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Bolsa diminui as perdas no final após alta da Petrobras; dólar recua

A Bolsa perdeu 0,88%, aos 100.977 pontos, depois de oscilar entre 99.897 e 101960 pontos; o volume financeiro do dia foi de R$ 23,3 bilhões

Gráfico do mercado financeiro

Ações ligadas às commodities ditaram os negócios na Bolsa brasileira nesta sessão| Foto: Getty Images

Fechamento: O Ibovespa fechou em queda nesta quarta-feira, apesar de ter se recuperado no final da sessão. A Bolsa perdeu 0,88%, aos 100.977 pontos, depois de oscilar entre 99.897 e 101960 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 23,3 bilhões.

Com o resultado, a Bolsa acumula queda de 0,89% na semana e de de 7,98% no ano.

O dólar fechou em baixa de 0,64%, vendido a R$ 5,04, depois de oscilar entre R$ 5,01 e R$ 5,07. O resultado fez a moeda americana acumular queda de 0,38% no mês. No ano, a queda de 4,35%.

A melhora do desempenho do Ibovespa veio logo após a virada de direção das ações da Petrobras. Os papéis da estatal operavam em queda firme boa parte do pregão, mas um cominicado ao mercado informando que não não recebeu nenhuma proposta do Ministério das Minas e Energia (MME) a respeito da alteração da política de preços, deixou o mercado mais aliviado.

“A Petrobras reafirma seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado nacional, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais”, diz no documento.

Na sequência, a empresa confirma não ter recebido nenhuma proposta do Ministério das Minas e Energia a respeito da alteração da Política de Preços. Os papéis da estatal fecharam com ganhos de 0,33% (PETR4) e 0,15% (PETR3).

“Como a Bolsa tem um forte peso em commodities, isso foi refletido negativamente nas ações e no Ibovespa, com esses papéis puxando o índice para baixo”, disse, André Fernandes, da A7 Capital.

Entre os piores desempenhos do dia, o destaque foram a Natura, que despencou 9,61%, Alpargatas perdeu 9,73%, Assaí, 4,77%, Hapvida, 4,84% e Arezzo, 5,09%.

Já na ponta positiva, Via Varejo ganhou 6,33%, EcoRodovias, 5,51%, Braskem, 3,35%, MRV, 2,39% e Qualicorp, 2,77%.

16h30 Na reta final do pregão, Ibovespa diminui as perdas, com melhora da Petrobras. A estatal virou para o campo positivo e, neste momento, sobe 0,78% (PETR4). Com isso, o referencial brasileiro melhorou a performance e recua 0,94%, aos 100.935 pontos. A Vale, no entanto, se mantém no vermelho e se desvaloriza 1,82%.

O dólar, por sua vez, segue vendido a R$ 5,05, em desvalorização de 0,35%.

14h30 O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços dos Estados Unidos, medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) recuou de 55,1 em fevereiro a 51,2 em março. Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal esperavam queda menor, a 54,3.

O subíndice de preços teve baixa de 65,6 em fevereiro a 59,5 em março. O de emprego caiu de 54,0 em fevereiro a 51,3 em março, enquanto o de novas encomendas passou de 62,6 a 52,2.

14h20 Os principais mercados acionários da Europa fecharam na maioria em queda nesta quarta-feira, 5, após uma rodada de índices de gerentes de compras (PMI) que avançaram, porém, vieram mais fracos que o esperado.

Em Londres, o FTSE 100, subiu 0,37% a 7.662,94 pontos. Já o índice DAX, em Frankfurt, caiu 0,53%, a 15.520,17 pontos. O CAC 40, em Paris, perdeu 0,39%, a 7.316,30 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em queda de 0,59%, a 26.867,39 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 subiu 0,90%, a 9.239,95 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 avançou 0,38%, a 6.082,12 pontos.

Pesquisa da S&P Global mostrou que o PMI de serviços da zona do euro avançou abaixo da estimativa inicial. O mesmo ocorreu com o PMI composto do bloco. O PMI de serviços da Alemanha também decepcionou, mas o do Reino Unido superou as expectativas. (AE)

14h18 A Petrobras informou nesta quarta-feira, 5, que não recebeu nenhuma proposta do Ministério das Minas e Energia (MME) a respeito da alteração da política de preços. A estatal se pronunciou por meio de comunicado ao mercado após falas do ministro da pasta Alexandre Silveira.

Mais cedo, ele reforçou que o governo deve atuar para mudar a atual política de preços conhecida como preço de paridade de importação (PPI).

“A Petrobras reafirma seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado nacional, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais”, diz no documento.

Na sequência, a empresa confirma não ter recebido nenhuma proposta do Ministério das Minas e Energia a respeito da alteração da Política de Preços.

A companhia diz ainda que “ajustes de preços de produtos são realizados no curso normal de seus negócios”, em razão do contínuo monitoramento dos mercados, o que compreende, dentre outros procedimentos, a análise diária do comportamento de nossos preços relativamente às cotações internacionais, o seu market share, dentre outras variáveis.

Neste momento, os papéis da companhia perdem perto de 1%, 1,18% (PETR4) e 0,99% (PETR3).

14h10 Bolsa permanece operando nos 100 mil pontos. Ibovespa recua 1,19%, aos 100.660 pontos. Dólar se desvaloriza 0,30%, vendido a R$ 5,05.

12h15 O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, reconheceu os efeitos do aperto monetário sobre a atividade econômica, mas reiterou que a autoridade monetária vai perseguir as metas de inflação. Em fórum do Bradesco BBI, Campos Neto afirmou que o BC tem procurado um equilíbrio entre os custos do combate à inflação e os de não combatê-la. Nesse sentido, disse que perseguir a meta já em 2023 nunca foi o objetivo, uma vez que demandaria juros muito altos.

Mesmo assim, observou mais de uma vez durante o evento que o preço de enfrentar a inflação é, no longo prazo, menor do que o de deixar os preços subirem descontroladamente para poupar a atividade econômica no curto prazo.

Campos Neto disse não ser verdade que a inflação seja só de oferta, sem relação com pressões vindas da demanda. Assim, deixou mais uma vez claro que a função do BC é combater efeitos secundários da inflação, citando a alta de preços dos serviços e dos núcleos ainda altos.

Em relação a usar como referência o núcleo, ao invés do IPCA cheio, nas decisões de política monetária, o presidente do BC avaliou que este é um debate técnico. Observou, no entanto, que, em países emergentes, o mais comum é dar maior peso à inflação cheia, mesmo quando os núcleos sejam observados.

Campos Neto minimizou também os estouros de meta da inflação nos últimos anos. “Países com inflação mais baixa furam metas tanto ou mais que o Brasil”, comparou o presidente do BC, acrescentando que não vê problemas com o sistema de metas de inflação no Brasil. (AE)

12h Ibovespa tenta se manter nos 100 mil pontos. Bolsa recua 1,65%, aos 100.190 pontos. Vale diminui as perdas, mas ainda opera no vermelho, 1,83%. A Petrobras cai forte a 2,76%. O dólar permanece em queda e recua 0,37%, vendido a R$ 5,05.

11h37 O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quarta-feira, 5, que a apresentação do novo arcabouço fiscal elimina o risco de trajetória explosiva da dívida pública. Em fórum do Bradesco BBI, Campos Neto disse reconhecer o “grande esforço” feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pelo governo.

“Reconhecemos o esforço. Vamos observar como será o processo de aprovação no Congresso. Mas para quem tinha esse risco de cauda precificado, de trajetória de dívida descoordenada, isso foi eliminado”, comentou o presidente do BC.

Ele voltou a ponderar, porém, que não existe relação mecânica entre fiscal e taxa de juros, ainda que exista atenção do BC sobre como as medidas anunciadas afetam as expectativas de inflação.

Em aceno de paz ao governo, o presidente do Banco Central disse reconhecer os esforços de ajuste das contas públicas e pediu parcimônia do mercado na cobrança por redução de despesas.

Durante o fórum do Bradesco BBI, Campos Neto lembrou do histórico de retrocessos nos ajustes fiscais tentados no País e observou que a redução das despesas obrigatórias só vem com reformas. Considerou, assim, injusta a cobrança de mais cortes de gastos.

“O ajuste das despesas obrigatórias vem com reformas, a mais longo prazo. Temos que dar mais credibilidade para o que o governo tem feito nesse sentido”, declarou Campos Neto.

Ele admitiu, por outro lado, que a mudança de governo pode ter estimulado um aumento de prêmio nos juros e apontou os efeitos do que chamou de “ruídos” no canal de expectativas, o que dificulta o trabalho do BC em conduzir a inflação para a meta. (AE)

11h24 Piora dos desempenhos da Vale e Petrobras faz com que Ibovespa opere em queda firme. A Bolsa recua, neste momento, a 1,48%, aos 100.361 pontos. A mineradora despenca 2,33% e a estatal 2,80% (PETR4). O dólar segue em trajetória baixista e recua 0,59%, vendido a R$ 5,04.

11h22 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira, 5, que o governo enviará ao Senado os nomes dos indicados para diretorias do Banco Central após o retorno do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, de sua viagem à China, na próxima semana.

“O presidente Lula me deu as diretrizes para resolver e depois da China vamos encaminhar os nomes ao Senado”, disse o ministro, ao deixar a sede da Pasta.

Os nomes para as diretorias de Fiscalização e de Política Monetária do BC precisam ser sabatinados pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e aprovados pelo plenário do Senado para ocuparem as vagas, com mandatos de quatro anos.

Na semana passada, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, revelou que não tinha sido consultado pelo governo sobre as indicações, mas lembrou que elas cabem integralmente a Lula. Na segunda-feira, 3, ele foi recebido por Haddad em reunião no fim da tarde. (AE)

10h57 A balança comercial dos Estados Unidos exibiu déficit comercial de US$ 70,5 bilhões em fevereiro, maior que o déficit de US$ 68,7 bilhões de janeiro (dado revisado nesta quarta-feira, de US$ 68,3 bilhões antes informado), segundo dados do Departamento do Comércio. Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam um déficit menor, a US$ 69,1 bilhões.

As exportações tiveram queda mensal, de US$ 258,1 bilhões em janeiro para US$ 251,2 bilhões em setembro. As importações também caíram ante janeiro, de US$ $326,7 bilhões a US$ 321,7 bilhões. (AE)

10h28 Após um ínicio de pregão operando em estabilidade, a Bolsa passou a operar no campo negativo e, neste momento, perde 0,53%, aos 101.348 pontos. Vale e Petrobras recuam firme e puxam o índice para vermelho. A mineradora recua 1,01% e a estatal cai 1,11% (PETR4).

Já o dólar se mantém no terreno negativo e se desvaloriza 0,35%, vendido a R$ 5,05.

10h10 O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, abriu em estabilidade, aos 101.882 pontos, com ganhos de 0,01%. Na véspera, a Bolsa subiu 0.36%, aos 101.869 pontos, depois de oscilar entre 101.504 e 103.055 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 20,3 bilhões.

Com o resultado desta terça-feira, o referencial brasileiro acumula queda de 7,17% no ano.

Já o dólar aprofunda queda e perde 0,26%, vendido a R$ 5,05.

10h07 O setor privado dos Estados Unidos criou 145 mil empregos em março, segundo pesquisa com ajustes sazonais divulgada nesta quarta-feira, 5, pela ADP. O resultado veio bem abaixo da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de geração de 210 mil postos de trabalho no mês passado.

Já o número de empregos criados em fevereiro foi revisado para cima, de 242 mil a 261 mil.

A pesquisa da ADP, que adotou nova metodologia no ano passado, também mostrou que os salários no setor privado tiveram expansão média anual de 6,9% em março. Na próxima sexta-feira, dia 7, os EUA divulgam seu relatório oficial de emprego, conhecido como “payroll”, que engloba dados dos setores privado e público. (AE)

9h20 O dólar abriu em queda nesta quarta-feira com os investidores de olho na divulgação de dados econômicos nos Estados Unidos.

A moeda americana recua 0,13%, vendida a R$ 5,06. Na véspera, o dólar fechou em alta de 0,22%, vendido a R$ 5,08, depois de oscilar entre R$ 5,05 e R$ 5,09.

Com o resultado, o dólar passou a acumular ganhos de 0,26% no mês. No ano, no entanto, ainda acumula perda de 3,71%.

Nos Estados Unidos, o Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) publica o PMI de serviços de março. O PMI é um dos indicadores que medem o nível de atividade econômica do país. O dado de fevereiro mostrou uma leve desaceleração da atividade, passando de 55,2 pontos para 55,1 pontos.

Para março, a estimativa do mercado é de que ocorra uma queda maior no setor de serviços. O consenso é de que o PMI fique em 54,5 pontos.

O indicador pode dar pistas aos investidores sobre os rumos da política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central americano). Os dados divulgados nesta semana geraram a expectativa no mercado de que a autoridade americana pode arrefecer a alta dos juros.

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