Vendas no comércio crescem 0,9% na quarta alta seguida
Volume de vendas registrado em abril é 4,5% maior ante o mesmo período do ano passado. Varejo acumula alta de 2,3% neste ano
10/06/2022O volume de vendas do comércio varejista no País cresceu 0,9% em abril, na comparação com março. Este foi quarto mês consecutivo de alta. Em relação ao mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 4,5%.
Nos primeiros quatro meses do ano, o setor acumula aumento de 2,3%, e, nos últimos 12 meses, de 0,8%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta sexta-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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No comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as vendas em abril dentro das atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas apresentou aumento de 0,7% frente a março.
“Os quatro meses do ano foram positivos, mas vêm em trajetória decrescente: de 2,4% em janeiro para 0,9% em abril. O crescimento é consistente, porém desigual. Como um todo, o comércio varejista está 4% acima do patamar pré-pandemia, em fevereiro de 2020. Mas entre as atividades está desigual”, avalia Cristiano Santos, gerente da pesquisa.
Entre as atividades acima do patamar pré-pandemia, Santos destaca Artigos farmacêuticos (17,7%), Material de construção (9,1%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,3%).
Abaixo do patamar pré-pandemia estão Equipamentos e material de escritório (-11,7%), Móveis e eletrodomésticos (-10,7%), Tecidos, vestuários e calçados (-8,6%).
Na comparação com março, metade das oito atividades tiveram avanço no volume de vendas. No campo positivo estão:
- Móveis e eletrodomésticos (2,3%);
- Tecidos, vestuário e calçados (1,7%);
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,4%);
- Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,1%).
Por outro lado, ficaram no no campo negativo as seguintes atividades:
- Combustíveis e lubrificantes (-0,1%);
- Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,1%);
- Livros, jornais, revistas e papelaria (-5,6%);
- Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-6,7).
Para o varejo ampliado, tanto a atividade de Veículos, motos, partes e peças (-0,2%) quanto de Material de Construção (-2,0%) tiveram resultados negativos.
“O resultado pendeu para o positivo influenciado pelo crescimento de Tecidos, vestuários e calçados e Móveis e eletrodomésticos. Hiper e super tiveram queda, mas as atividades que cresceram têm peso alto também”, explica Santos.
Vendas no comércio crescem 4,5% em relação a abril de 2021
Na comparação interanual, o comércio cresceu 4,5% com resultados positivos em cinco das oito atividades pesquisadas. São elas:
- Tecidos, vestuário e calçados (33,9%);
- Combustíveis e lubrificantes (9,7%);
- Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4%);
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (3,5%);
- Outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,5%).
Por outro lado, três atividades registraram queda na comparação interanual: Móveis e eletrodomésticos (-8,7%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,9%) e Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-0,5%).
Considerando o comércio varejista ampliado, Veículos e motos, partes e peças registrou queda de 2,1% e Material de construção caiu 10,1%.
“No comércio varejista ampliado, a atividade de Veículos e motos, partes e peças, teve queda de 2,1% frente a abril de 2021, primeira após cinco meses consecutivos de crescimento. Material de construção caiu 10,1% frente a abril de 2021, contra aumento de 1,2% no mês anterior”, complementa Santos.
Vendas no comércio crescem em 19 dos 27 Estados em abril
Na comparação com março, o volume de vendas do varejo foi positivo em 19 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Amazonas (4,4%), Rio Grande do Norte (4%) e Alagoas (3,8%).
Por outro lado, oito estados tiveram resultados no campo negativo, com destaque para: Pernambuco (-7,7%), Roraima (-4,5%) e Pará (-4,4%).
Frente a abril de 2021, houve predomínio de taxas positivas, com 23 das 27 unidades da federação em crescimento. Os destaques foram Ceará (18,5%), Alagoas (15,1%) e Espírito Santo (14,9%).
Em contrapartida, pressionando negativamente, destacam-se Pernambuco (-7,6%), Bahia (-4,9%) e Amazonas (-2,0%).