União Química vai produzir vacina russa EpiVacCorona
Laboratório brasileiro anunciou acordo de cooperação técnica com a russa Geropharma para a produção de nova vacina e insulina
06/06/2021A farmacêutica brasileira União Química fechou acordo de cooperação técnica com a russa Geropharma para a produção de insulina e de uma nova vacina contra a covid-19, a EpiVacCorona. A empresa divulgou a informação em seu site.
Segundo o presidente do laboratório brasileiro, Fernando de Castro Marques, para os dois projetos a companhia deverá investir de R$ 300 milhões a R$ 400 milhões para a para ampliação da capacidade de produção e nacionalização dos produtos.
A União Química pretende importar e fabricar a vacina Sputnik V no Brasil. Esta semana a Anvisa aprovou a importação das vacinas Sputnik V, da Rússia, e Covaxin, da Índia, em caráter excepcional e com limitações.
EpiVacCorona precisa de aval da Anvisa
Segundo De Castro Marques, para a vacina, a intenção da companhia é começar com a importação e depois haverá a transferência de tecnologia. O próximo passo é articular a parte regulatória junto à Associação Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para trazer o imunizante ao mercado brasileiro. A EpiVacCorona é usada na Rússia e em alguns países da América Latina, acrescentou o executivo.
Segundo ele, essa vacina foi desenvolvida por uma empresa privada, o que facilitaria a obtenção de documentos para a aprovação na Anvisa. “É uma negociação de empresa para empresa. Assim que tivermos a permissão para trazer ao mercado brasileiro o imunizante vamos estruturar a operação. Primeiro vamos fazer somente o envase no país e depois partimos para a produção”, afirmou De Castro Marques, acrescentando que ainda não há estimativas de volumes para a vacina.
Laboratório aguarda certificação de fábrica
A União Química já é parceira do Instituto Gamaleya para a produção e distribuição da Sputnik V para a América Latina. A transferência de tecnologia já aconteceu e a companhia aguarda a certificação da fábrica em Brasília para o início da produção. A expectativa é que isso ocorra em julho.
No caso da insulina, Castro Marques ressaltou que o processo para importar o produto será mais rápido do que o da vacina. Segundo ele, o acordo também prevê a importação e depois a fabricação do produto no país. Segundo a companhia, 17 milhões de brasileiros são diabéticos e outros 7,7 milhões de pacientes com diabetes mellitus não têm diagnóstico comprovado. “É um segmento de mercado que tem potencial de crescimento. E essa é nossa a primeira iniciativa. Estamos estruturando todo o projeto, mas acredito que neste ano já colocaremos essa insulina no mercado.”