500 mil barris por dia a partir de maio.

O petróleo caiu para uma mínima de 15 meses em março durante a turbulência provocada pela quebra do banco americano Silicon Valley Bank e posterior resgate do Credit Suisse.

Os preços se recuperaram desde então, com sinais de estabilização da crise bancária. O petróleo tipo Brent fechou pouco abaixo de US$ 80 o barril na sexta-feira, em alta de 14% em relação à mínima de março, informou a agência Bloomberg.

O novo corte tende a se refletir nos preços nos próximos dias, o que pode beneficiar as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) e outras empresas do setor.

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