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Petrobras pressiona e Ibovespa fecha em queda; dólar recua a R$ 5,25

A Bolsa perdeu 0,18%, aos 102.932 pontos, depois de oscilar entre 102.482 e 104.153 pontos; o volume dos negócios do dia foi de R$ 22,6 bilhões

Gráficos do mercado financeiro

Investidores ficaram de olho nos passos do Fed em relação aos juros nos EUA e na nova regra fiscal no Brasil | Foto: Getty Imges

Fechamento: Após passar boa parte da sessão no azul, o Ibovespa mudou a direção ao final e fechou em queda. A Bolsa perdeu 0,18%, aos 102.932 pontos, depois de oscilar entre 102.482 e 104.153 pontos. O volume dos negócios do dia foi de R$ 22,6 bilhões.

Com o resultado deste pregão, o referencial brasileiro acumula perdas de 1,91% em março e no ano, a baixa é de 6,20%.

O Ibovespa foi na contramão das bolsas no exterior que fecharam em alta. Dow Jones subiu 1,05%, S&P 500, 1,67% e Nasdaq, 2,14%.

Nos EUA, a inflação ao consumidor (CPI) de fevereiro veio em 0,4% na comparação mensal, em linha com o consenso.

“Com isso, o mercado volta a precificar uma chance a alta dos juros pelo Fed, em 0,25 pontos percentual em março, segundo o Cme Group”, Lucas Almeida, da AVG Capital. “Além disso, salvo uma piora na incerteza envolvendo o sistema financeiro americano, vemos pouco espaço para os 75 bps de cortes precificados na curva futura para esse ano.”

O que pesou no índice nesta sessão, foram o desempenho das ações da Petrobras, com grande participação no Ibovespa, e a possibilidade da nova regra fiscal ser apresentada ainda esta semana. Os papéis da estatal perderam 1,94% (PETR4) e 2,04% (PETR3).

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, pediu que seus assessores marquem uma agenda ainda nesta semana para que a equipe econômica apresente a proposta de novo arcabouço fiscal a ele e ao ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Haddad repetiu a intenção de tornar pública a proposta de lei complementar – já com o aval de Lula – ante da viagem presidencial à China, no fim da próxima semana. “O nosso cronograma está em dia”, afirmou, ao retornar ao edifício da Pasta.

Entre as piores performances do dia, os destaques foram Natura, que derreteu 17,29%. CVC despencou 9,01%, Rede D’Or com perdas de 4,95%, Qualicorp, 5,05% e Lojas Renner, 4,16%.

Já no lado positivo, Raízen subiu 3,82%, Embraer ganhou 3,88%, Ambev evoluiu 2,65%, Azul, 2,58% e CPFL, 2,42%.

17h O dólar fechou em baixa esta terça-feira. A moeda americana se desvalorizou 0,22%, vendida a R$ 5,25, depois de oscilar entre R$ 5,22 e R$ 5,26. Com o resultado desta sessão, a divisa acumula alta de 0,61% no mês, mas tem queda de 0,40% no ano.

A Bolsa se firmou no campo negativo e perde, neste momento, 0,29%, aos 102.819 pontos.

16h47 O petróleo recuou mais de 4% nesta terça-feira, após dados de inflação ao consumidor nos Estados Unidos renovarem expectativa por aumento de 25 pontos-base na próxima reunião do Federal Reserve (Fed).

A continuidade do aperto monetário levanta incertezas sobre a demanda da commodity no país, em meio também a turbulências no sistema bancário.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para abril fechou em queda de 4,64% (US$ 3,47), a US$ 71,33 o barril, enquanto o Brent para maio, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), caiu 4,11% (US$ 3,32), a US$ 77,45 o barril. (AE)

16h12 Na reta final do pregão, Ibovespa se firma no campo negativo. Bolsa perde 0,45%, aos 102.653 pontos. Já a moeda americana se valoriza 0,16% frente ao real. O dólar é vendido neste momento a R$ 5,25.

15h09 Ibovespa muda a direção, cai e perde os 103 mil pontos. Ibovespa recua 0,13%, aos 102.990 pontos. Dólar sobe 0,07%, vendido a R$ 5,25.

14h56 Bolsa perde fôlego e opera em estabilidade, em 103.141 pontos. Petrobras vira para queda e perde 0,25% (PETR4). O dólar também está estável neste momento, em leve alta de 0,04%, vendido a R$ 5,24.

14h52 Após reunião ministerial no Palácio do Planalto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira, 14, que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, pediu que seus assessores marquem uma agenda ainda nesta semana para que a equipe econômica apresente a proposta de novo arcabouço fiscal a ele e ao ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Haddad repetiu a intenção de tornar pública a proposta de lei complementar – já com o aval de Lula – ante da viagem presidencial à China, no fim da próxima semana. “O nosso cronograma está em dia”, afirmou, ao retornar ao edifício da Pasta.

O ministro apresentou a proposta de novo arcabouço nesta terça ao vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin. “A reunião foi muito boa. Apresentamos a proposta e a reação dele foi muito boa”, limitou-se a comentar. (AE)

14h40 A Moody’s informa que alterou sua perspectiva para o sistema bancário dos Estados Unidos, de estável para negativa, o que reflete a “rápida deterioração do ambiente operacional após corridas pelos depósitos no Silicon Valley Bank, no Silvergate Bank e no Signature Bank e a falência do SVB e do SNB”.

Em comunicado, a agência argumenta que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) deve continuar com o seu ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos, como resultado do cenário de deterioração presente de bancos como os três citados.

O aumento de taxas constante pode “aprofundar os desafios” de mais alguns bancos do país, diz também.

A agência comenta que bancos com “perdas substanciais de títulos não realizados e com depositantes não varejistas e não segurados nos EUA” podem ser os mais sensíveis à continuidade do aperto monetário.

Por outro lado, bancos com menos perdas em títulos e uma capitalização mais forte poderão ser beneficiados pelo aperto. “O Fed não deve parar com os aumentos de taxas de juros até que a inflação retorne a sua meta de 2%”, afirma. (AE)

13h53 O Departamento de Justiça (DoJ) dos Estados Unidos e a Securities and Exchange Comission (SEC, a CVM norte-americana) estão investigando o colapso do Silicon Valley Bank (SVB), de acordo com fontes, após reguladores assumirem o controle banco na semana passada.

As investigações separadas estão em suas fases preliminares e podem não resultar em acusações ou alegações de irregularidades.

Promotores e reguladores geralmente abrem investigações depois que instituições financeiras ou empresas públicas sofrem perdas grandes e inesperadas.

As investigações também estão examinando as vendas de ações que os diretores do SVB Financial Group (controladora do SVB) fizeram dias antes da falência do banco, disseram as fontes.

A diligência do Departamento de Justiça envolve os promotores de fraude do departamento em Washington e San Francisco. (AE)

13h48 Ibovespa sobe 0,40%, aos 103.538 pontos. Dólar muda a rota e sobe levemente a 0,05%, vendido a R$ 5,25.

12h10 Petrobras opera em alta forte e puxa o Ibovespa para o campo positivo. Petroleira ganha 1,45% (PETR4) e 1,16% (PETR3). Com isso, a Bolsa sobe 0,38%, aos 103.513 pontos. Já dólar diminuiu o ritmo de queda e é vendido a R$ 5,23, em desvalorização de 0,26%.

11h04 Ibovespa acelera alta e sobe 0,77%, aos 103.911 pontos. Dólar se mantém vendido a R$ 5,22, em baixa de 0,36%.

10h28 A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve sua previsão de alta na demanda global por petróleo em 2023, em 2,3 milhões de barris por dia (bpd), segundo relatório mensal publicado nesta terça-feira, 14.

Para o resultado de 2022, o cartel reafirmou sua estimativa de aumento na demanda global em 2,5 milhões de bpd.

Apenas a demanda em países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) deverá crescer cerca de 200 mil bpd este ano, projeta a Opep. Fora da OCDE, a previsão é de avanço em torno de 2,1 milhões de bpd no consumo em 2023.

A Opep manteve sua previsão para o aumento da oferta de petróleo entre países fora do grupo em 2023, em 1,4 milhão de bpd, segundo relatório mensal.

Os países que devem mais contribuir para o incremento da oferta em 2023 são EUA, Brasil, Noruega, Canadá, Casaquistão e Guiana, diz a Opep. Por outro lado, é esperada queda na oferta da Rússia.

Para 2022, a Opep reiterou sua estimativa de acréscimo da oferta em 1,9 milhão de bpd.

Ainda no relatório, a Opep informa que sua produção teve aumento de 117 mil bpd em fevereiro ante janeiro, para uma média de 28,92 milhões de bpd, de acordo com fontes secundárias. (AE)

10h12 O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, abriu em alta nesta terça-feira. A Bolsa sobe 0,35%, aos 103.475 pontos. No dia anterior, o índice perdeu 0,48%, aos 103.121 pontos, depois de oscilar entre 102.254 e 103.906 pontos. O volume dos negócios do dia foi de R$ 26,7 bilhões. Com o resultado desta sessão o referencial brasileiro acumula perdas de 1,73% em março e no ano, a baixa é de 6,03%.

O dólar se mantém no campo negativo e recua 0,34%, vendido a R$ 5,22.

9h54 O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos subiu 0,4% em fevereiro ante janeiro, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta terça-feira, 14, pelo Departamento do Trabalho. O resultado veio em linha com a mediana de analistas consultados pelo Projeções Broadcast.

Apenas o núcleo do CPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, avançou 0,5% na comparação mensal de fevereiro, superando o consenso de alta de 0,4% do mercado.

Na comparação anual, o CPI dos EUA subiu 6% em fevereiro, desacelerando em relação ao ganho de 6,4% de janeiro. Já o núcleo do CPI teve incremento anual de 5,5% no mês passado, perdendo força levemente ante o avanço de 5,6% de janeiro. Ambas as leituras anuais de fevereiro vieram em linha com as previsões de analistas. (AE)

9h15 O dólar abriu em baixa esta terça-feira, após uma valorização firme na véspera. A moeda americana cai 0,70%, vendida a R$ 5,23.

No dia anterior, a divisa fechou em alta de 1,16% na sessão, cotada a R$ 5,26. Com o resultado, a moeda acumula alta de 0,83% no mês, mas tem queda de 0,18% no ano.

Os investidores continuam monitorando o cenário de juros nos Estados Unidos. Com a quebra de dois bancos no país, a tendência é que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) seja menos contracionista na subida da taxa nas próximas reuniões.

A expectativa do mercado é que a partir de julho, a autoridade monetária já inicie o ciclo de baixa dos juros.

Os juros mais altos nos EUA aumentam a rentabilidade dos títulos públicos do país, que são considerados os mais seguros do mundo. Com isso, o dólar se valoriza frente às outras moedas e impacta principalmente países emergentes, como o Brasil.

Por aqui, a expectativa é da divulgação do novo arcabouço fiscal que deve substituir o teto de gastos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já adiantou que o texto já está em avaliação pelo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.

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